The Triforce Alliance
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Variable Geo Exile

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Mensagem por Alexandre Sex Fev 28, 2014 1:36 am

5-3

O dia correu naturalmente. Nem Satomi, nem Maxwell contaram para alguém sobre o ocorrido, deixando tudo em segredo.

Meia noite e quarenta e cinco. A hora se aproximava. Maxwell e Satomi viraram a esquina do cinema.

- Ei, vai ser mais fácil do que pensávamos. - Comentou Maxwell - Há algumas pessoas andando pela rua. Você poderá se camuflar bem fácil.
- Parece que a noite está a nosso favor.

Os dois se aproximaram do beco.

- Ok, é aqui que damos uma distância. Você sabe o que fazer, não é? - Perguntou Maxwell.
- Sim. Eu vou até o outro lado da rua, e pretendo que não estávamos andando junto.
- Sim.

Satomi pegou na mão de Maxwell.

- Boa sorte!
- Obrigado.

Em seguida, correu até o outro lado da rua. Maxwell esperou um pouco, e entrou no beco.

- Ainda faltam alguns minutos, mas... Vejamos o que vai acontecer.

Maxwell caminhou até o meio do beco, e encostou na parede ao lado de uma caçamba. Passou alguns minutos esperando.

- Hum... Oi? Alguém por aqui? - Arriscou Maxwell.

Do outro lado da rua, Satomi fingia observar a vitrine de uma loja de vestidos, óbviamente já fechada. De tempo em tempo, olhava para o beco.

- Ok... Mais cinco minutos e eu estou indo embora.

De repente, Maxell pensou ter ouvido um barulho vindo de cima. Resolveu desencostar da parede e verificar.

Quando olhou para a direção de onde ouviu o som, não viu nada.

- O que foi isso...? Algum animal noturno?

Assim que Maxwell se virou, levou um susto. Uma figura humana, encapuzada apareceu em sua frente e o agarrou pelo pescoço.

- Mas... O quê?! Me solta!!

Na mesma hora, Satomi virou-se e viu a situação. Imediatamente, correu na direção do beco.

- Parado!! - Gritou Satomi.

A entidade, percebendo que Satomi estava com Maxwell, pegou rapidamente uma seringa de seu bolso.

- O... O que é isso?! - Perguntou Maxwell desesperado.

Imediatamente, a seringa foi aplicada no pescoço do Maxwell, que deu um leve grito.

- Não!! - Gritou Satomi.

Satomi fez um punho flamejante com sua mão e correu em direção a entidade, tentando socá-la. Porém, a mesma largou Maxwell e saiu correndo, numa velocidade quase sobre-humana.

Talvez era possível para Satomi alcançar aquela figura misteriosa, mas resgatar Maxwell era sua prioridade. O mesmo estava caído no chão, com a mão no pescoço.

- Argh... - Maxwell gemia, com a mão em seu pescoço.
- Maxwell!! Você está bem?! Maxwell!!


5-4

Satomi acompanhou Maxwell de volta para seu apartamento.

- Maxwell!! Tem certeza que não quer ir para o hospital? - Perguntou Satomi, preocupada.
- Sim, sim, eu estou bem!! Seja lá o que aquele... "Ser" tentou me aplicar, acho que não conseguiu totalmente.

Maxwell retirou sua jaqueta e jogou no sofá.

- Eu estou preocupada, Maxwell. Você correu sério risco essa noite!
- Eu sei... Agora estou ciente de que esse caso é mais sério do que eu pensava.

Maxwell suspirou.

- Bem, eu estou cansado... Acho que vou dormir.
- Eu posso ficar aqui essa noite? Você pode precisar de ajuda.

Ao mesmo tempo em que Maxwell suspeitava do pessimismo de Satomi, admirava sua lealdade.

- Tudo bem... O quarto de hóspedes é logo ali. - Respondeu Maxwell, apontando.
- Obrigada. Eu ficarei mais tranquila assim.

Enquanto cada um ia para seu quarto, Maxwell parou em frente a porta.

- Ei, Satomi.
- ...Sim?
- ...Obrigado!

Satomi sorriu.

- Amigos fazem esse tipo de coisa, não é?

Maxwell sorriu de volta, e entrou em seu quarto. Em seguida, deitou-se na cama e dormiu.


5-5

Maxwell apontava uma arma para Yuka. Sua expressão era assustadora.

- Maxwell... Você ficou louco...? - Perguntou Yuka, ofegante.
- Não... Eu resolvi esse mistério...

Maxwell disparou. O tiro acertou em cheio o peito de Yuka.

- Consegui... Eu... Matei a assassina!!

Em seguida, Maxwell arrastou o corpo de Yuka até a janela. Alguns instantes depois, sentou-se ao lado de sua cama e começou a escrever um bilhete. Após completá-lo, deixou-o ao seu lado, apontou a arma para a própria cabeça e disparou.

--------------------------------------------------

Maxwell abriu a caçamba de lixo e levou um susto. Havia um corpo dentro.

- O... O que é isso?!

Em seguida, ouviu um grito. ao virar-se, viu Satomi olhando para ele, assustada.

- T... Takigawa!! - Disse Satomi.
- Satomi... Eu... Eu não sei o que aconteceu!!

Instantes depois, se encontrava debaixo de um viaduto, cercado por um grupo de policiais. Quando tentou atacar, acabou levando um tiro no peito.

--------------------------------------------------------

Yuka gritou. Maxwell correu até ela.

- Yuka?! O que aconteceu!!

Ao olhar para trás do balcão, notou o motivo do susto de Yuka. Manami estava morta. Havia uma faca cravada em seu peito.

- Essa não!! Satomi!! Chiho!! Cadê vocês?!

Maxwell correu desesperado, procurando pelas outras.

Alguns instantes depois, se encontrava na beira de um abismo, olhando para um túmulo.

------------------------------------------------------

Maxwell, Yuka, Satomi e Akira caminhavam em direção a saída do parque. Até que ouviram um tiro.

- A... Argh!! - Gritou Satomi.

Quando se viraram, notaram que ela havia levado um tiro nas costas. Em seguida, caiu de frente para o chão.

- Não!! Satomi!!

Yuka tentou alcançar sua amiga, mas Maxwell a segurou.

- Yuka!! Não! É perigoso!! Vamos sair daqui rápido!!

Quando Maxwell se preparou para entrar no carro da polícia, acabou levando um tiro na parte de trás da cabeça.

----------------------------------------------------------

Naquele instante, Maxwell acordou gritando. Mesmo após acordar completamente, continuava a gritar.

- Maxwell, o que aconteceu?! - Perguntou Satomi, que acordou com os gritos e correu até seu quarto.
- Satomi... Eu... Eu não sei... Acho que tive um pesadelo.

Satomi respirou aliviada.

- Por um instante, achei que tivesse alguém te esquartejando!

Maxwell riu.

- Não se preocupe, eu estou bem...
- Deve ser alguma reação àquela substância... Se precisar de alguma coisa, me chame.

Maxwell agradeceu Satomi, e a mesma voltou para seu quarto.

Mas Maxwell percebeu que aquilo foi mais que um pesadelo. Aguardou alguns instantes, e saiu de seu quarto. Sem fazer barulho, caminhou até a sala, foi até o computador e começou a escrever.
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Mensagem por Alexandre Sáb Mar 01, 2014 12:39 am

5-6

O que Maxwell havia terminado de escrever eram quatro resumos. Os personagens eram sempre os mesmos: Ele, suas amigas, Takigawa e seus parceiros de polícia, além de alguns recorrentes. Naquelas histórias, alguns dos protagonistas eram mortos por um assassino que nunca era identificado.

- Mas o que é isso... Eu me lembro perfeitamente desses momentos.

Maxwell leu o que estava escrito no primeiro resumo.

- Eu matei Yuka? Aqui no meu apartamento? E pior ainda, em seguida cometi suicído? Isso não tem nenhuma lógica, não pode ter acontecido!

Em seguida começou a ler as outras "histórias'.

- Em todas essas lembranças, exceto na primeira, alguém morre por um assassino misterioso... Essas memórias estão ligadas com acontecimentos reais...

Maxwell notou semelhanças entre os pesadelos e a realidade: De fato, Yuka havia lhe sugerido um livro sobre a história do torneio Variable Geo. Inclusive, ele havia devolvido para a biblioteca naquela manhã.

É verdade que ele havia buscado Manami com Yuka e Satomi. E Chiho chegou da viagem pouco tempo depois.

Ele estava mesmo investigando a morte de uma repórter. Seus parceiros Akira e Takamura estavam no caso também.

Nos momentos de tranquilidade, ele gostava de se divertir com suas novas amigas. Jogavam cartas, faziam piquenique no parque, entre outras coisas.

Mas as semelhanças paravam por aí. Do nada, as memórias se tornavam escuras e envolviam o assassinato de seus amigos, a desconfiança um no outro, e geralmente acabavam com alguém lamentando por não ter conseguido ajudar. O que isso significava?

Maxwell pensava na probabilidade daquela figura misteriosa ter usado alguma droga alucinógena para confundir sua mente. Que outra explicação teria? Ele sabia que não era apenas um pesadelo. Eram memórias. Assim como você se lembra de algo que fez semana passada. Sentado na cadeira, Maxwell olhava o monitor.


5-7

Na manhã seguinte, Satomi levantou-se e encontrou Maxwell se arrumando na sala.

- Bom dia, Maxwell. E então, dormiu bem? Teve mais algum "pesadelo" estranho?
- Não, foi tudo bem tranquilo. Como você disse, deve ter sido uma reação àquela substância.

Satomi sorriu, feliz por Maxwell estar bem.

- Eu vou pra casa. Se precisar de alguma coisa, não hesite em me contatar.
- Obrigado, Satomi!

Satomi se despediu, deixando Maxwell sozinho na sala.

- Eu fico muito feliz de ter alguém como você ao meu lado, Satomi... - Disse Maxwell, falando consigo mesmo - Mas... Definitivamente tem algo estranho acontecendo por aqui.

Maxwell colocou sua jaqueta, e saiu de casa, em direção à delegacia de polícia.

Quando chegou lá, encontrou Akira, na sala de recepção.

- Akira, eu preciso falar com você! É urgente!!

Akira, que estava lendo alguns papéis, colocou-os de lado, e se concentrou em Maxwell.

- Maxwell?! O que aconteceu?!
- Ontem a noite... Eu fui atacado no beco ao lado do cinema!

Akira se assustou.

- Minha nossa! Você está bem?!
- Eu estou ótimo! Não conseguiram fazer nada grave comigo, mas...

Maxwell pensou por alguns segundos.

- Essa noite... Eu tive uns pesadelos estranhos.
- Pesadelos? Bem, você disse que foi atacado, então pode ser normal.
- Mas não foram pesadelos quaisquer! Era como se fossem... Lembranças.
- Lembranças? Você se lembrou de algo do seu passado?

Maxwell não sabia ao certo como explicar.

- Não... Eu me lembrei de coisas estranhas... Como matar minha amiga Yuka... Ou morrer após encontrar o corpo do Takigawa jogado numa caçamba. E em uma das ocasiões, Takamura e eu fomos mortos no Parque do Grande Lago por um atirador misterioso.

Akira quase riu.

- Minha nossa, Maxwell... Você daria um excelente escritor de Novelas.

Maxwell se irritou.

- Eu estou falando sério, Akira! Eu me lembro disso como se realmente tivesse acontecido alguns dias atrás. E, aquela pessoa que me atacou no beco, ela injetou alguma substância em mim!
- ...Substância? - Perguntou Akira, confuso.
- Sim!
- Bem... Pode ser algum tipo de reação alucinógena. Afinal, injetaram algo em você, não é?
- É, eu sei, Satomi também considerou isso.

Akira cruzou os braços.

- Bem, se fosse algo perigoso, você não estaria tão bem a essa altura. Em todo caso, procure deixar isso de lado por enquanto. Se for algum tipo de alucinógeno, você só vai perder tempo com memórias falsas.

Maxwell considerou o que Akira disse. E se alguém tivesse feito aquilo para desviar sua atenção do caso?

- Tudo bem... Eu vou pensar na sua sugestão.
- Pense bem. E tente focar na realidade ao seu redor. - Sugeriu Akira.

