Rayman Legends - Review

O estilo de jogos 2D, com visão lateral está presente praticamente desde o início dos jogos eletrônicos (Se você considerar aqueles games do Atari 2600 como 2D).

Porém, com o passar do tempo, e a chegada dos jogos em 3D, parece que as empresas aos poucos foram esquecendo dos bons e velhos jogos em 2D, com exceção da Nintendo e da Sega. Mas a Ubisoft parece ter se lembrado que seu mascote faz muito mais sucesso em jogos 2D do que com aqueles infames Rabbids.

Rayman Origins, quando lançado fez um enorme sucesso entre a crítica e o público, embora as vendas não tenham sido estrondosas. Os fãs de Rayman aplaudiram o game, que foi considerado por muitos como o melhor 2D dessa geração. Não demorou muito pra Ubisoft anunciar o Rayman Legends, sua continuação.


Enredo

Aqui vai um pequeno spoiler do Rayman Origins: O grande vilão do game, revelado apenas na última fase é nada mais nada menos que um Teensie, uma das criaturas mágicas do mundo de Rayman. Esse teensie é um grande fã do Mr. Dark, um dos mais cruéis inimigos da série, e inclusive se veste igual ele, usando uma capa e um chapéu preto.

A diferença é que Mr. Dark era mal, sombrio, e tentou matar Rayman várias vezes. O Teensie em questão é atrapalhado demais, não consegue prestar atenção no que faz, e muitas vezes se dá mal devido a própria burrice.

O enredo de Rayman Legends é bem simples. O Teensie do mal voltou, e dessa vez há 5 deles que se espalharam pelos mundos, e cabe ao Rayman e seu grupo derrotá-los. Além de espalhar o mal pela terra, eles também sequestraram todos os 700 teensies desses mundos, e aprisionaram as princesas.


Jogabilidade

Não há mistério pra quem já jogou o Rayman Origins. Rayman e seus amigos podem correr, saltar, pular entre as paredes, agarrar em plataformas e flutuar. A diferença é que aqui você já começa com todas essas habilidades, e não precisa adquirí-las conforme progride.

Ao invés de contar com um mapa, dessa vez você entra nos mundos e nas fases através de uma galeria de quadros. Isso na minha opinião não foi uma boa mudança, e às vezes parece até algo meio mal feito. Em Rayman Origins você viajava pelos mundos com a ajuda de alguns botões, e em poucos segundos chegava ao seu destino. Em Legends, demora um pouco mais pra você chegar onde quer, já que você tem que entrar e sair das galerias manualmente.

Uma novidade nesse game é a presença do Murphy, uma espécie de sapo alado que pode interagir com o cenário. Nas versões que não possuem sensores, você usa um botão para controlar Murphy, que pode cortar cordas pelas fases, atacar alguns inimigos, mover plataformas e abrir passagens.

Murphy certamente foi feito pensando na versão de Wii U, e talvez na de PS Vita. A sua presença nas versões PS3/PC/360 acabou ficando meio danificada, e as fases onde você o utiliza costumam ser meio chatas, pois você pode se atrapalhar com sua presença na tela, já que o personagem se move sozinho.

A campanha principal do jogo é mais curta que a de Rayman Origins. Eu diria que você não gastaria nem metade do tempo necessário para zerar o Origins no Legends. Há um total de 5 mundos com cerca de 8 fases cada, porém nem todas são obrigatórias, já que você pode derrotar o último chefe apenas salvando a quantia de Teensies necessária.

Porém, se você é daqueles que quer fazer 100% a todo custo, você certamente vai levar muito mais tempo. No jogo há um mundo bônus chamado "Back to Origins" que contém cerca de 40 fases do Rayman Origins, que você pode jogar assim que destravá-las usando os tickets que ganha após completar as fases.

Caso você queira terminar Rayman Legens com tudo que o jogo oferece, é bem provável que você enjoe na metade do caminho. As fases do Origins conseguem às vezes ser mais divertidas que as do Legends, mas se você já zerou Rayman Origins, vai ser apenas mais do mesmo.


Extras

Ao contrário do Origins, Rayman Legends apostou no conteúdo online. Na sala principal do game há um quadro chamado "Challenges" onde você pode desafiar jogadores de todo o mundo. Se estiver conectado, uma mensagem aparecerá no game dizendo quais jogadores foram os campeões dos desafios diários.

O modo "Kung Foot" é uma das coisas mais sem graça que eu vi no game. Você usa os personagens de Legends em uma arena de futebol. Os personagens usam uma bola que pode ser socada ou chutada para marcar gols no adversário. Eu bem que tentei, mas não consegui me divertir com isso.

O quadro "Heroes" mostra os "personagens" que você destravou no game. Assim como em Origins, não há exatamente novos personagens, apenas novas cores.

Há também a área "Creatures". No game você ganha tickets quando completa as fases. Ao raspá-los pode ganhar um novo Teensie, Lums, Fases do Origins e criaturas. Detalhe que mesmo sendo um "ticket da sorte", o prêmio não é aleatório em cada fase. As criaturas são apenas monstros que ficam andando de um lado pro outro no museu, e não servem pra nada.


Conclusão

Os gráficos e a trilha sonora são excelentes, porém houve pouca evolução em relação ao Rayman Origins.

Eu diria que Rayman Legends é um jogo que será melhor aproveitado pra quem nunca jogou o Origins, ou pode jogá-lo num Wii U para que as fases do Murphy não sejam tão fracas.

Se você já zerou Rayman Origins, esse game terá um ou outro momento inovador, mas não é o bastante para que ele se destaque. Derrotar o último chefe e assistir aos créditos leva muito pouco tempo, mas é o suficiente pra tornar o jogo um tanto repetitivo. Fazer 100% vai exigir um sacrifício intenso do jogador.

Mas calma lá: Rayman Legends não é um jogo ruim. Pelo contrário, é melhor que muitos outros por aí. Mas a Ubisoft fez algumas alterações que acabaram não sendo das melhores, e é notável que a jogabilidade estava sendo feita como pensando no Wii U. Você percebe isso enquanto joga.


NOTA: 7.5

Caralho, esse jogo nem saiu direito o cara já sai fazendo review. Muito bom!

Já zerou Ale?

PS: Não vou ler ele agora, não quero que opiniões alheias me influenciem   mas no momento estou achando melhor que o primeiro, que já era incrível! Tô jogando ele no cooperativo em 2 jogadores, uma vez joguei o Origins sozinho e não vi muita graça, parece que esses jogos são feitos pra multiplayer!

Estou bem perto de zerá-lo, mas se Outlast rodar no meu PC, é bem provável que eu o deixe de lado.