Squarimension acompanha House Hunting: Pesadelo Familiar
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Squarimension acompanha House Hunting: Pesadelo Familiar
CAPÍTULO 1/11
Simon entrou na casa correndo, enquanto a chuva forte caía lá fora.
- Até que enfim! - Disse Diego, que já estava no sofá ao lado de Ray - Trouxe o filme?
- Primeiramente, obrigado por se importar comigo, e, sim eu trouxe um filme!
Simon foi até a sala e retirou uma caixa de Blu-Ray que estava em uma sacola, entregando para Diego.
- ..."House Hunting: Pesadelo Familiar"? - O que é isso?
- Sei lá, mas aqui diz que é de 2013... - Disse Ray, lendo a parte de trás da caixa.
Simon pegou a caixa.
- Uma noite chuvosa pede um filme de terror, não é? Vamos lá, quem sabe é legal.
Simon colocou o Blu-Ray no leitor e ligou a TV.
- Espero que seja bom, senão você nunca mais escolhe um filme, Simon.
- Tá bom, eu sei... Olha lá, vai começar.
Charles chegava em casa após mais um dia de trabalho.
Assim que entra na sala, vê Alice, sua mulher, sentada no sofá, lendo um pequeno catálogo.
- Chegou mais cedo hoje? - Pergunta ela, sem tirar os olhos do papel.
- Pois é! - Respondeu Charles, tirando seu casaco - A empresa vai realizar uma reunião gerencial, e liberaram os funcionários mais cedo. O que está lendo?
Ao se aproximar, notou que ela via um catálogo imobiliário.
- Charles, querido - Diz ela virando-se para ele - Você sabe que cedo ou tarde teremos que sair dessa casa.
Diego: Nossa, já começou com um baita clichê.
Simon: Relaxa, histórias de terror tem que ter enredo simples pra todo mundo entender.
Na agência imobiliária, Charles conversava com o corretor em seu escritório.
- Charles, eu sei que está com pressa... - Disse o corretor - Mas no momento, não há nada que eu possa fazer.
Charles suspirou.
- A questão é que eu estou a muito tempo procurando uma boa casa pra quando meu segundo filho nascer... E até agora não encontrei nenhuma!
- Eu sinto muito. Mas aconselho que espere mais um pouco, ou procure em outra cidade.
Diego: Peraí, o cara é pobre ou não tem casa na cidade?
Simon: Quando você vai aumentar a família tem que escolher o melhor lugar.
Ao sair da imobiliária, Charles notou um homem vestido com um casaco marrom e um chapéu parado na frente de um poste. Por alguns instantes, pensou em desviar dele, mas foi abordado.
Diego: Geralmente é o Demônio.
Ray: Fora que ninguém anda de casaco marrom e chapéu no meio da rua.
Charles suspirou, e resolveu encará-lo.
- Pois bem... O que deseja?
- Eu notei que estava saindo da imobiária... Está procurando uma casa?
- Sim, eu preciso de uma casa maior, agora que minha família vai aumentar...
- Ah... Entendi... É difícil, não é?
- Eu ainda não consegui nada, mas... Vou continuar tentando. Agora, com sua licença...
Charles se virou e começou a andar, mas foi novamente interrompido.
- Espera! Eu acho que posso te ajudar!
- Como assim?
O homem checou o bolso de seu casaco e tirou uma foto.
- Aqui! Veja essa casa.
Simon: Agora ele é o gênio da lâmpada. Aproveita que faltam dois desejos.
- Sinto muito, mas eu não vou fechar nenhum acordo sem falar com minha mulher.
- Não, sem problemas... - Disse o homem - Mas, me diga uma coisa... Gostaria de levá-la para conhecer o local? Eu prometo que chegando lá, vão saber tudo que precisam sobre o local!
Ray: Ele repetiu "local" duas vezes?
Diego: É melhor contratar outros roteiristas.
Em sua casa, Charles se preparava para dormir, enquanto sua esposa arrumava o cabelo.
- Então... - Disse ela - Um homem estranho aparece, e te oferece uma casa do nada?
Diego: Pelo menos ELA tem senso.
- E quanto ao Ben? - Perguntou Alice.
- Ele já é grande... - Respondeu Charles - Acho que a mudança vai fazer bem pra ele.
Simon: Resumindo: "Ele é grande, então que se dane".
Na manhã seguinte, Charles bate na porta do quarto de Ben.
- Ben! Vamos logo! Você está pronto?
Charles abre a porta e encontra o garoto digitando no celular.
- Ben! Sua mãe e eu estamos te esperando. Vamos!
Ben, contrariado, desliga o celular e se levanta da cama.
- Tá bom!
- Não faça essa cara pra mim não, amigo! - Disse Charles.