Maxwell se despediu, e saiu da delegacia.
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Mensagem por Eder Sáb Mar 01, 2014 11:27 am

Memórias implantadas...? Interessante!
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Mensagem por Alexandre Dom Mar 02, 2014 12:32 am

5-8

Como era de costume, Maxwell chegou em seu apartamento, retirou sua jaqueta e a jogou no sofá.

- Mas... O que é aquilo?

Algo chamou sua atenção. Havia uma notificação de e-mail em seu computador. Sua última experiência com isso, não havia sido muito boa.

- Outro e-mail... O que pode ser agora?!

Rapidamente, correu até o computador e abriu o e-mail. Em seguida, começou a ler.

- ..."Eu pedi para que viesse sozinho. Mas você ignorou meu conselho. Eu vou tentar novamente: Se você quer mesmo saber o que está acontecendo, me encontre hoje no ginásio de Tóquio. Não se preocupe, as portas estarão abertas. Sete da noite é o horário."

Maxwell levantou-se da cadeira, e colocou as mãos em sua cabeça.

- ...Droga!! Está insistindo... O que eu faço?!

Na noite anterior, ele levou Satomi, e a figura misteriosa fugiu quando percebeu a presença dela. O que aconteceria se Maxwell estivesse sozinho? Valia a pena arriscar?

- No ginásio, essa noite...? O que eu faço?


5-9

A tarde começava a cair. A noite chegaria em breve. Maxwell estava em seu quarto, quando o telefone tocou. Rapidamente, correu atender.

- ...Oi, alô?
- Olá, Maxwell! - Disse Yuka, do outro lado da linha.
- Ah, oi, Yuka. E então, alguma novidade?
- Na verdade, eu tenho sim. Conversei com uma amiga essa manhã, e falei um pouco sobre você.

Maxwell se espantou.

- Ah é? Que amiga?
- O nome dela é Yuu Asuka. Ela estava comigo naquela fatídica viagem.

Um filme passou na cabeça de Maxwell. Era a primeira vez que Yuka mencionava o nome de Yuu Asuka. Mas... Ele a conhecia perfeitamente!

Na quarta lembrança de Maxwell, ela havia se oferecido para ir até seu apartamento e contar sobre o cruzeiro. Mas acabou sendo assassinada naquela noite, em seu próprio apartamento.

O que isso queria dizer?

- Maxwell, você está aí? - Perguntou Yuka.
- S... Sim, estou, desculpe.
- Então... Ela vai passar alguns dias aqui em Tóquio, e pensou em te fazer uma visita. Talvez ela possa te ajudar.

Fazer uma visita? Será possível que tudo aquilo que aconteceu no pesadelo de Maxwell podia se tornar realidade?

- Não!! - Gritou Maxwell.
- ...Maxwell? - Perguntou Yuka, confusa.
- Digo... Eu acho melhor não envolver mais pessoas nesse caso... Talvez eu fale com ela, mas apenas como amigo.
- Hum... Tudo bem então. Até outra hora.
- Até.

Maxwell desligou, em pânico.

- Yuu Asuka... Eu nunca ouvi esse nome, exceto naquele pesadelo que tive após o ataque no beco... Será possível que... Haja alguma ligação com a realidade?

Só havia uma coisa a fazer.

- ...É isso! Eu vou encontrar aquela figura misteriosa! E vou conseguir respostas!
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Mensagem por Alexandre Seg Mar 03, 2014 1:50 am

Desfecho do episódio 5. O clímax já está bem perto:

5-10

Eram seis e meia da tarde, e Maxwell se aproximou do ginásio. Ao checar os portões, notou que estavam abertos.

- Estão abertos... Será que a tal pessoa já está me esperando lá dentro...?

Maxwell empurrou os portões, e se preparou para entrar.

O ginásio possuia um ringue de formato retangular. No centro haviam as letras "VG". o ringue era cercado pela arquibancada, formada por uma grande escadaria. Haviam dois telões pendurados pelo teto, um de cada lado.

- Então é aqui... Onde o torneio acontece? - Perguntou Maxwell.

Quando olhou para o ringue, Maxwell levou um susto. Estava lá. A mesma figura encapuzada que havia lhe atacado na noite anterior. Maxwell se concentrou, e correu até o ringue, parando apenas a alguns passos da tal figura.

- É você!! Nós nos encontramos no beco ontem, não é?!

A figura não respondeu.

- Eu falei com você... - Disse Maxwell, perdendo a paciência - O que são aquelas memórias que você injetou em mim?! Responda!

Lentamente, a figura colocou as mãos em seu capuz, e o retirou.

O que surgiu na frente de Maxwell era uma garota aparentemente da mesma idade de Manami. Seus cabelos eram longos e prateados. Seus olhos tinham um tom acinzentado. Maxwell se surpreendeu com o que viu.

- Você parece surpreso... - Disse a garota.

Maxwell riu.

- Você não tem cara de ser o vilão assustador que eu estava esperando.
- Entendo... Está desapontado?
- Não, apenas surpreso... Mas isso não vem ao caso.

A garota se aproximou.

- Você quer saber o que são aquelas lembranças, não é?
- Sim. Por que eu me lembrei disso tudo? Eu nunca matei Yuka, e muito menos estou morto. Eu estou vivo. Todos os meus amigos estão! Nada daquilo aconteceu!

A estranha garota se virou e começou a falar, de costas para Maxwell.

- No universo existem o que chamamos de "Fragmentos".
- Fragmentos? - Perguntou Maxwell, confuso - O que são eles?
- Eu tentarei explicar da forma mais simples possível. Imagine sua vida. O mundo em que você vive. Tudo isso está dentro de um Fragmento.

Maxwell tentou raciocinar.

- Então, em outras palavras, Fragmentos são como Universos?
- Não exatamente. Fragmentos são como se fossem cópias do mundo real. Digamos que em cada Fragmento existe um "Maxwell" tentando resolver um assassinato. Esse caso é o mesmo em todos os Fragmentos, mas o desfecho da história é diferente em cada um deles.

Naquele momento, Maxwell sentiu como se estivesse entendendo.

- Você quer dizer que cada lembrança que eu tive ocorreu em um dos Fragmentos...? E que nesse momento, estamos em um deles?
- Exato. - Disse a garota, com um leve sorriso.

Maxwell sorriu.

- Então, posso dizer que em quatro Fragmentos desse mundo, eu falhei na minha tentativa de proteger meus amigos e resolver esse crime... Quantos fragmentos existem?

A garota fechou os olhos.

- Milhões... Imagine um universo em que cada Fragmento seja uma estrela.
- Hum... Eu tenho duas perguntas... A primeira é: Como você sabe disso tudo? E a segunda é: Por que eu deveria acreditar em você?

A garota se virou para Maxwell.

- Então você duvida que minha história dos fragmentos seja verdadeira... Quer fazer um teste?
- Teste...? Como assim?
- Bem... Primeiramente, eu gostaria que você me desse um nome. Não poderá passar o tempo todo se referindo a mim como uma pessoa qualquer.
- Não seria mais fácil se você me revelasse seu nome?
- Eu farei isso se você vencer o teste.

Maxwell baixou a cabeça.

- Então, tudo bem... Eu vou te chamar de "Luna" por enquanto.
- Hum... Eu gosto desse nome. Que seja assim, então.

Luna se aproximou de Maxwell.

- Você ainda se lembra de todos os Fragmentos, não é?
- Impossível me esquecer... - Respondeu Maxwell.
- Se você raciocinar bem... Vai descobrir algo importante sobre eles.
- E o que seria?
- Você vai notar que o assassino misterioso é sempre a mesma pessoa, em todos os Fragmentos. Em outras palavras, quem assassinou seus amigos naquelas memórias, também é o assassino em nosso mundo. É uma regra que não muda.

Maxwell se espantou.

- Então... Você está me desafiando a encontrar o assassino?!
- Sim... Acha que pode fazer isso usando todas as lembranças que eu lhe dei?

Maxwell começou a pensar.

- Muito bem... Parece que não tenho escolha. Eu aceito seu desafio!


EPISÓDIO 5 - LEMBRANÇA
FIM
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Mensagem por Alexandre Ter Mar 04, 2014 12:19 am

Começa o episódio 6. Quem ainda não descobriu quem é o assassino, talvez não dê mais tempo.  Wink 

EPISÓDIO 6 - CONFLITO


6-1

- Antes de começarmos, eu quero te apresentar às regras. - Disse Luna.
- Regras...? Acho que todo jogo possui, então... Vá em frente.
- Primeiramente, eu não poderei te ajudar a descobrir quem é o assassino. Você poderá me perguntar qualquer coisa, desde que não seja algo que leve à identidade do criminoso. O raciocínio será seu.

Maxwell cruzou os braços.

- De acordo.
- A segunda regra: O assassino é a mesma pessoa em todos os Fragmentos. Você não poderá culpar mais de um suspeito.
- Sim, acho que já tinha percebido isso.
- Bom. E a última regra... Eu não tenho muito tempo. Portanto, lhe darei o prazo de trinta minutos para solucionar o caso.

Aquela era a única regra que incomodava Maxwell.

- Meia hora... É tudo que tenho?
- Sim. Eu não poderei ficar aqui por muito tempo, então você terá que raciocinar de forma rápida.
- ...Ok. Eu farei o meu melhor.
- Então... Já pode começar.

Maxwell colocou as mãos nos bolsos de sua calça.

- A primeira coisa que me chamou a atenção foi quando matei Yuka na primeira memória. Eu a matei porque desconfiei que ela tinha tentado me envenenar. Mas na terceira lembrança, Manami descartou essa hipótese, dizendo que os bolinhos de Yuka estavam com gosto estranho devido ao fato dela não ter dominado o preparo ainda...

Maxwell baixou a cabeça.

- Droga... Então eu a matei sem motivo...? Me perdoe, Yuka...

Luna estalou os dedos.

- Não se deixe levar pelas emoções, Maxwell. Nesse mundo Yuka está viva, e você ainda pode salvá-la!
- Tem razão! - Disse Maxwell se animando novamente - Eu vou salvar meus amigos dessa vez! Vejamos...

Maxwell continuou se lembrando.

- No segundo e no terceiro Fragmento, Takigawa foi encontrado morto no beco. No segundo Fragmento eu fiquei como suspeito, e acabei sendo morto. Mais tarde, Satomi confirmou que a morte de Takigawa havia ocorrido mais de vinte e quatro horas antes de eu encontrá-lo.
- Exato. - Disse Luna colocando o dedo indicador em seu queixo.
- Eu com certeza não o matei... Mesmo que não me lembre o que fazia no dia anterior, eu não teria motivo algum para matá-lo.
- Como pode ter certeza? - Perguntou Luna.
- Simples. Takigawa era um poderoso aliado. Desde que o vi pela primeira vez, e ele me revelou ser comentarista do torneio Variable Geo, eu sabia que poderia ganhar informações valiosas com ele.

Maxwell falou em tom sério e alto.

- Em outras palavras, meu raciocínio é o seguinte: A pessoa que matou Takigawa queria impedí-lo de me contar alguma coisa!

Luna sorriu.

- Impressionante. Você começou muito bem, Maxwell.

Maxwell sorriu de volta.

- Isso é só o começo... Tem muita coisa que eu quero descobrir... O tempo é curto, então deixe-me continuar.


6-2

Maxwell continuou a trazer aquelas lembranças de volta.

- Tem algo me incomodando no terceiro fragmento...
- O que seria? - Perguntou Luna, mexendo em seu cabelo.
- Quando mandei Satomi verificar Chiho e Manami no restaurante enquanto Yuka e eu analisávamos o corpo de Takigawa. Eu poderia suspeitar de que alguma de minhas amigas fosse a assassina, mas...

Maxwell cobriu o rosto.

- Quando chegamos lá, estavam todas mortas! E tem algo mais estranho ainda: Quando Yuka me atacou, eu fiquei inconsciente, e fui levado para a delegacia... Naquele tempo, ela também foi assassinada!

Luna encarou Maxwell.

- Você analisa as coisas de forma superficial, não é?
- C... Como assim? - Perguntou Maxwell confuso.
- Tente enxergar essa situação de outra forma. Do ponto de vista do assassino. Como ele faria para matar as três garotas, se esconder, e depois matar Yuka enquanto você estava inconsciente. O que você pode tirar disso?

Maxwell pensou.

