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Destruir tudo de novo

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Mensagem por infernosword Qui Jan 05, 2017 7:05 pm

Muitos aqui cresceram numa época em que ficávamos sabendo das coisas pelas revistas. É bem provável que conheceram publicações como a Pro Games, Nintendo World, Herói, CD Expert, Big Max, entre outras, que traziam o conteúdo cultural e digital ao jovem brasileiro de classe média. E quando não rolava um apagão, os mais afortunados ainda podiam dar aquela surfada básica na internet, usando o pulso único da internet discada, das 0h às 6h da madruga. Ainda assim, éramos basicamente leitores.

Como tudo é dinheiro, o brasileiro acabou detonando tudo isso, até porque ninguém mais aguenta pagar R$ 14,90 numa revista de 45 páginas. Além disso, a banda larga veio para tomar o espaço das mídias de informação e, à medida em que o povo foi se conectando, ela foi se tornando hegemônica nas nossas vidas. O conteúdo gratuito, de fácil acesso e democrático não abriu espaço para muitos argumentos pró produção das mídias antigas. Vale lembrar, contudo, que o fato não ocorreu instantaneamente da noite para o dia, mas num período gradativo que corresponde aos meus queridos anos de 97~04.

Com a internet estabelecida, grandes corporações de mídia especializada, como IGN, Gamespot, Yahoo e UOL começaram a surgir entre os sites mais acessados dos gamers brasileiros, sendo que a grande maioria os conheceu nessa época, eu incluso. Eram sites gigantescos que armazenavam uma infinidade de dados e saciavam a vontade de todos com notícias, detonados, material audio visual e reviews.

Reviews. Algo que eu vou abandonar da minha vida à partir de 2017.

Já é sabido de longa data a minha opinião sobre youtube e games. O que era pra ser um lugar onde todos podiam ser criativos se tornou num espaço de muita gente falando muita bobagem. Pessoas que só o fazem por dinheiro, misturam com política ou assuntos polêmicos e claro, prostituem a arte por conta de uns trocados, sem esquecer de arrotar vaidade sobre seu doutorado em games.

A nova era já está aí há um bom tempo! A mídia especializada é hoje esse conjunto de youtubers e grandes empresas de mídia, que, como num tribunal da velha Inglaterra, escolhem os que vão e os que não vão para forca.

Vou me colocar à margem dessa situação. Como o boicote aos youtubers já vem de longa data vou adicionar mais uma regra ao firewall da sanidade: não vou mais ler reviews, ver reviews, assistir reviews e escrever reviews. Chega de julgar, vou apenas apreciar. É muita gente falando muita coisa. Chega! Mas para não me chamarem de ultra-radical, podem ter certeza de que eu vou continuar lendo as coisas aqui do fórum xD Mas só também. Mais esclarecimentos nos próximos textos.
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Mensagem por Filme Sentimental Qui Jan 05, 2017 10:01 pm

Cara, não vejo problema algum com "reviews". O propósito de um review não é de ditar o que é falado web afora mas ressaltar o conteúdo, as qualidades e os defeitos de um produto. E ainda, de quebra, passar informações e curiosidades invisíveis aos olhos de um mero jogador. Agora, a forma como esse gênero textual é usado ou "abusado" pelo escritor são outros quinhentos (Inclusive a forma como o leitor encara e interpreta o "aprendizado"). Eu, por exemplo, conheci muitos títulos (Principalmente antigos, da era DOS, e outros que nunca cruzaram os mares e fronteiras) ao acaso enquanto paginava os links de pequenos (E as vezes grandes) blogs e sites. Ou os pegando citados como referência no meio da leitura de um desses textos. E muitos deles, ótimos, eu jamais teria conhecido de outra forma. Ao meu ver, generalizar este assunto é igualmente por em pauta a boa utilidade do tal firewall de sanidade.
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Mensagem por infernosword Sex Jan 06, 2017 3:47 am

Você tá certo, mas pra mim não dá mais. Eu não vejo mais sentido em escrever reviews de games (ou qualquer coisa), nem de lê-las. Penso que esse tempo pode ser usado para jogá-los, na verdade. Por isso eu estou "me aposentando" do "lado imprensa" dos games e me dedicando ao que realmente eu sou, um amante de games. Percebi que eu só preciso do meu lugar aqui na TTA e nada mais. Nada de críticas, nem julgamentos e essa atiração de pedra louca que esse cenário se tornou. Foda-se o GOTY, a nota do próximo Zelda, as reviews mais vistas do Youtube e a guerra dos consoles. Conheço muitos que mais assistem games do que jogam. Eu não quero ser um desses.
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Mensagem por Willi Sáb Jan 07, 2017 1:03 am

Fala aí, Inf. Cara, o seu ponto de vista é perfeitamente compreensível. A mídia que aborda games, hoje em dia, virou um negócio tão chato quanto os paparazzi: correm feito ratos atrás de informações para vazar, e em cima destas, tecem opiniões de embasamento duvidoso. Quando o produto finalmente fica pronto, preocupam-se não em compartilhar uma experiência, mas em "dar seu veredito", como se qualquer cara que começou no PS3 tivesse capacidade de julgar um game novo. O game, nesse ponto, deixa de ser uma arte e vira um produto frio que passa por uma análise, exatamente como você bem disse no texto do tópico.