- Tanto faz. - Respondeu Ben, saindo do quarto.
Diego: Adolescentes rebeldes: Outro clichê.
- Pra onde exatamente nós vamos? - Perguntou Ben.
- Hum... Eu não sei direito... Mas não parece muito longe. - Responde Charles, entrando no carro.
- O pior que pode acontecer é não gostarmos, e voltarmos pra cá. - Disse Alice.
Simon: "Ou, todos nós morrermos."
Charles ligou o carro.
- Então... Vamos nessa.
Simon: E aqui acaba o capítulo 1.
Ray: Sério que acaba com um "Vamos nessa"?
Diego: Espero que o resto seja melhor.
Re: Squarimension acompanha House Hunting: Pesadelo Familiar
Capítulo 2/11
O carro entrava em uma estrada de terra em meio a uma floresta.
- Tem certeza que é por aqui? - Perguntou Alice.
- Se o mapa estiver certo... É aqui mesmo. - Respondeu Charles olhando o mapa novamente.
- Perfeito... Vamos virar índios. - Reclamou Ben.
Simon: Reviravolta: Eles estão indo pra casa da bruxa de João e Maria.
Diego: Sério, porque sempre tem uma floresta?
Ray: Porque florestas ficam isoladas de qualquer contato humano.
Charles e Alice se aproximaram da porta, onde Charles notou uma espécie de interfone.
- O que é isso...?
Charles apertou o interfone, e uma gravação começou a falar:
- Olá! Bem-Vindo à casa dos sonhos! Sinta-se livre para conhecer cada cômodo desse incrível lar! Lembre-se de checar as gravações para obter mais informações sobre o local!
Simon: Desde quando interfone grava?
Diego: Vai ver é um daqueles trecos do Borderlands que gravam mensagens.
Alice e Ben exploravam a cozinha, enquanto Charles subiu para o segundo andar. Ao chegar lá, encontrou um corredor onde haviam quatro portas, duas do lado direito e duas para o lado esquerdo.
- Hum... Quatro quartos... É até mais do que precisamos... - Disse Charles.
No andar de baixo, algo chamou a atenção de Ben.
- Ei, o que é aquilo? - Disse o garoto indo em direção a uma das paredes.
Ben encontrou um rifle preso em uma moldura.
- Meu Deus, Ben! Cuidado! - Disse Alice.
Ben tocou no rifle.
- Será que funciona?
- Não sei, mas é melhor não mexer nele. - Disse Alice.
Diego: Fala sério, a casa vem com um rifle de graça, e ela não quer que mexam nele?
Simon: Eu acho que ela é da PETA.
- Pai, tem uma coisa estranha acontecendo aqui. - Disse Ben, pegando seu celular.
- Qual o problema? - Perguntou Charles.
- Desde que chegamos, o meu celular não tem mais sinal. Eu não sei, estava tudo perfeito até a estrada...
Simon: Tá reclamando do quê, garoto? O meu nunca tem sinal.
No carro, a família esperava pelo tal vendedor.
- Eu tô cansado. - Disse Ben - Será que ele vem mesmo?
Diego: Como assim? Eles só exploraram uma casa por dez minutos e o cara tá cansado?
Simon: Ficar parado cansa também.
De repente, um carro se aproximou.
- É ele? - Perguntou Alice.
- Espero que sim. Estamos a quase uma hora esperando.
O carro parou. A porta se abriu, e um casal, acompanhado de uma criança, desceram do carro.
- ...Olá...? - Disse Charles.
- Olá! - Disse o homem - Quem são vocês?
- Nós viemos ver a casa - Disse Charles - Estamos esperando pelo vendedor.
O homem fez uma cara estranha.
- Vocês também vieram ver a casa? - Perguntou.
Diego: Tô sentindo uma treta se aproximando...
- Eu sou Marcos. Essa é minha esposa Shirley, e minha filha Alexia.
Simon: "Alexia" lembra o nome daquele sabonete que combate cravos e espinhas.
Ray: Cale a boca. É um lindo nome.
- Como ele pode oferecer a mesma casa para duas famílias ao mesmo tempo? - Perguntou Alice.
- Eu não sei... Mas não se preocupe, a gente vai encontrar outro lugar.
Após cinco minutos dirigindo, Charles começou a estranhar alguma coisa.
- O que houve? - Perguntou Alice.
- Parece que... Parece que eu já passei por aqui... - Disse Charles.
- Não me diga que estamos perdidos agora? - Perguntou Ben.
- Eu... Eu não sei. Eu tinha certeza que havia uma estrada por aqui...
Simon: Eu fico assim quando dirijo com sono.
Diego: Mas ele tá dirigindo um carro. Você pilota avião.