- Bem... Talvez Manami e Chiho já estavam mortas quando Satomi chegou no restaurante... Em seguida, o assassino a matou e levou seu corpo para a dispensa. Depois, se escondeu enquanto eu conversava com Yuka, para matá-la em seguida, enquanto eu estava apagado.
- Está melhorando... - Disse Luna sorrindo.
- Mas... - Disse Maxwell baixando a cabeça - Tem outra probabilidade...

Luna ficou curiosa.

- Qual é?
- Yuka estava totalmente fora de si naquela hora. Talvez ela me atacou, depois não aguentou a situação que estava presenciando, e cometeu suicídio.
- Hum... Infelizmente não posso te ajudar quanto a isso. Mas tem algo que posso te dizer.
- O que é?
- Há mais uma forma de olhar para esse caso. Maxwell, tente pensar nesse cenário como um assassinato, e não como suicídio. Se Yuka se matou ou não, não mudará o fato de que um crime ocorreu nesse restaurante. Foram três mortes.

Luna tinha razão. O suicídio de Yuka não era relativo para o que havia acontecido antes. O objetivo de Maxwell era encontrar o assassino.

- Outra forma de olhar esse caso...? Eu preciso pensar no assassino... Como ele fez tudo isso...?

Até que Maxwell fez uma expressão de surpresa.

- A não ser que... Não houveram quatro mortes nesse restaurante, e sim... Três!
- Hum... Estou empolgada. No que você pensou?
- Você sabe... É uma hipótese meio vaga, mas... Talvez nem todas estavam mortas naquele restaurante. É possível que alguém forjou sua morte. Naquele momento, Yuka e eu estávamos tão assustados que não poderíamos distinguir se alguém estava vivo ou morto!
- Exato! - Disse Luna - É uma probabilidade.

Maxwell baixou a cabeça e começou a falar num tom sério.

- Droga... Mas se isso for verdade... Eu tenho que desconfiar de uma de minhas amigas...
- Acalme-se, Maxwell! - Disse Luna, em voz alta - Eu já lhe disse para não se entregar às suas emoções! Continue refletindo.

Maxwell respirou fundo.

- Ok... Permita-me continuar...
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Mensagem por infernosword Ter Mar 04, 2014 10:24 pm

Eu permito. Pode continuar. XD
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Mensagem por Alexandre Qua Mar 05, 2014 12:12 am

Como quiser. xD

6-3

- Tem mais algo te incomodando? - Perguntou Luna.
- Sim... Aquela menina, Yuu Asuka, morreu no meu apartamento, quando só eu e ela estávamos lá.

Luna riu.

- Confesso que até essa me deixou confusa. Mas vá em frente.

Maxwell colocou as mãos em seus bolsos.

- Naquele dia... Ou melhor, naquele Fragmento, ela se ofereceu para vir até meu apartamento e me ajudar com o caso do Cruzeiro. Eu havia contado apenas para minhas amigas, e pedi para que não contassem a ninguém.
- Então... Qual o seu raciocínio?

Maxwell refletiu por alguns segundos.

- Temos três probabilidades. A primeira é a de que a própria Yuu contou para alguém, que a seguiu até Tóquio, e a matou durante a noite.
- É válido. - Disse Luna - Qual a segunda?
- Hum... A segunda é a de que alguma das minhas amigas acidentalmente contou para alguém.
- Acidentalmente? Por que você diz isso?
- Porque eu não posso acusá-las por enquanto... Mas essa é a terceira hipótese... De fato, foi uma delas.

Luna encarou Maxwell.

- Acho que você colocou todas as probabilidades possíveis nesse caso.
- Eu não consigo pensar em alguma outra... De fato houve um assassinato no meu apartamento, e não fui eu.

Maxwell olhou para Luna.

- Tem outra coisa me incomodando nesse mesmo Fragmento. A ligação telefônica.
- Ah, sim... Você teria ligado para Yuka e a atraído para a floresta. Correto?
- Sim. Mas não fui eu quem fez isso. Alguém se passou por mim... E eu ainda não sei quem é.
- Você estava mesmo na floresta, não estava?
- Sim, eu queria esfriar a cabeça... Havia sido uma terrível manhã. Mas não fiz nenhuma ligação. Em outras palavras, o assassino sabia que eu estava na floresta, se passou por mim, e atraiu meus amigos para lá.

Luna sorriu novamente.

- Maxwell, estou gostando muito de você.
- Obrigado... - Respondeu Maxwell, com um leve sorriso - Mas o mais estranho é o que acontece depois...
- Sim... Takamura, Satomi e você foram mortos por um atirador.
- Eu não faço a menor idéia de quem seja esse atirador. Mas algo ocorreu de forma diferente dessa vez.

Luna se interessou.

- Hum... Me diga o que é.
- Até então, todos foram mortos com armas brancas. Takigawa, todas as minhas amigas, e a Yuu... Em todos os casos, a morte ocorreu devido a um corte ou a uma espécie de facada. Por que nesse caso foi com uma arma?

Maxwell pensou.

- É fato de que matar tanta gente é mais fácil com uma arma de fogo. Porém... Eu não sei qual o motivo exato, mas... Acho que havia mais de um atirador naquela floresta. Não parece trabalho de uma única pessoa.

Luna fechou os olhos.

- Teoria válida. Não é difícil mais de uma pessoa se esconder em uma grande floresta escura.
- Além do mais... O local onde Takamura foi morto, e em seguida Satomi eram um pouco distantes, e as mortes ocorreram num período pequeno de tempo. A menos que o assassino correu toda a floresta junto com Yuka, e depois atirou em Satomi, a teoria de que havia mais de um assassino aumenta.
- Gostei. Você está raciocinando muito bem, Maxwell.

Maxwell pensou um pouco.

- Se esse é o caso, então poderia haver um grupo de criminosos, e não uma única pessoa.
- Hum... Acho que você pode melhorar esse pensamento.
- Como assim? - Perguntou Maxwell.
- Desculpe, mas não posso dar dicas. Tente refletir um pouco.

Maxwell cruzou os braços, baixou a cabeça e começou a pensar.


6-4

- A única hipótese que posso pensar... É a de que os criminosos da floresta estavam trabalhando com alguém. - Disse Maxwell.
- Como assim...? - Perguntou Luna.
- Naquela tarde eu havia feito um piquenique com minhas amigas, e revelei que Yuu viria para meu apartamento. No entanto, a menos que elas tivessem contado para alguém, só elas sabiam. Isso me leva a crer que... De fato, uma delas estava envolvida.
- Você está começando a desconfiar de suas amigas... Se sente bem fazendo isso? - Perguntou Luna, de olhos fechados.

Maxwell fez uma expressão de tristeza.

- Claro que não. Mas você mesma disse que eu não deveria me render as minhas emoções.
- Sim, eu disse...
- Mas ainda tem algo que preciso descobrir...
- E o que seria?
- Se uma de minhas amigas contou, ou estava trabalhando com alguém... Preciso saber quem era!

Luna ficou surpresa.

- Bem... Você terá que estudar novamente os Fragmentos. Mas dessa vez, focando nas suas amigas. Tentando encontrar uma forma de encaixar alguma delas como a culpada.
- Isso não vai ser muito fácil...

Naquele instante, Maxwell e Luna escutaram o que parecia ser um carro se aproximando do ginásio. Mas era muito barulhento para ser um simples carro.

- Heim?! O que é isso? - Perguntou Maxwell.
- Hum... Parece que chegaram mais cedo do que eu pensava. - Disse Luna, calmamente.

Maxwell levou um choque.

- Você... Você me atraiu para alguma armadilha?!

Luna não respondeu. Apenas baixou sua cabeça e mexeu em seus cabelos.

Alguns segundos depois, a porta do ginásio se abriu com violência. Três homens, vestidos com terno preto, gravata, e óculos escuros entraram. Pareciam seguranças ou algo do tipo. Lentamente, se aproximaram de Maxwell e Luna.

- Quem são vocês?! - Gritou Maxwell.

O homem que estava mais a frente fez sinal para os dois que estavam atrás dele. Os dois foram na direção de Maxwell.

- Afastem-se!

Maxwell tentou puxar seu revólver, mas percebeu que todos os seguranças estavam armados. Era besteira tentar atacá-los, e ele não tinha para onde fugir. Estava preso.

- Você sabia, não é? - Perguntou Maxwell, para Luna - Você me atraiu para cá!
- Estou decepcionada, Maxwell... Pensei que você era bem melhor em investigações.

Os dois seguranças que estavam mais a frente pegaram Maxwell pelos braços. O terceiro segurança se aproximou, e com uma arma de choque, atingiu o peito de Maxwell, fazendo-o desmaiar.

- Vamos embora. - Disse Luna.

Luna se virou, quando um dos seguranças encostou em seu ombro.

- Você não devia ter ido tão longe do laboratório. Sabe que é perigoso ficar exposta.
- Tudo bem... Eu peguei o detetive, não peguei? Essa era minha missão. - Respondeu Luna.

Luna se virou para Maxwell, que estava inconsciente, sendo levado pelos dois seguranças.

- Esse homem é inteligente. Cedo ou tarde ele descobriria tudo. O que faremos com ele?
- Ele pode ser a armadilha perfeita para pegarmos o DNA da lutadora lendária. Agora que ele ficou próximo a ela, podemos usá-lo como isca.
- Tomem cuidado com ele... Faltou pouco para descobrir quem é a nossa assassina.
- Não se preocupe. Mesmo que ele descubra, não poderá contar para ninguém.

Luna riu.

- Então vamos.

Luna se aproximou de Maxwell e colocou a mão em sua cabeça.

- Gostei de brincar com você, Maxwell.



EPISÓDIO 6 - CONFLITO
FIM
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Mensagem por Alexandre Qua Mar 05, 2014 6:03 pm

Hoje não vai ter episódio novo.

Ao invés disso, eu queria deixar um tempinho pra quem não conseguiu acompanhar os novos episódios até aqui.

Além do mais, quem puder, eu queria que contasse aqui no tópico quem você acha que é o assassino. Pode colocar a Tag [spoiler] se quiser.

Com todo o raciocínio do Maxwell no episódio 6, e um pouco mais de investigação, acho que já é possível descobrir.
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Mensagem por infernosword Qua Mar 05, 2014 10:24 pm

Muito legal esse finalzinho de fic, mas eu não faço ideia de quem seja o assassino, se é que tem assassino.
Spoiler:
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Mensagem por Eder Qui Mar 06, 2014 12:03 pm

Yuka?!
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Mensagem por Alexandre Qui Mar 06, 2014 6:34 pm

Gostei bastante do seu raciocínio, Inf.

Vou deixar aqui o começo do Episódio 7 antes de ir pra faculdade. Não quero dar spoilers sobre quantos episódios faltam, mas garanto que está acabando.

EPISÓDIO 7 - PROGRESSO


7-1

Era quase meia-noite. Yuka dormia em seu quarto, quando o telefone começou a tocar.

- Hum... O quê...? Quem será a essa hora?

Yuka levantou-se lentamente e, ainda um pouco sonolenta, foi até o telefone.

- Alô...?
- Ah, olá Yuka! Desculpe-me se te acordei.

Era Satomi.

- Satomi? Aconteceu alguma coisa?
- Bem, na verdade sim... Maxwell me emprestou alguns mangás ontem de manhã, e eu estava indo devolvê-los.
- Sim? E o que houve?
- Ele não estava em seu apartamento. E... Bem, eu estou meio preocupada.

Satomi não havia contado para Yuka que Maxwell havia sido atacado por uma figura misteriosa.

- Bem, isso não é tão estranho assim... Talvez ele tenha ido visitar alguém. Já checou com Manami e Chiho?
- Eu liguei para Manami, e ela disse que não o vê desde a tarde de ontem... Depois de me criticar por acordá-la. E eu liguei para Chiho, mas ninguém atende por lá.
- Tenho certeza que ele vai aparecer cedo ou tarde. Por que não espera até amanhã?

Yuka não tinha idéia do motivo da preocupação de Satomi.

- Yuka, eu... Preciso te confessar uma coisa.
- Hum? Confessar? Do que está falando?

Satomi respirou fundo.

- Ontem de manhã... Maxwell recebeu um estranho e-mail em seu computador, pedindo para que ele fosse até o beco do cinema durante a madrugada.
- O quê? Quem faria um pedido desses?
- Eu fui com ele.

Yuka se surpreendeu.

