Noções sobre o desenvolvimento de jogos eletrônicos - Parte I - Por que as coisas são como são?
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Noções sobre o desenvolvimento de jogos eletrônicos - Parte I - Por que as coisas são como são?
Devido a discussão que rolou no tópico https://thetriforcealliance.forumeiros.com/t1506p270-topico-de-qualquer-coisa - página 19, resolvi fazer um texto abordando o assunto. Pra quem não acompanhou, estávamos discutindo sobre a performance dos jogos e os requisitos mínimos que as empresas sugeriam. A discussão correu para um lado técnico do desenvolvimento dos jogos, que eu acho que seja de interesse comum que seja explicada de uma forma mais compreensiva.
Antes de mais nada, quero começar o tópico jogando uma bomba na dialética Console X PC: Talvez você ainda não saiba, mas os jogos eletrônicos, tanto para PC quanto para consoles, são feitos no PC. Aliás, o que é um console, senão um PC? E afinal de contas o que é um PC?
Se você já assistiu ao filme Jogo da Imitação, vai se lembrar que, por diversas vezes, os personagens do filme fazem referência a uma máquina programável e reprogramável, que, com a combinação correta de instruções, pode resolver qualquer problema. Um telefone, por exemplo, resolve um problema específico, que é a comunicação entre duas pessoas que se encontram em lugares diferentes. Uma lâmpada elétrica, resolve o problema da falta de luz de um local. O computador funciona de uma forma um pouco diferente.
Um computador é a máquina mais burra do planeta. Enquanto não for programado, o computador por si só não faz nada. Contudo, é uma máquina extremamente versátil. Por conta de sua habilidade de ser programado e reprogramado, o computador pode ser adaptado para solução de diversos problemas, inclusive os já supracitados comunicação e iluminação. O computador pode, portanto, ser programado e reprogramado, assim como as máquinas citadas no filme.
Eis que dessa habilidade de programação/reprogramação, alguém (cujas circunstâncias não nos importam agora) resolveu que seria hora de usar o computador para resolver um peculiar problema: a diversão humana. Dessa ideia, incontáveis avanços no que hoje chamamos de indústria dos games foram criados, até chegarmos nos consoles, ou videogames.
O ponto em que eu quero chegar é simples: os videogames são computadores que tiveram algumas utilidades reduzidas (ninguém precisa de uma impressora no seu console favorito, apesar de que até isso já foi tentado) e algumas utilidades melhoradas (a capacidade gráfica de um console é sempre um ponto importante, portanto, se leva muito em consideração o hardware gráfico de um videogame). Resumindo: reduz-se a versatilidade em prol da performance, da miniaturização e do custo. A esse procedimento damos o nome de otimização.
No próximo tópico falaremos mais sobre o assunto, principalmente de como os jogos são concebidos e como a programação dos mesmo afeta a performance e a jogabilidade de um jogo. Falaremos também de quais os fatores que mais atrapalham na hora de rodar um jogo e como a indústria faz para resolver tais problemas.
Antes de mais nada, quero começar o tópico jogando uma bomba na dialética Console X PC: Talvez você ainda não saiba, mas os jogos eletrônicos, tanto para PC quanto para consoles, são feitos no PC. Aliás, o que é um console, senão um PC? E afinal de contas o que é um PC?
Se você já assistiu ao filme Jogo da Imitação, vai se lembrar que, por diversas vezes, os personagens do filme fazem referência a uma máquina programável e reprogramável, que, com a combinação correta de instruções, pode resolver qualquer problema. Um telefone, por exemplo, resolve um problema específico, que é a comunicação entre duas pessoas que se encontram em lugares diferentes. Uma lâmpada elétrica, resolve o problema da falta de luz de um local. O computador funciona de uma forma um pouco diferente.
Um computador é a máquina mais burra do planeta. Enquanto não for programado, o computador por si só não faz nada. Contudo, é uma máquina extremamente versátil. Por conta de sua habilidade de ser programado e reprogramado, o computador pode ser adaptado para solução de diversos problemas, inclusive os já supracitados comunicação e iluminação. O computador pode, portanto, ser programado e reprogramado, assim como as máquinas citadas no filme.
Eis que dessa habilidade de programação/reprogramação, alguém (cujas circunstâncias não nos importam agora) resolveu que seria hora de usar o computador para resolver um peculiar problema: a diversão humana. Dessa ideia, incontáveis avanços no que hoje chamamos de indústria dos games foram criados, até chegarmos nos consoles, ou videogames.
O ponto em que eu quero chegar é simples: os videogames são computadores que tiveram algumas utilidades reduzidas (ninguém precisa de uma impressora no seu console favorito, apesar de que até isso já foi tentado) e algumas utilidades melhoradas (a capacidade gráfica de um console é sempre um ponto importante, portanto, se leva muito em consideração o hardware gráfico de um videogame). Resumindo: reduz-se a versatilidade em prol da performance, da miniaturização e do custo. A esse procedimento damos o nome de otimização.
No próximo tópico falaremos mais sobre o assunto, principalmente de como os jogos são concebidos e como a programação dos mesmo afeta a performance e a jogabilidade de um jogo. Falaremos também de quais os fatores que mais atrapalham na hora de rodar um jogo e como a indústria faz para resolver tais problemas.
Última edição por infernosword em Sex Nov 27, 2015 6:47 pm, editado 3 vez(es)
infernosword- Rank 110 - Street Fighter IV
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Re: Noções sobre o desenvolvimento de jogos eletrônicos - Parte I - Por que as coisas são como são?
Bem interessante a ideia do tópico.
infernosword escreveu:Um computador é a máquina mais burra do planeta.
Eder- Rank 91 - God of War: Chains of Olympus
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Re: Noções sobre o desenvolvimento de jogos eletrônicos - Parte I - Por que as coisas são como são?
Curti muito o conceito do tópico, Inf. Demais!
Num ponto avançado da discussão, talvez na parte 3 do tópico, vou querer entender por quê uma máquina que existe só pra jogar, na qual os jogos são "tão bem" otimizados, os executa em qualidade inferior aos PCs. Mas isso é discussão lá pra frente, quando os pontos de desenvolvimento já tiverem sido explanados por você.
Num ponto avançado da discussão, talvez na parte 3 do tópico, vou querer entender por quê uma máquina que existe só pra jogar, na qual os jogos são "tão bem" otimizados, os executa em qualidade inferior aos PCs. Mas isso é discussão lá pra frente, quando os pontos de desenvolvimento já tiverem sido explanados por você.
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PS4 Slim de 1TB com jogos demais para meu pouco tempo disponível dar conta;
SNES e Atari 2600 pra bonito.
Willi- Rank 131 - Sonic Generations
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Re: Noções sobre o desenvolvimento de jogos eletrônicos - Parte I - Por que as coisas são como são?
Isso aí galera! Meu intuito é descomplicar um pouco essas questões e quem sabe, melhorar os argumentos de quem for defender essa ou aquela plataforma. Mais uma coisa: o que vocês acharam do tamanho do texto? Eu tô tentando resumir ao máximo as informações, mas eu preciso de um feedback pra saber se tá ficando legal, ou tá muito grande.
infernosword- Rank 110 - Street Fighter IV
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Re: Noções sobre o desenvolvimento de jogos eletrônicos - Parte I - Por que as coisas são como são?
Eu acho que está de bom tamanho, talvez até um pouco pequeno comparado a outros textos da TTA.
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