Sobre Lantern e o enredo de RE7

"O protagonista se chama Ethan, um homem que procura pela esposa desaparecida na mansão abandonada da família Booth. No início do recente trailer “Lantern”, que se passa em fita VHS, podemos ouvir uma mulher dizer o nome Ethan. A mulher diz também que há muito que ele precisa saber, o que dá a entender que ela pode ser uma integrante dos estranhos Booth."

Pois é senhores, parece que temos algo para nos preocupar, no bom sentido, é claro.
Eu tenho notado que houve um fenômeno estranho desde o lançamento do Playable Teaser de Silent Hills. A então promessa de jogo preencheu uma lacuna muito interessante no nicho dos games de terror, que é aquele terror psicológico baseado mais numa perspectiva de filme do que de jogo. Eu não sei bem explicar, ele meio que trouxe uma atmosfera que fugia um pouco dos jogos indies (que não deixam de serem bons). O que eu quero dizer é que quando o PT saiu e os gameplays começaram a pipocar na web, eu tive a sensação de que "agora a brincadeira tinha ficado séria". Infelizmente, todos sabem que o jogo foi cancelado, o que frustou muita gente, inclusive eu, mesmo eu não sendo muito fã desse tipo de jogo. Me parecia que algo de valor tinha simplesmente sido jogado no lixo, afinal, não se faz um demo com gameplay estimado em uma hora e que possui saídas alternativas que foram descobertas muito tempo depois do mesmo ser cancelado por nada.
Cancelamentos à parte, o fato é que ficou no ar aquela sensação de que algo faltava, de algo que precisava acontecer e que não tinha acontecido. Voltamos no meu assunto da semana, o bom e velho hype, que surge nesse contexto de uma forma curiosa: o demo, sem querer, acabou criando uma demanda desse tipo de terror, esse horror denso e complexo que se sobrepõe aos jogos de narrativa rápida e de sustos momentâneos. Sim! Mentes doentias como a minha gostam de trabalhar a consciência passiva nesse tipo de trama, entender o porque dessa mancha de sangue na parede ou quais os motivos que fizeram a criança estrangular o hamster de estimação. Chamemos de filosofia do horror.
Exemplos não faltam na 7ª arte. Temos desde o terror pastelão, passando pelos filmes terror teen e indo aos temas complexos da nossa sociedade, onde o terror, o horror, a violência e todos os outros artifícios desses filmes servem como pretexto, como retórica para colocar um assunto na mesa e fazer as pessoas pensarem. Gostei do que vi até agora sobre o novo RE. Falo isso sem medo de quaisquer pré-julgamentos até porque não sou fã assíduo da série. Conto apenas com o meu senso crítico e background nesses jogos, ou seja, habilidades que sempre foram muito fiéis para mim e acima de tudo, muito honestas.
Não quero também fazer comparações entre quaisquer dois jogos de terror, muito menos entre games e filmes, mas acho que, se trabalhado de forma correta, RE pode confortar aquela demanda de Silent Hills e se tornar uma agradável surpresa para 2017. Não sei não galera, mas fazendo referência ao teaser acima, acho que o bicho vai pegar!

Eu vi que a divulgação sa classificação indicativa do jogo meio que "obrigou" a sinopse a ser vazada, e ela fala sobre um cara que combate zumbis com pistolas, escopetas, facas, lança-chamas e vários outros tipos de armas.

Se o terror vai assustar não sei, mas tenho certeza que o personagem vai estar bem equipado kkkkkk