E quem consome esse tipo de conteúdo, especialmente de sites grandes (que eu não vou nomear porque todo mundo sabe quem são, mas eles tem dinheiro pra socar no cu do fórum, e o fórum mal formou seus advogados ainda) acaba inconscientemente tratando o jogo da mesma maneira. Uma vez eu vi um cara xingando outro nos comentários, dizendo "desculpa amigo, se você joga nota, eu jogo jogo", num momento em que os participantes do diálogo se acaloraram e começaram a esfregar um na cara do outro que seus jogos favoritos eram superiores devido à nota que ganharam em site X. Ou seja, foda-se a experiência de jogo, o que ele acrescentou à pessoa, nada disso importa, o que importa é o que o fulano de tal disse sobre o jogo. Esse é um comportamento extremamente infantil e que está se generalizando, e as pessoas nem percebem que passam a tratar os jogos da mesma maneira que os reviewers desses sites.

Quando vocês começaram a criticar o ato de fazer review aqui no fórum, há uns anos, eu ainda defendia YouTubers como o Zangado. Hoje em dia, minha simpatia pela pessoa que ele é não mudou, mas não consumo mais seu conteúdo, pois sinto que a qualidade decaiu e que ele passou a transmitir menos emoção no que ele fala, aquela emoção de gamer mesmo, que eu notava que ele tinha nos vídeos antigos. Os caras começam algo por paixão, vêem a cor da grana e transformam em algo mecânico e artificial. E muitos fãs não notam essa transição, e continuam consumindo o conteúdo e se deixando levar pela onda.

É por isso que, hoje, eu só leio reviews de sites pequenos. Recomendo fortemente dois deles: O Retroplayers e o Gamer Caduco. O tipo de review que eles fazem não tem nada a ver com essa que você descreve no tópico, eles realmente contam a história deles com o jogo, tal como eu faço, e em seguida dissertam sobre o jogo em si (afinal ainda é uma revisão) mas sempre de um ponto de vista pessoal que pende mais para o opinativo do que para o crítico. Então é quase um texto de impressões. E é gostoso de ler.

Eu comecei a fazer reviews extremamente simples no início do Point, também, tinha 13 anos na época. Hoje faço 5 parágrafos só de introdução, contando minha história com aquele jogo (tudo bem, às vezes tenho pressa e faço essa parte mais corrida) mas minha ideia com uma review é muito mais opinar e compartilhar do que criticar. Acho que essa é a essência de uma review feita por um gamer com paixão. E é isso que os caras de sites grandes não entendem, eles emprestaram o termo "review" da galera das antigas para fazer críticas em seus portais atuais.

Em suma, acredito que ser radical ou se fechar não é interessante, seja no assunto que for. Eu fiquei puto com a futilidade das pessoas há um tempo atrás, tal qual você está agora com reviews, nisso excluí meu Facebook, mas há um mês voltei atrás e criei um novo, porque vi que aquilo me afetou de outras maneiras. Me livrei do que me incomodava, mas perdi o acesso a diversas outras funcionalidades (como estar bem informado, a ideia de surf linking site por site não deu certo pra mim, eu realmente preciso de um feed para me mostrar informações), além da interação em grupos de informação em que você sempre aprende alguma coisa, especialmente no que tange a hardware. Um exemplo, é muito mais interessante ver sobre hardware da boca dos usuários, através de um grupo, do que das notícias onde esse hardware é divulgado. E fóruns não são nem de longe tão ativos e frequentados quanto redes sociais, então, grupos de Facebook são imbatíveis. Esse foi só um exemplo que dei sobre se fechar. Eu acredito que você deve estar bem irritado no momento, mas acho que o seu caso não é abandonar reviews pra sempre, mas encontrar as reviews certas para você.
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Mensagem por infernosword Dom Jan 08, 2017 11:17 pm

Eu vou continuar lendo as reviews de vocês, como sempre fiz, mas eu não quero mais escrever reviews de jogos e já faz um bom tempo que eu não leio, vejo ou escuto a "mídia especializada". Eu não tenho nada contra quem o faz, inclusive os youtubers de Minecraft nascidos em 2010. É mais uma opinião minha que eu quis compartilhar com vocês pra ver a repercussão, afinal pra mim, vocês são mídia especializada, sem aspas. É mais ou menos como Jorge Kajuru disse uma vez: "A Xuxa é um produto. Eu não consumo." Quer dizer, quando eu era um menino que morava numa granja de porco e tinha um Nintendo 64, eu não precisava de mais nada. Por que hoje eu preciso? Comodidade, talvez.
Ontem eu conversei com um primo meu de 10 anos (que aliás eu dei o meu Nintendo 64) que adora Youtubers. Entre uma seção de embaixadinha e outra, ele me revelou que queria ser youtuber. A conta é clara: Se você é youtuber, e tem 1 milhão de inscritos, você ganha 1 milhão de reais. Demos muitas risadas sobre o assunto, mas eu falei pra ele (sem destruir seus sonhos, claro), que as coisas não eram bem assim, que muitos ali moram com os pais e pedem dinheiro no Patreon. Outros também tem outras atividades que vão além do youtube. O glamour pode ser perigoso, jovem gafanhoto.
Não sei, acho que sou cético de mais. Vou para o inferno desse jeito xD
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