Alexandre Fala: Expectativas para a E3, Realidade Virtual e Fase Alpha

Bem-vindos! Nesse tópico eu resolvi falar sobre três assuntos que estava interessado em compartilhar da minha opinião com vocês.

Por que usar um só tópico para falar de três temas? Ora, por que não?



1 - EXPECTATIVAS PARA A E3




É óbvio que vai ter E3 em breve. É óbvio que vai ter tópico oficial na TTA (Inclusive se alguém quiser criar antes de mim, fique à vontade).

Durante a minha carreira gamer, eu não sei quantas E3 eu acompanhei ao vivo... Umas três ou quatro? Não sei, mas foi algo que comecei a acompanhar recentemente. Mas se teve uma lição que eu aprendi vendo as conferências é a seguinte: Não se empolgue desesperadamente por nada!

Veja por exemplo: Na E3 de 2014 eu fiquei encantado com o trailer de Inside, um jogo que foi anunciado como sequência do Limbo. O game seria lançado primeiro para Xbox One. E o que aconteceu? Depois daquele trailer, absolutamente nenhuma informação oficial saiu à respeito dele. Eu até tenho minhas dúvidas se esse jogo vai sequer ver a luz do dia.

E ano passado, um dos poucos jogos que eu realmente fiquei empolgado para jogar foi o South Park: The Fractured But Whole. E adivinhem? Os planos da Ubisoft dizem que o novo South Park poderá sair no começo de 2017! Ora, então qual era a necessidade de mostrar o Trailer na E3 de 2015?

Eu não sei, não entendo muito bem como funciona o planejamento das empresas, mas tenha certeza de uma coisa: Jogos que são apresentados sem uma data de lançamento oficial em uma E3 podem levar até mesmo anos para serem lançados. Então uma dica que eu dou é: Controlem suas expectativas.



2 - REALIDADE VIRTUAL



É claro que adquirir um Oculus Rift está longe do alcance de boa parte dos gamers, principalmente no Brasil. Mas se me perguntarem se eu estou a fim de adquirir um caso fosse possível, a minha resposta seria: Sim!

Obviamente, eu não posso confirmar com certeza se é algo realmente empolgante, mas até agora praticamente todos os vídeos que eu vi do Oculus Rift em ação me deixaram impressionado. Aquilo é basicamente o que cerca de 8 ou 10 anos atrás só era comentado em ficção ou nos sonhos de algumas pessoas. Você jogar um game de mundo aberto, por exemplo, e cada vez que olhar pra cima e ver o céu, olhar pra baixo e ver a grama, olhar para trás e ver o mundo "existindo" ao seu redor é algo que sinceramente, me agrada muito.

Claro que pra isso funcionar de forma perfeita, é necessário que os games continuem evoluindo. Eu acho que o Oculus Rift, o PSVR e os outros que estão sendo produzidos serão apenas a primeira geração desses acessórios. E antes que me perguntem, não, eu não acho que isso vai matar os controles tradicionais.



3 - FASE ALPHA



Esses dias atrás, eu liguei meu PlayStation 2, coloquei o meu disco do God of War, fui no menu de extras e resolvi assistir a um documentário sobre a criação do game. Na entrevista com os criadores, mostraram como o Kratos foi criado, como decidiram que o jogo seria sobre mitologia, quais foram os desafios de criá-lo usando o PS2, etc.

No entanto, o que mais me chamou a atenção foi o trecho em que falaram sobre a "Alpha Beta". O que seria isso? Basicamente, eles reuniam várias pessoas em uma sala para que todas jogassem o game ao mesmo tempo na tentativa de encontrar bugs, ou notar alguma dificuldade "elevada" em coisas como encontrar uma porta, ou a saída de alguma fase. Quando isso acontecia, o grupo era acionado para imediatamente corrigir o problema. Segundo um dos produtores, "se eles não acabassem às 7 da noite, tinham que ficar até as 8. Ou até as 9, até consertar o problema".