- Você o quê?!
- Eu fui com ele até o beco! E... Ele foi atacado. Uma figura encapuzada injetou uma seringa com um estranho conteúdo nele.
- Satomi!! O que você está me dizendo é... Por que não contou para mim?!

Satomi sentia um pouco de culpa.

- Maxwell e eu prometemos não contar a ninguém sobre isso! E... É por isso que o sumiço dele me incomoda tanto. Desde quando você não vê ele?

Yuka se acalmou, e pensou um pouco.

- Acho que ontem a noite.
- Então, essa noite pode ter acontecido alguma coisa! Você entende minha preocupação?
- Satomi, você deveria ter me contado! Estamos tentando ajudar o Maxwell.
- Ele não queria preocupar ninguém. Mas eu estava lá na hora em que ele recebeu o e-mail, então ele acabou revelando para mim.
- ...Tudo bem. Eu acho que te entendo. Nesse caso, devemos comunicar alguém sobre isso, certo?

Satomi pensou um pouco.

- A delegacia? Maxwell tem amigos por lá.
- Ok. Eu vou me arrumar, e já te encontro.



7-2

Satomi e Yuka entraram na delegacia. Um dos policiais estava sentado na mesa da recepção.

- Boa noite, garotas. O que fazem aqui tão tarde? - Perguntou o policial.
- Boa noite, nós precisamos reportar um desaparecimento... É meio grave.

O policial levantou-se e se aproximou de duas.

- Espera... Eu estou conhecendo vocês...

Yuka e Satomi se entreolharam.

- Bem... Eu sou Yuka Takeuchi, e essa é minha amiga Satomi Yajima... Acho que já deve ter ouvido falar de nós.

O policial cruzou os braços.

- E como! Meu colega de trabalho vive falando de vocês. Meu nome é Akira.
- E é sobre ele mesmo que queremos falar! - Disse Yuka.

Akira começou a se preocupar.

- Espere... Você quer dizer que ele...?
- Bem, na verdade, não o vemos desde essa manhã... Espera...

Era confuso. Já havia passado de meia-noite, então a tarde que Yuka se referia era a do dia anterior.

Akira cobriu seu rosto.

- Droga!! Ele me contou sobre algo estranho que ocorreu duas noites atrás, mas eu não dei muita importância!

Naquele momento, Takamura saiu de sua sala.

- Está acontecendo algo por aqui, Akira...?

Quando viu Yuka e Satomi, sua expressão mudou totalmente.

- Eu não acredito!! Yuka Takeuchi? Satomi Yajima?! Aqui na minha delegacia?

Imediatamente, Takamura correu até as duas e as cumprimentou.

- Vocês não fazem idéia de como eu sou fã de vocês! Será que podem me dar um autógrafo?

Akira resolveu quebrar o clima.

- Calma, Takamura. Temos um assunto sério aqui. Maxwell desapareceu desde a última tarde, e eu temo que algo possa ter acontecido com ele.

Takamura se virou para Akira.

- Maxwell? O que pode ter acontecido com ele?
- Eu não sei. Ele disse ter sido atacado duas noites atrás, mas a forma como ele me contou... Achei que poderia ter sido um pesadelo ou algo do tipo.
- Não foi, eu confirmo isso. - Disse Satomi - Eu estava com ele quando isso aconteceu.

Akira cruzou os braços.

- Mas o que podemos fazer? Não temos a menor idéia de onde ele pode estar.

Alguns segundos de silêncio se seguiram.
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Mensagem por Alexandre Sex Mar 07, 2014 4:42 pm

7-3

Maxwell estava sentado em uma cadeira, com as mãos amarradas, e vendado. Notou que alguém estava se aproximando.

- Quem está aí?! Responda!!

A venda foi retirada. Quando Maxwell abriu os olhos, percebeu que estava em uma pequena sala vazia. As paredes eram brancas, e havia uma luz acima de sua cabeça. Em sua frente, estava Luna, segurando a venda que havia sido retirada.

- Sua traidora!! Onde eu estou?!

Luna cruzou os braços e riu.

- Você tem sido um bom menino, então acho que posso te contar. Você está no andar superior do ginásio. Caso não saiba, essa construção é propriedade da VG Corp.
- VG Corp... E o que isso significa?

Luna riu.

- Basicamente, o primeiro andar se resume ao estádio, aberto ao público. Mas aqui em cima temos diversas salas computadorizadas, e até mesmo um laboratório.

Maxwell estava enfurecido.

- Um laboratório... Então aquelas seringas...?
- Exatamente. São todas fabricadas aqui. Mas me diga... Você sabe o que a VGCorp faz?
- Não!

Mas Maxwell tinha uma pequena idéia.

- Espere... Aquela história da arma biológica... Não, isso não pode ser verdade! Eu nunca acreditaria numa coisa dessas!!

Luna riu novamente.

- Você é amigo de Yuka e Satomi, não é? Aquelas garotas... Elas me deram muito trabalho no passado.
- Do que está falando?! Eu não entendo nada do que você diz!!

Luna virou-se de costas para Maxwell.

- Yuka e Satomi lutaram contra a VG Corp uma vez. E venceram. No final, destruíram a incubadora que estava criando a arma biológica, e parte de nossa equipe foi presa. Algum tempo se passou, e a organização voltou e criou um novo torneio, hospedado no Cruzeiro Venus. Yuka acabou revelando o plano para as lutadoras que estavam envolvidas. E no final, o progresso da arma foi impedido novamente.

Maxwell ouvia tudo atentamente.

- A história do DNA você já ouviu, não é? - Perguntou Luna.
- Sim. O objetivo do torneio é pegar o DNA das lutadoras e injetar no corpo que seria a arma biológica. Seu poder seria incomparável.
- Exato! E agora, Maxwell... A VG Corp voltou a ativa.
- E o que eu tenho a ver com isso? - Perguntou Maxwell, nervoso.
- Sabe quem é a lutadora mais poderosa do torneio?

Maxwell pensou um pouco.

- ...Yuka... É ela?
- Sim. Para que o plano seja completo, ainda precisamos do DNA de Yuka. Você sabe que ela faz tudo para ajudar seus amigos.
- Então... Vai me usar como isca para atraí-la para cá?
- Exato.

Maxwell se irritou.

- Então... Onde está essa arma biológica que vocês tanto falam?! Eu ainda não acreditarei enquanto não ver com meus próprios olhos!!
- Por que você ainda duvida...? - Perguntou Luna.

Luna virou sua cabeça, e olhou para Maxwell.

- ...Ela está na sua frente!

Maxwell entrou em choque.

Naquele instante, um dos seguranças entrou na sala.

- Senhorita Venus... Recebemos informações da nossa "espiã".

"Venus... Esse é o nome dela? Espiã...? Do que estão falando?" Pensou Maxwell.

- E então? - Perguntou Luna.
- Yuka Takeuchi e Satomi Yajima foram vistas entrando na delegacia de polícia quatro minutos atrás.
- Isso é perfeito...

Luna se aproximou de Maxwell, ainda confuso.

- Veja só, Maxwell... Parece que esse Fragmento está a meu favor...

Em seguida, Luna caminhou até a saída.

- Deixe-o aí por enquanto. Ele é inofensivo nesse estado. Consigam uma transmissão online com a delegacia. Eu não vejo a hora de rever minhas amigas.

Os dois saíram e fecharam a porta, deixando Maxwell sozinho.

- Por favor... Isso não pode acabar assim... - Lamentou Maxwell.


7-4

Na delegacia, Takamura, Akira, Yuka e Satomi continuavam a discutir a situação, quando um som veio da sala de Takamura.

- O que foi isso? - Perguntou Yuka.
- Parece que alguém está tentando uma comunicação online. Pode ser algo a respeito de Maxwell. Vamos. - Respondeu Takamura.

Todos foram até a sala de Takamura. O computador estava conectado em um pequeno telão na parede da sala, de forma que era possível fazer chamadas de vídeo de forma esplêndida.

- Que estranho... Essa chamada não é de ninguém que eu conheço. - Disse Takamura.
- Atenda! Pode ser algo importante! - Disse Akira.

Takamura respondeu a chamada.

Ao olhar para o telão, todos se surpreenderam. Uma garota de longos cabelos prateados olhava para eles.

- Como eu suspeitava... Estão todos aqui... - Disse ela.

Yuka e Satomi estavam paralisadas com a imagem. Akira percebeu a reação delas.

- Vocês a conhecem? - Perguntou Akira.
- Nós... Sim, nós a conhecemos, mas... Não pode ser... - Disse Yuka.

A garota riu.

- Claro que pode, Yuka. Sou eu mesma. Lembra de mim? Você também, Satomi. Somos velhas conhecidas, não é?

Takamura olhou para Yuka e Satomi.

- Se vocês sabem de algo, digam logo.
- O codinome dela era Venus. - Disse Yuka - Mas isso não pode ser verdade... Satomi e eu a destruímos muito tempo atrás.

Venus riu.

- Sério, Yuka? Acha mesmo que uma organização tão inteligente quanto a VG Corp me deixaria tão vulnerável?

Yuka baixou a cabeça.

- Mas, chega de falar de mim. Vamos falar do amigo de vocês, que tal?

Akira ficou furioso.

- Maxwell?! Ele está com você?!
- Exato. - Respondeu Venus.
- Ele está bem? Vocês fizeram algo com ele?! - Perguntou Takamura.
- Relaxa, ele está inteiro... Ainda. - Respondeu Venus.

Yuka fechou sua mão com força.

- O que você quer da gente?!
- Eu quero fazer uma proposta.

Takamura encarou Venus.

- Sem enrolações, qual a sua proposta?
- Vocês fariam qualquer coisa para salvar seu amigo, correto?

Todos acenaram positivamente.

- Perfeito. Eu quero que vocês venham até o ginásio. Quando quiserem.
- E o que faremos aí? - Perguntou Yuka.
- Vocês entenderão assim que chegarem. Mas tem duas regras que vocês precisam saber.

Venus fez uma pausa.

- A primeira... Depois que entrarem, só poderão sair após decidirem o destino de Maxwell. E a segunda... Se vocês não aparecerem num prazo de doze horas, ou surgirem com mais alguém...

Venus se abaixou, e em seguida apareceu com uma faca afiada em sua mão.

- Essa faca vai fazer um corte horizontal no pescoço de Maxwell.

Todos ficaram apreensivos com a cena.

- Não se preocupem. Maxwell será tratado como meu convidado até que vocês cheguem. Mas só até lá. - Disse Venus.
- Tudo bem, nós vamos! - Disse Yuka, falando por todos.
- Perfeito. Estarei esperando... Vocês dois, acho que ainda não fomos apresentados. Prazer, eu sou Venus. - Disse, referindo-se a Akira e Takamura.
- Eu sou Akira... - Disse Akira, num tom de voz frio.
- Eu sou Takamura, chefe dessa equipe de polícia. - Disse Takamura, no mesmo tom.
- Ótimo... Então, estou esperando por vocês. Até logo.

A transmissão se encerrou.


7-5

Venus entrou na sala onde Maxwell continuava amarrado.

- Ah, você ainda está aí? - Zombou ela.

Maxwell não achou graça.

- Seu nome verdadeiro é Venus, não é? O que você quer?

Venus foi atrás da cadeira de Maxwell e começou a desamarrá-lo.

- Adivinha quem está vindo pra cá essa noite?

Maxwell não queria perder tempo com adivinhações.

- Quem?
- Deixa eu ver se lembro o nome de todo mundo... Ok, Yuka, Satomi, Akira e Takamura. É isso.

Maxwell soltou suas mãos da cadeira.

- O quê?! Você atraiu todo mundo pra cá?!
- Exato. Parece que você é bem popular.

Maxwell se levantou da cadeira. irritado.

- Droga! Eles estão vindo para me ajudar, mas... Droga!! A culpa disso tudo é minha.

Venus riu discretamente.

- Parece que essa é sua quinta falha, Maxwell...

Em seguida, Venus foi até a porta de saída.

- Você está sem armas, e esse prédio está bem guardado. Pode dar uma volta por aí se quiser. Mas só na área em que os seguranças deixarem você entrar. Enquanto seus aliados não chegam, sinta-se em casa... Amigo.

Venus saiu, deixando Maxwell sozinho.


7-6

Era por volta da uma da madrugada. Venus entrou em uma espécie de sala de controle. Um dos funcionários da VG Corp mexia em um painel, enquanto vários telões a sua frente mostravam as câmeras de segurança do ginásio.