A família de Marcos entrou no carro, que partiu em direção a estrada. Charles os seguia. Cerca de meia hora se passou, quando, novamente, ambos os carros paravam em frente à casa. Marcos desceu do carro assustado.
- Não... Não é possível...
Charles e sua família desceram.
- O que está acontecendo aqui? Por acaso estamos andando em círculos? - Perguntou Charles.
- Eu tenho certeza... Era aquela estrada... - Disse Marcos, ainda assustado.
- Nós estamos perdidos, papai? - Perguntou Alexia.
- Não... Não estamos... Só pegamos o caminho errado.
Simon: Não estamos perdidos, só não fazemos a menor idéia de onde estamos.
Ray: A mesma desculpa que você dá quando te deixamos dirigir o carro.
Simon: Desculpa, os comentários são sobre a história, não sobre mim.
Charles entrou no carro, e novamente pegaram a estrada. Mais de quatro horas se passaram, e por diversas vezes, as famílias se viam novamente chegando na casa. Era como se estivessem rodando em círculos, mesmo pegando várias rotas diferentes. Até que Marcos se irritou.
- Não adianta! Acho que já chegamos aqui umas vinte vezes! O que está acontecendo aqui?!
Diego: Agora fica a pergunta: Onde eles arrumaram gasolina pra dirigir por mais de quatro horas, tirando o que já gastaram antes?
Simon: Vai ver tinha um Posto Ipiranga no meio da floresta.
- Eu não consigo entender... - Disse Charles - Mas está ficando tarde... Logo essa floresta vai estar escura.
- E o que sugere? - Perguntou Marcos.
- Vamos entrar. Teremos que passar a noite aqui. Amanhã bem cedo vamos tentar encontrar outra saída.
Vendo que não havia outra solução, todos concordaram em passar a noite na casa.
Simon: ...Acabou?
Ray: Sim, o capítulo.
Diego: Simon, se a história continuar assim, você NÃO escolhe o próximo filme.
Simon: Relaxa, ainda tá no começo... Acho que vai melhorar.
Re: Squarimension acompanha House Hunting: Pesadelo Familiar
Capítulo 3/11
A noite se aproximava, quando Charles e sua família estavam na sala de estar. Charles olhava pela janela, enquanto Alice e Ben estavam no sofá.
- O que acha que está acontecendo aqui? - Perguntou Alice, apreensiva.
- Eu não faço idéia. - Respondeu Charles.
Charles se aproximou dos dois.
- Assim que amanhecer, vamos tentar sair daqui novamente. Por enquanto vamos apenas descansar.
Simon: É, cansados de não fazer nada.
Diego: Girar em volta da casa com o carro pode ter sido cansativo.
De repente, Marcos desceu as escadas.
- Já chega! Eu não vou mais ficar aqui! - Disse nervoso.
Charles foi até ele.
- O que vai fazer?
- Eu sei que tem outra saída daqui que não seja através daquela maldita floresta. E eu não vou esperar até amanhã!
Ray: Já repararam que em filmes de terror sempre tem um idiota que vai contra o grupo?
Diego: Geralmente ele morre primeiro, e depois o resto do grupo o encontra dilacerado.
Todos foram até a porta ansiosos. Quando Marcos entrou, sua face demonstrava uma expressão de terror.
- Marcos! O que aconteceu? - Disse Shirley assustada.
Marcos caminhou lentamente até o sofá, e se sentou.
- Você encontrou alguma coisa? - Perguntou Charles.
Marcos respirou fundo e começou a falar:
- Eu... Eu atravessei uma colina, na direção contrária da floresta... Quando eu cheguei do outro lado... Havia outra colina... E depois outra... E outra... Acho que eu atravessei umas cinco colinas... E quando eu me virei... A casa estava bem atrás de mim...
Diego: Esse filme não era "A Casa Monstro"? Aquele em que a casa persegue os caras?
Simon: Aliás, uma coisa estranha naquele filme: Se você reparar, a casa atravessa a cidade inteira, e absolutamente NINGUÉM percebe exceto os protagonistas. Pode checar.
Ben foi até a cozinha.
- Ben, onde vai? - Perguntou Charles.
- Eu não sei vocês, mas eu não comi nada o dia inteiro. - Disse Ben.
Charles o seguiu. Ben abriu a despensa e encontrou dezenas de latas de comida enlatada.
- Meu Deus... Aqui tem estoque pra mais de um mês! - Disse Charles espantado.
Marcos correu até eles.
- Eu não estou gostando disso...
Diego: Qual é? Comida enlatada é boa. Salsicha principalmente.
Após os estranhos eventos do dia, todos foram dormir, da forma como haviam combinado.
Simon: Cara, que capítulo fraco foi esse?
Ray: Serviu pra mostrar que não tem como sair da casa.
Diego: E isso a gente já sabia lá do capítulo anterior.
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