Na hora o que me passou pela cabeça foi: "Com toda certeza não se faz mais isso hoje em dia". Sério, pessoal, hoje praticamente tudo é corrigido na base dos patches e atualizações. Eu até me lembro de um game em particular (Acho que era "Claire") onde havia um erro grave onde os itens que você coletava não apareciam no inventário. Quando reportaram o bug na Steam, o próprio criador do game disse: "LOL, esse é um erro bem estranho. Vou corrigi-lo essa noite". Tá vendo? Era um erro que comprometia o progresso no jogo. Como diabos o próprio criador não percebeu isso?

E o pior é que não são só jogos indies não. Tem muito jogo AAA aí que recebe patches logo depois do lançamento. Sério, eu não sei essa "Fase Alpha" foi totalmente descartada nos dias de hoje, mas se foi, precisa urgente voltar.

Concordo com a parte da E3. Sobre Realidade Virtual, confesso que isso ainda não me empolga, mas, quem sabe, futuramente.
E, sim, parece que hoje em dia, o mais importante é lançar os jogos. Se estão funcionando ou não, isso não importa. Não sei se a "culpa" disso é da facilidade em lançar patches de correções (afinal, antes não havia muitas maneiras de corrigir erros após o lançamento do jogo, já, atualmente...), se é a grande concorrência (hoje em dia, qualquer um pode lançar um jogo, então, as empresas buscam estar sempre no mercado) ou se é a falta de capricho do pessoal responsável (quando o dinheiro fala mais alto).

Sem muitas especulações, eu digo apenas o seguinte: nós gamers precisamos que a Nintendo arrebente, custe o que custar. Seja você um Nintendista ou seja você um odiador da Big N, a indústria agradecerá se a Petrobrás dos games mandar bem. Acreditem, vocês querem isso!

infernosword escreveu:Sem muitas especulações, eu digo apenas o seguinte: nós gamers precisamos que a Nintendo arrebente, custe o que custar. Seja você um Nintendista ou seja você um odiador da Big N, a indústria agradecerá se a Petrobrás dos games mandar bem. Acreditem, vocês querem isso!

A Nintendo pode não estar muito bem em matéria de consoles de mesa, mas em relação aos portáteis e ao software, ela continua dominando. Prova disso é o Splatoon que conseguiu vender milhões de cópias e criar uma fanbase inteira do zero no Wii U, e os jogos de 3DS que continuam vendendo aos montes.

E o Pokémon Sun/Moon com certeza vai ser outra explosão.

Sei lá. Eu estou bem decepcionado com a Nintendo ultimamente, a ponto de não ligar tanto para a situação da empresa. E não sei se apostar as fichas num único jogo (ainda que seja "O" jogo, mas que nem vai sair nesse ano) durante a E3 vai ajudá-la a "arrebentar".
O fato é que (infelizmente), a Nintendo já tem um plano B, caso a venda dos jogos/consoles não seja boa. Afinal, sempre dá para lançar uma nova coleção de amiibos e ganhar dinheiro dos fãs.

Destrincha esse argumento pra nós, Inf.

Sem querer ser presunçoso, mas eu sinceramente não vi onde a Nintendo e seus últimos Marios e DKs fizeram diferença na vida do PS4 e XOne. Acho que cada um segue um caminho, e enquanto a Nintendo fica prostituindo seus exclusivos, as outras brigam pra ver quem tem mais gráfico, maior resolução e melhor framerate. É nessa que "tamo" atualmente.

O fato é que, historicamente, a Nintendo era o inimigo a ser batido e por isso a concorrência com ela era muito mais frutífera. Foi pelo mindshift que a Nintendo causou com o controle do Wii que os caras responderam com o Kinect. Foi com o Smash Bros que a Sony resolveu fazer o All-Stars e assim vai. Tudo fica tenebroso com o lançamento do tablet e com a Nintendo ficando fora da E3 pra fazer aquele Nintendo Direct. Não é a mesma empolgação. Além do mais, não tem essa de "atualmente é assim". A Nintendo sempre vai lá e sempre muda o jogo, mesmo com experiências tenebrosas em números de vendas. A "falta de Nintendo" no mercado é o que causa essa batalha rasa por gráficos, salvo exceções.