- Como estamos indo? - Perguntou Venus.
- Está tudo pronto. - Respondeu o homem, enquanto ajeitava seus óculos escuros - Se tudo correr como planejado, esta madrugada marcará o início de nossa era.

Venus sorriu.

- Eu mal posso esperar para re-encontrar Yuka. Aposto que ela treinou muito desde aquele tempo.
- Você sabe, quando ela te encontrou pela primeira vez, seu corpo ainda não estava completo. Essa será a primeira vez que se encontrarão em condições iguais. O que pretende fazer?

Venus virou-se de costas para o homem.

- Quero lutar com ela. Quero testar sua força. Mas não posso subestimá-la. Então, estejam prontos para agir se algo acontecer.
- Não se preocupe. - Disse o homem, com um sorriso no rosto - Para isso temos nossa arma secreta...
- Eu sei. Onde ela está agora?
- Não estamos monitorando-a no momento. Pode estar até mesmo conversando com Yuka agora.

Venus riu.

- Você acha que alguém pode ter descoberto sobre ela? - Perguntou o homem.
- Maxwell talvez saiba. - Respondeu Venus - Mas isso não importa. Ele não vai sair daqui vivo mesmo.

Venus olhou para os monitores. Um deles mostrava uma visão panorâmica do ringue de batalha.
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Mensagem por Alexandre Sáb Mar 08, 2014 12:17 pm

7-7

- Isso não é justo!! - Gritou Manami.

Yuka, Akira, Satomi e Takamura se encontraram com Chiho, Manami e Takigawa no restaurante de Yuka. O tópico da discussão era o que estava acontecendo com Maxwell.

- Sinto muito, Manami. - Disse Yuka - Mas uma das regras é que não podemos levar ninguém com a gente, caso contrário, algo terrível pode acontecer com Maxwell.
- Ah... - Disse Manami, decepcionada - Por que sempre que algo legal está acontecendo, eu tenho que ficar de fora?
- Isso é assunto sério. - Disse Takamura - A vida de Maxwell está em jogo. Se falharmos, será o fim dele.

Takigawa começou a falar.

- Vocês disseram algo sobre a VG Corp...? Eu pensei que essa organização tivesse sido destruída.
- Aparentemente alguns membros continuaram o projeto. - Disse Satomi - Mas é difícil acreditar que Venus tenha sobrevivido.
- Talvez o que vocês destruíram era apenas um protótipo. - Sugeriu Chiho - Eles não deixariam o projeto verdadeiro exposto tão facilmente.

Takamura se aproximou de Yuka.

- Você parece saber mais do que nos contou... Tem mais alguma coisa que precisamos saber antes de ir a esse encontro?

Yuka olhou para Takigawa.

- Vá em frente. - Disse Takigawa - Eles precisam saber de tudo. Temos que salvar o Maxwell.

Yuka respirou fundo.

- No primeiro torneio Variable Geo, o grupo VG Corp, que organizava o evento era na verdade uma organização terrorista. Apenas as lutadoras mais fortes ganhavam o cartão para participar dos duelos. Havia uma seleção para isso. O que a organização realmente queria era coletar dados das lutadoras através de seus equipamentos de tecnologia avançada. O objetivo era criar uma arma biológica.
- Opa, opa... - Disse Akira - Isso parece algo difícil de se acreditar.

Yuka olhou para Akira.

- Mas era a verdade. Fatalmente, isso foi revelado. As lutadoras do torneio, incluindo todas aqui presente, travaram uma guerra contra a organização. E nós vencemos. Ou, pelo menos, era o que pensávamos. O que sobrou da VG Corp. iniciou um novo torneio, dessa vez hospedado no Cruzeiro Venus.
- ...Que na verdade era o nome da arma biológica... - Concluiu Akira.
- Exato. Eles selecionaram novas lutadoras de todo o mundo. Como eu já sabia que havia algo estranho acontecendo, fui até lá disfarçada, e revelei o que estava acontecendo. Isso resultou numa guerra dentro do navio, que resultou num acidente onde muitas pessoas morreram... Até hoje eu ainda me culpo por isso.

Takigawa se aproximou.

- Mas não foi sua culpa. Se você não tivesse revelado a intenção da VG Corp. algo muito pior poderia ter acontecido.
- ...Mas ao que parece, a organização não está totalmente aniquilada. E agora, eles pegaram o Maxwell. Mas é a mim que eles querem. Eu sei disso.

Takamura cruzou os braços.

- Bem... Isso esclarece parte do mistério.
- Mas precisamos de mais respostas. E direto da VG Corp. - Disse Akira.
- Por enquanto tudo que podemos fazer é respeitar o "acordo". - Disse Takamura - Takigawa, Chiho... Vocês se importam de cuidar da Manami enquanto solucionamos esse caso.

Manami fez uma cara de desgosto para Takamura. Era óbvio que ele insinuava que ela era uma criança.

- Sem problemas. - Disse Takigawa.
- Nós podemos esperar. - Completou Chiho.

O tempo continuava passando.


7-8

Maxwell continuava na mesma sala em que estava preso. Com os braços cruzados, e olhando para o chão, estava forçando sua mente. Venus entrou.

- Oh, você está aqui? Pensei que tinha te liberado para explorar o prédio.
- Eu não estou interessado nisso.
- Então... O que está fazendo? - Perguntou Venus, se aproximando.
- Estou pensando... Em como o assassino conseguia estar tão perto de mim e meus amigos sem que percebessemos.

Venus deu um leve sorriso.

- Eu pensei que a essa altura você tivesse desconfiado de que eu havia lhe enganado.
- É um risco que eu tenho que correr. Além do mais, não há nada que posso fazer aqui. Estou desarmado, e os seguranças podem me matar em questão de segundos. Só me resta pensar.
- Muito bem... E você chegou a alguma conclusão?

Maxwell olhou nos olhos de Venus.

- Eu sei quem matou Takamura, Satomi e eu na floresta. Foram os seus seguranças.
- Oh? - Disse Venus espantada - Que legal. Você está progredindo.
- Sim, foram eles... Mas eu preciso saber quem deu a ordem.

Venus cruzou os braços. Maxwell continuou falando.

- Tinha que ser alguém bem próximo a mim. Alguém que também sabia que Yuu estava na cidade. E só tem quatro pessoas que sabiam: Yuka, Satomi, Chiho e Manami. Além de mim, é claro.
- E você desconfia de alguma delas?

Maxwell pensou.

- Infelizmente sim. Por causa do que aconteceu nos outros Fragmentos, eu posso descartá-las uma por uma... Mas...

Maxwell olhou para o chão.

- Só tem uma pessoa... Que em nenhum Fragmento conseguiu um álibi para ser inocente...



7-9

Manami e Takigawa jogavam xadrez em uma das mesas do restaurante de Yuka, enquanto a noite começava a cair.

- Xeque! - Gritou Manami.
- O cavalo não se movimenta assim. - Disse Takigawa.
- O meu é treinado. - Respondeu Manami.

Naquele momento, Takigawa olhou para a porta da dispensa.

- A Chiho não disse que só ia fazer uma ligação?
- Sim... E já faz algum tempo... Será que aconteceu alguma coisa?

Takigawa se levantou.

- É melhor eu ver o que está acontecendo. Já volto.
- Claro.

Takigawa abriu a porta da dispensa e entrou. Enquanto isso, Manami analisava o jogo de xadrez.

- Vejamos... Eu posso prender o rei dele dessa forma... A não ser que... Espera, cadê a minha rainha...? Ah, é mesmo, eu perdi...

De repente, um grito veio da dispensa.

- O quê?! - Takigawa?!

Manami pegou sua luva que estava encostada em sua cadeira e correu na direção da dispensa.

- Não se preocupe, Takigawa!! Eu estou aqui!!

Quando Manami abriu a porta da dispensa, foi tomada por uma expressão de pavor.

- O... O que você está fazendo?!



EPISÓDIO 7 - PROGRESSO
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Mensagem por Alexandre Dom Mar 09, 2014 3:10 pm

EPISÓDIO 8 - EVIDÊNCIAS


8-1


Yuka, Takamura, Satomi e Akira se encontravam na frente do ginásio.

- Então... Chegou a hora... Nunca pensei que estaria novamente nesse lugar. - Disse Yuka.
- Maxwell está aqui dentro, certo? - Disse Akira - Imagino quem mais está com ele, além daquela menina estranha.

Satomi se aproximou da entrada.

- Esse lugar deve estar cheio daqueles seguranças da VG Corp. É melhor ficarmos atentos.
- Bem, eu não acredito que eles farão algo conosco enquanto não encontrarmos aquela tal de Venus. - Disse Takamura cruzando os braços - Vamos.

Os quatro caminharam em direção aos portões do ginásio.


8-2

Takigawa e Manami estavam sentados próximos a janela do restaurante. Ambos estavam amarrados. Chiho se aproximou deles.

- Sua louca! - Disse Takigawa - O que pensa que está fazendo?!
- Você não é a Chiho!! O que está acontecendo aqui?! - Gritou Manami.

Chiho cruzou os braços e riu.

- Diga alguma coisa!! - Gritou Takigawa.

No momento em que Chiho lançou seu olhar em direção a Manami e Takigawa, ambos se assustaram. Os olhos de Chiho estavam completamente brancos. Era uma cena aterrorizante, quase como se fosse tirada de um filme de terror.

- Mas... Mas o quê...? - Disse Takigawa.
- Esses olhos... Não me diga que... - Comentou Chiho.

Chiho continuava a rir.

- E então? Vai ficar aí a toa ou vai nos matar? O que vai fazer? - Perguntou Takigawa.

Chiho olhou para a porta de saída do restaurante.

- Aqueles quatro já devem ter chegado na base... Não posso perder tempo aqui com vocês.

Sem dizer mais nada, Chiho correu em direção a porta e saiu.

- Espere!! Droga, ela vai atrás deles... - Disse Takigawa.
- Será que... Vai acontecer tudo de novo? - Perguntou Manami.

Takigawa se virou para ela.

- Do que está falando?
- Na primeira vez em que a organização VG Corp. tentou criar a arma biológica, eles usaram uma espécie de controle mental em Satomi. Ela ficou exatamente como Chiho está agora.

Aquela história ainda não havia sido contada a Takigawa.

- Controle mental... Então...
- Eu não sei como ou por que eles pegaram a Chiho dessa vez... Mas eu duvido muito que Yuka e os outros saibam disso.

Takigawa estava furioso. Mas isso não o ajudava a se libertar das cordas.

- Isso não é bom... Se pudessemos avisá-los...

Manami olhou para as mãos de Takigawa, que estavam amarradas.

- Cadê seu celular? - Perguntou ela.
- No meu bolso, oras. Mas como eu vou fazer pra ligar para alguém?
- A sua corda não está muito bem amarrada...

Takigawa mexeu os braços.

- É Inútil. Mesmo assim não consigo soltá-la.
- Mas talvez eu consiga... Vire-se para a sua direita.

Takigawa não sabia ao certo o que Manami planejava, mas resolveu virar seu corpo para a direita. Em seguida, Manami virou-se para a esquerda, e começou a se aproximar de Takigawa, de costas.

- Se eu conseguir levar minhas mãos até a sua corda, talvez eu possa te soltar. Vai levar um tempo, mas é só o que podemos fazer.
- Ah, entendi... É uma ótima idéia. Tente ser rápida, eu temo que não vá demorar muito pra Chiho alcançá-los.
- Vou fazer o meu melhor! - Disse Manami - E então, serei a verdadeira heroína dessa história!
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Mensagem por infernosword Dom Mar 09, 2014 5:52 pm

A trama se complica! XD
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Mensagem por Eder Seg Mar 10, 2014 10:40 am

Chiho, quem diria? Quase acertei o palpite xD
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Mensagem por Alexandre Seg Mar 10, 2014 3:13 pm

Eu achei que tava fácil. xD

8-3

Venus ria na frente de Maxwell.

- Hahahaha... E você descobriu tudo isso sozinho?
- Exato. - Respondeu Maxwell, ignorando o riso da garota - Se considerarmos Chiho como a culpada, todos os assassinatos dos Fragmentos se concluem perfeitamente.
- Você é muito bom... Não esperava menos de você, Maxwell...

Naquele momento, um dos seguranças entrou na sala.

- Senhorita Venus... Eles chegaram.

Venus se virou para o segurança.

