Eu odeio os animais...

... e você me odeia por isso!

Eu posso não gostar de animais.
Eu posso odiar os animais.

O que eu não posso é maltratar os animais.
Eu não posso humilhar os animais.
Eu não posso matar os animais (e nem vocês).

AVISOS:
- Se você é daqueles que pega cachorro no colo, beija na boca e troca a roupinha, saiba que você não sabe porra nenhuma sobre saúde animal, então eu nem vou sequer me dar ao luxo de pensar que você existe e que tem uma opinião sobre o assunto. E se tiver, foda-se, eu não vou ler!

- Se você é vegano-ativista social-amigo da natureza, saiba que eu respeito a sua opção, mas não concordo e ainda digo que sou contra você entrar em lugares privados para "resgatar" beagles. E não, você não vai me enquadrar em alguma lei ambiental lendo esse texto.

- Se você odeia os animais, como eu odeio (ou mais), dane-se. Não vamos fazer grupinhos de ativismo pró churrasco, tomar chá gelado, nem clube de leitura. Não preciso de afirmação pra esse tipo de opinião aqui no fórum.

- Se você é aqui da TTA e não está entendendo, saiba que isso não é um texto esperando opiniões, mas um desabafo de um cara de 23 anos falido, mas que ainda sim, se diverte com os ONGs da vida. Salvem as baleias.

EU ODEIO OS ANIMAIS! VIVA! Como é bom gritar para o mundo, ainda que virtualmente. E como é deliciosa a sensação de ninguém concordar comigo. Ha ha, inúteis! Vou provocá-los até que chorem. E não vão poder fazer nada!

Ótimo, deixa eu explicar a minha situação: estava indo para o trabalho, e pensando o quanto eu odeio os animais (ainda mais do que o ódio semeado entre os irmãos Gallagher). Então derrepente um velho inimigo meu aparece: um belo espécime de cachorrinho branco de porte pequeno-médio, que já havia me mordido ali, naquela mesma esquina. Eu institivamente (sou um pacifista, admito) cortei a rua e fui para a outra calçada (sim, uma cheia de merda de cachorro, por ironia, que vocês amigos dos cães não limpam, bando de viados). Pois bem, eu nem contato visual fiz com o cachorro e quando eu dou um terceiro passo sinto a mordida no meu tornozelo. Filho da puta!
Eu não revidei, sequer olhei pro cachorro. Mas isso me fez um mal, como pessoa. Fui pro trabalho pensando em como eu ia me livrar dessa pedra no sapato que eu arrumei sem ter feito nada. Num lindo (e até poético) insite eu pensei em chamar a carrocinha, o controle de zoonoses ou até uma ONG eco-chata. "Não recolhemos animais, senhor". Todos serviços ineficientes, inexistentes e ainda por cima que sugam o dinheiro da população de uma forma ou de outra. Solução: vou dar bicuda! E não me encham o saco, bando de debilóides que não conseguem cuidar da própria vida. Podem ficar bravos e esperniar, se o cachorro vier pra cima vou lhe descer a trivela a lá Messi. Vocês não aplaudiram o show do marginalzinho do poste? Então, venha amanhã prestigiar o show que eu vou dar caso seja atacado (e só se for atacado).
Agora se uma menina de 5 anos tiver a sua cara desfigurada, perder o olho ou alguma dessas futilidades, podem passar a mão na cabeça do canino descontrolado, trazer a PETA e fazer um grande carnaval. Bando de trouxas.

PS: Se você realmente se importa com o cachorro e quer recolhe-lo, posso passar o endereço do dito cujo por MP.

Eu só tomei uma mordida na minha vida. E lembro até hoje.

Acho que eu tinha uns 12 anos, estava dando uma volta pelo meu bairro, quando passei por uma rua onde tinha um cachorro preto sentado em frente a uma casa. Passei direto e ele veio me seguindo tranquilamente... Até que me deu uma mordida na perna, sem avisar. O engraçado é que ele me mordeu tranquilamente, como se estivesse abocanhando um hamburguer.

Eu cheguei em casa com aquela baita marca de mordida, e minha mãe me levou pra um posto de saúde pra fazer o devido curativo. Como o cachorro tinha dono, fomos lá pra avisar sobre o ocorrido e conferir se ele estava com a vacinação em dia.

Depois de um tempo, porém, eu passei várias vezes naquela rua e ele nunca mais me atacou. Não sei o que houve naquele dia.

O mais grave ocorreu com meu pai.

Uma noite ele estava voltando de moto do trabalho, e um cachorro da rua de baixo avançou em sua frente, fazendo-o perder o controle. Ele acabou tomando uma mordida, e quase teve um acidente.

Eu era muito pequeno na época, então não lembro tudo que aconteceu, mas foi tenso.

Também fui mordido uma única vez, na casa da minha avó paterna. Estávamos almoçando e jogaram ossos para os cachorros. Não lembro muito bem como aconteceu, já que eu era pequeno, mas, de repente, lá estava eu e um vizinho, cada um com uma mordida.
Com relação ao texto do Infernosword, bom, eu faria o mesmo, caso o cachorro viesse me atacar. Tá cheio de defensor dos direitos dos animais por aí, mas, adotar cachorros de ruas ninguém quer (só uma ou outra tiazinha que resolve abrigar vários animais, transformando sua casa num zoológico particular). Não odeio os animais, até gosto do cachorro aqui de casa, embora prefira gatos como animais de estimação. Simples assim. E a vida continua... xD²