- Tão rápido assim...? Perfeito. Maxwell, eu vou ter uma conversa com seus amigos... Fique aqui por enquanto.

Maxwell lançou um olhar furioso para Venus.

- Você... Não se atreva a tocar um dedo neles!
- Não se preocupe, eu só quero conversar com minhas velhas amigas...

Venus caminhou em direção a saída. Em seguida, o segurança fechou a porta.

Enquanto isso, o grupo de Yuka se aproximou de uma porta, onde havia um segurança na frente. Lentamente, o mesmo abriu a porta e fez um gesto para que eles entrassem.

- Parece que é aqui... - Comentou Takamura.
- Não posso esconder o fato de que estou um pouco nervoso. - Comentou Akira.

Os quatro passaram pelo segurança. Em seguida, o mesmo fechou a porta, ficando do lado de fora.

- O ginásio... Quanto tempo... - Comentou Yuka.

O ringue estava bem na frente deles.

- É incrível... Eu só havia visto esse local pela TV. Ao vivo é muito mais majestoso! - Comentou Takamura.
- Bem... O que faremos agora? - Perguntou Satomi.

Não demorou muito, e os quatro perceberam uma grande porta ao lado da arquibancada se abrindo. Em seguida, Venus surgiu.

- É ela... - Disse Akira, espantado.
- Venus... - Disse Yuka.

Venus sorriu levemente e caminhou na direção deles. No momento, todos estavam dentro do ringue.

- Então, vocês vieram mesmo... - Disse Venus.
- Cumprimos nosso acordo, não é? Queremos ver o Maxwell. Onde ele está? - Perguntou Akira.
- Maxwell está no andar de cima. Não se preocupe, ele ainda está vivo.
- O que você quer da gente? - Perguntou Yuka.

Venus fechou os olhos.

- Não está claro pra você? Eu quero uma revanche!
- Revanche...? Do que está falando?

Venus encarou Yuka, com um olhar furioso.

- Você queria me destruir, não queria? Naquela época eu ainda estava inconsciente devido aos testes da VG Corp. Mas agora, podemos lutar de igual para igual... Yuka Takeuchi!!

Os três que estavam com Yuka se surpreenderam.

- Que diabos ela está falando? Não me diga que teremos uma batalha aqui, agora?! - Perguntou Takamura.
- Não é hora pra isso! - Disse Akira.

Venus olhou para Takamura, Akira e Satomi.

- Afastem-se.

Os três se irritaram.

- O quê?! - Disse Satomi - Nem pensar! Você ainda tem que nos explicar muita coisa.
- Não vamos sair daqui! - Disse Akira.

Venus riu.

- Lembrem-se que Maxwell está em meu poder. Se vocês se recusarem a me respeitar até o fim, não sei ao certo se ele sairá daqui com vida. Por que vocês não confiam em Yuka, e deixem ela lutar comigo? Caso ela vença, terão seu amigo de volta são e salvo.

Yuka olhou para os três. Em seu olhar, era possível notar que ela queria que eles obedecessem Venus pelo bem de Maxwell.

- Yuka, eu... Tudo bem... Vamos, pessoal. - Disse Takamura.

Lentamente, os três se afastaram do ringue.

- E então, Yuka... Está pronta para acabar com isso de uma vez por todas?

Yuka entrou em posição de ataque, fechando as mãos.

- Sim... Eu estou pronta!


8-4

- Calma... Mais um pouco! - Disse Manami enquanto mexia na corda de Takigawa.
- Quanto tempo isso vai levar? Já faz uns cinco minutos que você está mexendo nessa corda! - Perguntou Takigawa.
- Eu já disse... Mais um... Pronto!!

A corda de Takigawa se soltou, e o mesmo sacudiu os braços até que ela saísse totalmente.

- Consegui!! - Disse Takigawa - Você é incrível, Manami!
- Não precisa dizer isso... - Disse Manami - Eu já sei.

Takigawa se levantou, e rapidamente tirou seu celular do bolso.

No ringue, Akira percebeu seu celular vibrando.

- Mas o que é isso...? - Perguntou tirando o celular - Alô?

Akira se abaixou, com a intenção de se ocultar atrás do ringue. Satomi e Takamura ficaram apenas observando.

- Akira?! Sou eu, Takigawa!
- Takigawa? Aconteceu alguma coisa?
- Sim, é urgente!! Por acaso a Chiho está por aí?
- Chiho...? Não, só Yuka, Satomi, Takamura e eu.
- Escute, isso é sério! Se encontrarem a Chiho, tomem muito cuidado!! Não se aproximem dela!!

Akira estranhou.

- O quê? Por quê?
- Eu não sei ao certo o que aconteceu, mas ela me atacou! A mim e Manami! Nós conseguimos nos soltar, e acho que ela está indo para aí!
- Takigawa, eu não te entendo!
- Só fique longe dela! Avise todo mundo!

Takigawa desligou.

- Droga... Eu não posso ficar aqui sem fazer nada... Eu sei que é perigoso, mas eu vou para o ginásio!

Takigawa se preparou para ir ao ginásio.

- Takigawa!! - Gritou Manami.

Takigawa se virou para Manami.

- Você não vai me soltar?! - Perguntou Manami irritada.
- Ah... Desculpe... - Disse Takigawa, voltando para soltá-la.
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Mensagem por Alexandre Ter Mar 11, 2014 3:16 pm

8-5

Yuka e Venus estavam frente a frente, separadas por alguns metros de distância. Venus encarou Yuka.

- Me mostre o que você aprendeu, Yuka!!

Venus correu na direção de Yuka, pronta para socá-la. Rapidamente, Yuka desviou. Faltou muito pouco para o golpe atingí-la.

- Você parece ter treinado bastante. - Disse Venus - Acho que essa luta vai ser boa.

Yuka, enfurecida correu na direção de Venus e tentou atingir um chute em seu rosto. Porém, seu pé foi bloqueado pela mão direita de Venus.

- Isso não é bom! - Disse Takamura - Ela parece extremamente ágil.
- Vamos, Yuka, você consegue!

Akira parecia preocupado, mas nem sequer olhava a luta.

- Akira... Tem algo te incomodando? - Perguntou Takamura.
- Por algum motivo... Takigawa nos pediu para ter cuidado com Chiho.

Satomi estranhou.

- Chiho?! Por quê?
- Eu não sei! Ele disse que ela havia capturado os dois... E estava vindo pra cá.
- Chiho capturou Takigawa e Manami? Isso não tem lógica alguma! - Disse Takamura.

Akira começou a pensar.

- Eu não sei, mas... Acho que tem a ver com Maxwell.

Naquele momento, Yuka e Venus estavam frente a frente, separadas por alguns metros.

- Vamos ver, Yuka... Quero que me mostre tudo que pode fazer!

Uma luz verde começou a emanar do corpo de Venus.

- Você nunca vai entender o motivo pelo qual eu luto... Nunca!

Uma luz vermelha começou a emanar do corpo de Yuka. Rapidamente, as duas concentraram sua energia e dispararam. Um grande campo de energia se formou no meio do ringue.

- Isso é loucura. Nós viemos aqui pelo Maxwell! - Disse Akira.

Akira começou a correr em direção a porta de onde Venus havia saído.

- Akira!! Não!! - Gritou Takamura, correndo atrás do parceiro.
- Esperem! - Gritou Satomi, seguindo-os.

Venus continuava disparando sua energia contra Yuka, porém, percebeu que os três estavam saindo do local.

"Hehe... Vão em frente..." - Pensou Venus.


8-6

Satomi, Akira e Takamura subiram uma pequena escada que levava ao segundo andar. Takamura se escondeu atrás da parede, e observou o corredor logo a frente.

- Esperem!! - Disse Takamura segurando os dois no corredor - Eu estou vendo dois seguranças em uma das portas.
- Acha que Maxwell pode estar lá? - Perguntou Akira.
- Eu não sei. Mas esses caras parecem armados. Vamos ter que passar por eles!
- Alguma idéia? - Perguntou Satomi.

Takamura pensou por alguns segundos.

- Na verdade eu tenho sim.

Os dois seguranças permaneciam imóveis. Até que ouviram um som vindo próximo da escadaria. Rapidamente, ambos sacaram suas armas e caminharam.

Quando chegaram próximos ao desvio do corredor, Takamura pulou no pescoço de um deles, e o segurou com força. Em seguida, pegou sua arma e o atingiu na cabeça, fazendo-o desmaiar. O outro segurança tentou reagir, mas Akira o segurou pelas costas. Satomi o atingiu na cabeça com o cotovelo, fazendo-o desmaiar também.

Os dois soltaram os seguranças, que caíram no chão.

- Sério... Essa foi sua melhor idéia? - Perguntou Akira - Até eu pensaria nisso.
- O que está acontecendo aqui?! - Uma voz conhecida perguntou do corredor.

Quando os três se viraram, tiveram uma grande surpresa. Maxwell havia saído da porta que os seguranças estavam vigiando.

- Maxwell!! - Gritou Satomi correndo em sua direção.
- Sim, sou eu mesmo! Então vocês vieram...

Akira e Takamura se aproximaram também.

- O que aconteceu? O que estava fazendo? - Perguntou Akira.
- Venus me deixou preso naquela sala. Esses dois grandões estavam garantindo que eu não saísse de lá até que vocês chegassem. Cadê Yuka?
- Ela está lá embaixo... Lutando com Venus. - Disse Satomi.

Maxwell se assustou.

- Ela está o quê?! Droga!! Isso tudo é uma armadilha. Se Yuka for capturada, eles vão roubar o DNA dela e aplicar em Venus. Ela vai ficar indestrutível.
- Começou o "sci-fi"... - Comentou Akira.
- Eu sei disso. - Disse Satomi - Mas não há nada que possamos fazer.

Maxwell pensou um pouco.

- Espere! Agora que somos em quatro, talvez possamos encontrar alguma coisa nesse prédio. Algo que possa nos ajudar.
- Não sei o que podemos achar, mas vale uma tentativa. - Disse Takamura - Enquanto isso, vamos torcer para que Yuka resista lá embaixo...
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Mensagem por infernosword Ter Mar 11, 2014 4:08 pm

Porra achei que ja ia terminar nessa sessão de texto! Meu Deus! Mas certeza q do capitulo 8 não passa!
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Mensagem por Eder Qua Mar 12, 2014 9:02 am

O nome do episódio 8 é "Evidências". Acho que tem, pelo menos, mais um.
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Mensagem por Alexandre Qua Mar 12, 2014 2:04 pm




8-7


Tanto Yuka quanto Venus estavam ofegantes. Porém, Venus estava rindo.

- Eu entendo... Você tem muita determinação, Yuka. - Disse Venus.
- Eu não posso desistir... Não vou falhar novamente.

Venus a encarou.

- Novamente...? Então você já falhou antes, não é?
- Sim... Duas vezes. Eu devia ter te destruído no primeiro torneio... E naquele Cruzeiro... Como você escapou?
- A organização é mais inteligente do que você pensa. O bastante para prever quaisquer ataques.
- Mas Satomi e eu te destruímos!
- Ah, aquilo... Aquilo foi o primeiro protótipo. Esse tempo todo eu estava protegida num laboratório secreto.

Yuka respirou fundo.

- Claro... Era muito perigoso pra você.
- Mas eu sei muito sobre você, Yuka. Desde que meu corpo se completou, eu passei a te observar.

Yuka se espantou.

- ...Me observar?
- Sim... Eu estive te vigiando por um bom tempo. Eu sei que você é a principal inimiga da VG Corp... E minha inimiga também!!

Venus correu em direção a Yuka, tentando socá-la. Rapidamente, Yuka pulou por cima de Venus. Assim que aterrissou, virou-se para ela.

- Vamos terminar isso de uma vez por todas... - Disse Yuka.

Venus riu.


8-8

Uma porta se abriu. Maxwell espiou pela fresta.

- Isso é um... Laboratório?

Quando entraram, encontraram uma sala cheia de mesas com fórmulas, computadores, uma grande lousa e um armário cheio de coisas que Maxwell não fazia idéia do que eram.

- Parece que muita coisa legal é feita aqui... - Comentou Akira.

Satomi foi até uma das mesas e começou a observar os frascos, da mesma forma como uma criança observa brinquedos em uma loja.

- Cuidado, Satomi. Não sabemos o que são. - Alertou Takamura.

Maxwell foi até um dos computadores.

- Talvez tenha alguma informação importante aqui... Vejamos...

Maxwell começou a teclar e mexer no mouse rapidamente.

- Esse lugar é incrível... Quem poderia esperar que em um ginásio de esportes poderia haver um laboratório.

Naquele instante, Maxwell, Akira e Takamura ouviram um som de algo se quebrando. Quando olharam, perceberam que Satomi derrubou um frasco.

- Opa... - Disse Satomi.
- Satomi, cuidado!! Essas coisas podem ser perigosas!

Maxwell voltou a olhar no computador.

- E então, Maxwell, descobriu alguma coisa? - Perguntou Takamura.

Maxwell continuava atento. Até que fez uma expressão de surpresa.

- E... Espere um pouco!!
- O que foi? - Perguntou Akira, empolgado.
- ...Isso aqui... Se for verdade, eu... Eu...

Maxwell olhou para Akira.

- Akira, Takamura, Satomi! Vão até o andar de baixo e ajudem Yuka a ganhar uns cinco minutos! Eu já estou descendo.

Os três não entenderam.

- Maxwell? Por quê? - Perguntou Satomi.
- É urgente!! - Disse Maxwell - Façam isso!!

Sem hesitar, os três obedeceram a ordem de Maxwell e correram de volta para o andar de baixo.

- Venus... - Disse Maxwell, olhando para o monitor - ...Eu acho que posso te derrotar...



8-9

Venus desviu pela direita, enquanto uma rajada de energia passou por perto dela.

- Vamos, Yuka! É tudo que sabe fazer?

Yuka continuava ofegante. Naquele instante, Takamura, Akira e Satomi abriram a porta de trás do ginásio e entraram correndo.

- Parem!! - Gritou Takamura, tentando fazer com que Venus parasse seus ataques.
- Ora, ora... - Disse Venus - O que houve? Estão a fim de lutar também?

Os três se entreolharam.

- Não... - Disse Akira - Só queremos que essa luta sem sentido acabe!

Venus riu.

- Tudo bem... Me dêem um motivo para parar a batalha. Vocês tem trinta segundos.

Takamura começou a pensar.

- Eu...
- Sim? - Perguntou Venus, de braços cruzados.
- Maxwell está chegando! - Gritou Satomi.

Takamura e Akira olharam para Satomi, como se ela tivesse estragado o plano deles.

- Oh? Ele está vindo pra cá também? Interessante... - Disse Venus.
- Maxwell... O que ele pretende...? - Perguntou Yuka.

Satomi fechou os olhos.

- Eu não sei... Mas dê um tempo... Ele já deve estar chegando...
- Eu já cheguei! - Disse uma voz, atrás de Satomi.

Maxwell entrou no ginásio, e lentamente se aproximou do ringue.

- Venus... Eu te desafio! - Disse Maxwell.

Todos se surpreenderam.

- Hum... Você? Tem certeza? - Perguntou Venus.
- Tenho. Eu vou te derrotar agora mesmo. - Disse Maxwell, sériamente.
- Maxwell, não... Eu posso continuar! - Disse Yuka.

Maxwell entrou no ringue, caminhou até Yuka, e pegou em sua mão.

- Vá com Takamura e os outros. Eu cuido disso.

Yuka olhou nos olhos de Maxwell. Ela não sabia o que ele pretendia, mas resolveu obedecê-lo, saindo do ringue a e ficando ao lado de Satomi, Akira e Takamura.

- E então, Maxwell...? O que pretende fazer? - Perguntou Venus, cruzando os braços.

Maxwell colocou as mãos nos bolsos de sua calça.

- Você me deve um duelo, lembra? Não terminamos o que havíamos começado. - Disse Maxwell.
- Como assim...? Você já chegou a conclusão de que Chiho era a assassina, não é?

Yuka se surpreendeu.

- Chiho...? O que ele quer dizer?
- É uma longa história. Por enquanto, vamos escutar! - Disse Takamura.

Maxwell continuou.

- Não... Esse foi o resultado do primeiro ao quarto Fragmento. Tem uma morte que não foi solucionada ainda.

Venus pensou.

- Ah, sim... Ayumi Mayo, a repórter... Faltou esse detalhe.
- Sim, faltou... - Disse Maxwell - E eu acabei de solucionar.

Venus riu.

- E você vai salvar Yuka solucionando esse mistério?

Dessa vez foi Maxwell quem começou a rir. O sorriso em seu rosto chegava a ser assustador.

- Eu descobri mais do que isso... Você está pronta para ouvir a verdade final... Venus?

Venus não se intimidou.

- Vamos lá, Maxwell... Me surpreenda!

Maxwell tirou as mãos dos bolsos, cruzou os braços e encarou Venus nos olhos.

- Você sabe... Faz só alguns dias que comecei a investigar esse caso... Mas devido àquelas memórias, eu sinto como se estivesse preso nisso a muito tempo. Mas agora, acho que estou pronto para quebrar esse mistério de uma vez por todas.


EPISÓDIO 8 - EVIDÊNCIAS
FIM
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Mensagem por Alexandre Qui Mar 13, 2014 2:22 pm

EPISÓDIO 9 - CONCLUSÕES


9-1


Maxwell e Venus estavam frente a frente no ringue. Yuka, Satomi, Akira e Takamura observavam do lado de fora.

- Então, Maxwell... O que pretende para hoje? - Perguntou Venus.
- Eu ainda quero te enfrentar, Venus... Vou acabar com tudo isso agora.

Venus riu.

- Não me diga que você sabe lutar...? Eu estou surpresa.
- Não... Eu não vou lutar com você... Eu só quero te fazer algumas perguntas.

Todos se surpreenderam.

- Oh...? Perguntas? Agora fiquei curiosa. - Disse Venus.
- O acordo é o seguinte... Se com essas perguntas, eu conseguir resolver esse caso, você vai libertar a mim e meus amigos. Caso contrário, te entrego minha vida.

Naquele momento, Yuka se aproximou do ringue.

- Maxwell, o que está fazendo?!

Maxwell se virou para Yuka, mas não disse nada. Venus riu.

- Eu não consigo te entender, Maxwell... Mas tudo bem. Concordo em responder a essas perguntas.
- Perfeito... Antes você tem que prometer que só vai dizer a verdade.

Venus ergueu sua mão direita e a abriu.

- Eu prometo dizer apenas a verdade, e responder a todas as perguntas. Tudo bem assim?
- Sim, tudo bem... - Disse Maxwell - Posso começar?
- Sem problemas... Estou pronta.

Maxwell colocou as mãos em seus bolsos.

- A primeira pergunta é... Como, e quando você entrou para a VG Corp.?

Venus se interessou com a pergunta.

- É como se fosse uma entrevista? Que legal. Me sinto importante.

Venus fechou os olhos.

- Eu entrei para a VG Corp. dois anos atrás. Eu era iniciante no Variable Geo. Minhas habilidades impressionaram aos membros da VG CORP. Em seguida, acabei sendo convidada a fazer parte do projeto da arma biológica.
- E assim você se ofereceu para ser a arma biológica?
- Exato. - Disse Venus - Você sabe o que é se sentir como se fosse uma divindade? Eu estou prestes a sentir.

Maxwell cruzou os braços.

- O que você fez nos últimos dois anos?
- Eu passei por uma incubadora. Conforme os torneios ocorriam, eu recebia o DNA capturado das lutadoras.

Maxwell encarou Venus.

- Agora me responda uma coisa... Algum tempo atrás, Yuka e Satomi destruíram essa incubadora. Me diga como você fugiu.

Venus cruzou os braços.

- Eu não me lembro. Eu estava em alguma outra incubadora. Não tenho memórias desse tempo.

Maxwell deu um sorriso malicioso.

- Tudo bem... Em outra ocasião, o torneio ocorreu em um Cruzeiro, que por sinal tem seu nome. Houve um acidente, e o mesmo acabou naufragando. Como te tiraram de lá?

Venus encarou Maxwell de forma furiosa.

- Eu já lhe disse! Eu estava numa incubadora. Não posso me lembrar!

Maxwell sorriu.

- Então... Você não tem um álibi para essas duas ocasiões, não é?
- Álibi?! - Disse Venus irritada - Eu não estou sendo julgada aqui! O que aconteceu comigo na época em que estava na incubadora não tem importância.

Maxwell deixou de rir.

- Então, me responda outra pergunta, Venus... Quem é você?

Venus se surpreendeu.

- Q... Que pergunta é essa?
- Eu quero saber quem é você. Afinal de contas, você nem sempre foi parte da VG Corp. não é? Você deve ter uma vida antes disso.

Venus começou a respirar de forma ofegante.

- Não estou entendendo, mas... Tudo bem... Eu era uma garota normal, que sempre se interessou por artes marciais... Até que conheci o torneio Variable Geo e resolvi me inscrever.
- Minha nossa... É só o que você sabe? - Perguntou Maxwell.

Venus já estava perdendo a razão.

- Maxwell... Chega! Me diga logo onde quer chegar!!

Maxwell suspirou.

- Quer saber porque você não consegue se lembrar direito de sua vida?

Venus o encarou nos olhos.

- Por quê?!

Maxwell fez uma pausa e a encarou de volta.

- Porque a verdadeira Venus morreu quando Yuka e Satomi destruíram a primeira incubadora.

Todos naquele momento ficaram em choque. Venus continuava ofegante.


9-2

Venus encarou Maxwell. Havia uma expressão em seu rosto que misturava raiva e confusão.

- O... O que você está dizendo?!

Maxwell baixou sua cabeça.

- A verdade é que eu estava investigando alguns arquivos da VG Corp. no laboratório. Só houve uma Venus... E ela foi completamente destruída por Yuka e Satomi.

Todos ouviam Maxwell atentamente.

- Isso não tem lógica... Você está dizendo coisas sem sentido!! - Disse Venus em voz alta.
- Na verdade, há uma explicação para tudo... - Continuou Maxwell - O primeiro torneio Variable Geo organizado pela VG Corp. serviu para que eles observassem o poder das lutadoras. Uma das participantes desapareceu durante o torneio e foi dada como "desistente". A verdade é que ela foi capturada e levada para uma incubadora para que o projeto da arma biológica tivesse um começo.
- Onde você quer chegar? - Perguntou Venus.
- Yuka e Satomi lutaram contra a VG Corp. e destruíram a incubadora. Foi quando a verdadeira Venus morreu.

Yuka e Satomi estavam paralisadas ouvindo o que Maxwell dizia.

- Só que eles estavam prontos para isso...

Maxwell retirou uma seringa com um estranho líquido de seu bolso e o mostrou para Venus.

- Você sabe o que é isso?

Venus observou a seringa.

- Esse líquido... Com isso a pessoa pode enxergar através de outras vidas... Outros fragmentos de sua existência.

Maxwell riu levemente.

- Tem que ser ingênuo para acreditar num conto de fadas desse... Isso aqui se chama mX. Foi criado pelos laboratórios da VG Corp. Esse líquido é uma droga que faz com que a pessoa acredite em qualquer coisa. Basta você programar alguns microchips com qualquer história, injetar em uma pessoa, e ela passará a acreditar nessa realidade.
- Isso é assustador... - Comentou Akira.
- Ainda assim... O que tem a ver comigo? - Perguntou Venus.

Maxwell baixou seu braço.

- Você ainda não percebeu...? A verdadeira Venus já está morta a muito tempo. Mas suas memórias foram implantadas em um corpo artificial. Em outras palavras... Venus... Você é um clone. Você "nasceu" menos de uma semana atrás.

Naquele momento, todos naquela arena ficaram surpresos. Especialmente Venus, que não conseguia acreditar em Maxwell.

- Eu... Sou... Um clone... Isso... Isso não tem nada a ver... E quanto a repórter?! Por que ela morreu?! - Perguntou Venus, com as mãos na cabeça.
- Hum... Vejamos... - Começou Maxwell - Ayumi era uma repórter que fazia matérias investigativas... Akira, Takamura, vocês vão ter que me ajudar nessa.

Akira e Takamura se entreolharam.

- Nós?! - Disseram os dois ao mesmo tempo.
- Exato, vocês! Subam no ringue.

Como se fossem dois auxiliares de um lutador, Akira e Takamura subiram no ringue e pararam ao lado de Maxwell.

- Akira, você investigou sobre Ayumi Mayo, não é?
- Sim, eu mesmo pesquisei seu histórico.
- Havia alguma menção sobre Variable Geo?

Akira pensou um pouco, mas Takamura foi mais rápido.

- Na verdade, agora que você falou sobre o desaparecimento de uma lutadora... Ela esteve investigando um possível caso de sequestro.

Maxwell acenou positivamente.

- Se levarmos em consideração que ela estava investigando o caso do desaparecimento de uma lutadora, isso já a faz um alvo da VG Corp.

Akira começou a falar.

- Você tem razão... Espere... E quanto ao cartão que encontramos em seu apartamento?

Maxwell tirou o cartão de seu bolso e o mostrou para Venus.

- Isso aqui não pode pertencer a uma repórter. É um cartão apenas para lutadoras do torneio Variable Geo. Ela conseguiu isso com alguém... Ou talvez encontrou em algum lugar. E é a prova definitiva de que ela estava investigando a VG Corp.

Venus se esforçou para olhar o cartão nas mãos de Maxwell. Era quase como se sua imagem a machucasse.

- Em outras palavras, podemos dizer que algum membro da VG Corp. assassinou Ayumi Mayo porque ela se aproximava cada vez mais da verdade. E certamente, isso viria a público.

Venus começou a falar com dificuldade.

- Então, me responda uma coisa... Por que a VG Corp. inseriu falsas memórias em mim...?
- O que aconteceu foi o seguinte... - Disse Maxwell, calmamente - A verdadeira Venus, antes de ir para a incubadora era exatamente como você. Ela queria se tornar uma divindade com a ajuda da VG Corp. em troca de trabalhar para eles. Era perfeito. Era exatamente o que eles queriam. Eles não podiam perdê-la, por isso enquanto ela estava na incubadora, a organização tratou de armazenar sua memória pro caso de algo dar errado. Eles podiam conseguir outro corpo, mas outra voluntária poderia não ser tão fácil.

Venus caiu ajoelhada, com as mãos na cabeça, olhando para o chão. O que ele dizia fazia sentido, mas ela não queria acreditar.

- Maxwell... Você... - Disse Venus, com dificuldade - Você não pode estar falando a verdade!!
- Você é apenas um equipamento da VG Corp. - Disse Maxwell - Acredite, não está sendo fácil pra mim te dizer isso. Mas eu preciso por dois motivos... Primeiro, pra salvar a mim e meus amigos. E segundo, porque acho terrível que você não saiba de sua própria origem.

Venus começou a chorar.

- Não... Não... Eu não posso ser um clone!! Você está mentindo!!

Maxwell lentamente se retirou do ringue, deixando Venus aos prantos. Akira e Takamura o seguiram.

- Maxwell, isso tudo é verdade?! - Perguntou Takamura.
- Infelizmente sim. Essa organização é mais assustadora do que eu pensava. - Respondeu Maxwell.
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Variable Geo Exile - Página 3 Empty Re: Variable Geo Exile

Mensagem por Alexandre Sex Mar 14, 2014 1:36 pm

9-3

O grupo se reunia ao lado do ringue. Venus continuava no mesmo estado.

- Maxwell... Como você descobriu tudo isso tão rápido? - Perguntou Akira.
- Quando eu li nos computadores do laboratório sobre a droga e os testes feitos em Venus, eu só precisei deduzir todo o resto. - Disse Maxwell.
- Então... Qual o próximo passo? - Perguntou Yuka.

Sua pergunta não precisou de resposta. O portão do ginásio se abriu, e Manami e Takigawa entraram correndo.

- Vocês estão bem?! - Perguntou Takigawa.
- Takigawa e Manami? O que fazem aqui? - Perguntou Maxwell.

Os dois pararam logo em frente a eles.

- Nós fomos atacados por Chiho. Ela nos aprisionou, mas conseguimos sair. Graças a mim, por sinal! - Disse Manami.
- Chiho?! - Perguntou Satomi - Por que ela faria isso? Espere, não me diga que...
- Sim, acredito que ela esteja sob controle mental. - Disse Manami.
- Após nos amarrar, ela disse que viria pra cá. - Disse Takigawa.

Akira começou a falar.

- Espera, espera... Se esse é o caso, vocês não poderiam ter chegado antes dela!
- Essa não... - Comentou Yuka.
- O que houve, Yuka? - Perguntou Maxwell.
- Chiho foi treinada para ser uma ninja. Ela possui habilidades incríveis. Pode até mesmo ter entrado aqui sem percebermos.
- Hum... Então já sei como ela entrou no meu apartamento daquela vez... - Comentou Maxwell, lembrando-se do assassinato de Yuu.
- Do que está falando? - Perguntou Yuka.
- Ah... Nada, esqueça.

Akira colocou as mãos na cabeça.

- Você só pode estar de brincadeira! Quer dizer que pode ter uma assassina bem aqui, agora, e nós nem sabemos disso?! Já chega! Depois dessa missão eu vou pedir férias!
- Calma, Akira! - Disse Takamura - Olha, se ela ainda está sob controle mental, alguém tem que estar controlando-a, certo?

Satomi e Yuka concordaram.

- Nesse caso, vamos ter que continuar investigando esse prédio! A pessoa tem que estar em alguma daquelas salas do segundo andar! - Concluiu Takamura.

Naquele momento, Takigawa notou Venus no ringue, ajoelhada e olhando para o chão com uma expressão triste em seu rosto.

- Quem é ela? - Perguntou Takigawa.
- Eu nunca a vi antes... - Comentou Manami.

Maxwell olhou para Venus.

- Deixe-a em paz por enquanto. Vamos dar um tempo a ela. Depois conversamos.

O grupo concordou.

- A propósito... Não tinha um segurança vigiando a entrada? - Perguntou Satomi.

Manami ergueu sua luva.

- Eu dei um jeito nele!


9-4

O grupo se encontrava no corredor do segundo andar.

- É apenas uma suposição... - Disse Maxwell - Mas a última porta estava trancada quando Satomi, Akira e Takamura me encontraram.
- Então, algo deve estar acontecendo lá. - Concluiu Akira.

O grupo se aproximou da porta.

- Será que encontraremos a mente por trás disso tudo atrás dessa porta? - Perguntou Manami.
- Vale a pena arriscar... - Disse Maxwell, se preparando para checar a maçaneta.

Naquele momento, todos ouviram um estranho som atrás deles. Era como se alguém houvesse caído do teto.

- Mas... Quem está aí?! - Perguntou Akira, virando-se.

A resposta veio quando todos se viraram. Chiho estava parada próxima a entrada do corredor. Seus olhos estavam completamente brancos, como se estivesse possuída.

- Chiho!! - Gritou Yuka
- Não, não é a Chiho... - Disse Satomi - Alguém a está controlando!

Akira sacou sua arma e apontou para ela.

- Não se mova! Se tentar qualquer coisa, eu vou atirar!

Assim que Akira terminou suas palavras, Chiho retirou uma adaga de sua cintura e arremessou contra ele. A cena toda durou menos de dois segundos. Foi quando Akira percebeu que havia sido atingido.

- Não!! Akira!! - Gritou Maxwell.

Akira se ajoelhou e largou sua arma. A adaga estava cravada em seu ombro esquerdo.

- Akira!! - Gritou Takigawa, segurando seu braço direito.
- Essa não!! Ele precisa de ajuda imediatamente! - Disse Satomi.

Maxwell se aproximou da porta.

- Takigawa, Takamura! Eu quero que vocês levem Akira pra fora daqui! Yuka, Satomi, Manami, vocês distraem Chiho. Eu vou entrar e acabar com isso!

Takamura protestou.

- Mas, Maxwell...
- Vão logo!! - Gritou Maxwell, determinado.

Rapidamente, Takigawa e Takamura seguraram Akira pelos braços e o levaram rapidamente para fora do corredor. Chiho permaneceu imóvel, até que começou a falar.

- É você que eu quero, Yuka...

Yuka se virou para Chiho.

- Eu sei... O que eu não entendo é como Chiho chegou a essa situação.
- Satomi, eu vou entrar! Me ajuda aqui! - Disse Maxwell, segurando a porta.

Rapidamente, Satomi correu até Maxwell. Os dois se prepararam e chutaram a porta, que se abriu imediatamente. Maxwell correu para dentro, e a fechou, deixando Yuka, Satomi e Manami sozinhas com Chiho.

- Maxwell... - Disse Yuka, virando-se para a porta.

Chiho pegou uma kunai em cada mão e se preparou.

- Venham... Eu vou acabar com vocês três juntas!

Yuka, Satomi e Manami se prepararam. Enquanto isso, Maxwell observava o local em que havia entrado. Era uma sala bem grande. Haviam vários telões ao fundo, que mostravam o ginásio. Foi quando ele percebeu alguém sentado logo abaixo dos telões. Haviam um segurança em cada lado da cadeira.

- Quem... É... Você...? - Disse Maxwell, calmamente.

O homem misterioso virou sua cadeira. Aparentemente, ele estava mexendo em algum tipo de painel de controle. Maxwell pôde ver seu rosto. Um homem de longos cabelos brancos, usando um óculos de grau. Havia um olhar sério em seu rosto.

- Ora, ora, ora... Maxwell... Você chegou até aqui...
- Pelo jeito já conhece meu nome... Deixe eu adivinhar... Chiho me observou durante todo esse tempo, certo?
- Você é inteligente... Desculpe, onde estão minhas maneiras... Sente-se!

Um dos seguranças pegou uma cadeira que estava encostada na parede e colocou em frente a do homem misterioso. Maxwell hesitou, mas aos poucos se aproximou, e sentou-se, ficando cara-a-cara com ele.

- Ainda não me respondeu... Quem é você?
- Você é bem rápido, não é...? Meu nome é Hideo Kazai. Sou o atual líder da VG Corp. Ou melhor, desse grupo. A verdadeira VG Corp. está tão destruída, que somos o que sobrou dela.
- Hideo... E você pode me explicar as coisas que ainda não consegui decifrar?

Hideo riu.

- Digamos que você já desvendou três quartos desse caso sozinho, Maxwell.
- Eu estou interessado no último quarto.

Nesse momento, um dos seguranças se aproximou com uma bandeja, trazendo duas taças com um líquido dentro. Hideo pegou uma taça, mas Maxwell hesitou.

- Não se preocupe, é apenas vinho. Talvez não reconheça sem o álcool. Não gosto de bebidas alcoólicas.

Maxwell encarou Hideo por alguns segundos, até pegar a taça.

- Você lutou muito pra chegar onde está. Acho que merece saber tudo que está acontecendo por aqui.
- Estou esperando... - Disse Maxwell.



9-5

Chiho encarava Yuka.

- Vamos, Yuka, mostre-me o que sabe fazer!

Naquele momento, Manami se irritou.

- Espere!! Espere!! Por que só ela?! Eu quero que você lute comigo também!! Comigo!!

Manami arremessou sua luva para o alto. Como estava distraída, a mesma caiu em sua cabeça, derrubando-a.

Enquanto isso, no andar de baixo, Takigawa e Takamura chegaram ao ginásio, carregando Akira.

- Isso não é bom... Ele está perdendo a consciência! - Disse Takigawa.
- Eu sei. Mas só o que podemos fazer é levá-lo para o hospital. Se tentarmos retirar a adaga manualmente, podemos piorar a situação dele.

Quando estavam prestes a sair do ginásio, Takamura se assustou.

- Espere!! Cadê aquela garota? Pra onde ela foi?

Takigawa se virou para o ginásio e notou que Venus havia desaparecido.

- E eu sei? Espero que ela não esteja atrás de nós. Vamos logo!

Os três saíram do ginásio. Enquanto isso, Yuka continuava encarando Chiho.

- Eu não quero lutar com suas amigas. Apenas com você. - Disse Chiho.
- Não!! Yuka não pode lutar com você agora. Ela estava enfrentando Venus alguns minutos atrás! - Disse Satomi.
- Tudo bem, Satomi. Eu posso segurá-la.

Manami se levantou.

- Esperem! Não tem regras aqui! Estamos numa luta para ajudar o Maxwell, não é? Nós somos uma equipe!

Satomi deu um passo para frente.

- Se prepare, Chiho. São três contra um!

Yuka se virou para as duas.

- Tudo bem... Isso não vai ser um problema. - Disse Chiho com um estranho sorriso.
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Mensagem por Eder Sex Mar 14, 2014 2:38 pm

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