Deathmatch
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Deathmatch
Capítulo 01 - Bem-vindo ao Jogo
- Spoiler:
- Um homem estava em sua cela na prisão. Ele olhava de cabeça baixa para uma foto, sentado em sua cama. Alguns segundos depois, um policial se aproximou.
- Vamos... É a sua hora...
O homem levantou a cabeça e olhou para o policial. Em seguida, levantou-se enquanto o policial abria a cela.
Alguns minutos se passaram. O homem se encontrava parado em frente à um muro. Quatro policiais estavam na sua frente, segurando suas metralhadoras. Um dos policiais olhou para o homem.
- Você tem direito a dizer alguma coisa antes da execução.
O homem encarou o policial nos olhos.
- Vocês estão cometendo um grande erro... Eu sou inocente...
- Sinto muito, mas nesse país é assim que as coisas funcionam... Você foi pego em flagrante, e não existe outra opção a não ser a execução.
O homem baixou a cabeça.
- Alyssa... Me perdoe...
O Sol começava a nascer no horizonte. As nuvens corriam pelo céu. O homem continuava de cabeça baixa. Os quatro policiais apontaram suas armas para ele.
Após um momento de silêncio, as quatro armas dispararam ao mesmo tempo. Uma chuva de balas percorria o corpo do homem.
Alguns segundos depois, os policiais pararam. Lentamente, seu corpo caiu no chão.
SEIS ANOS DEPOIS
- Ãh... Ahh!! O quê?!
Vincent acordou assustado. Ao olhar ao redor, notou que aquele não era seu quarto. Era um quarto totalmente branco.
- Onde... Onde eu estou...? Ai!!
Ao se levantar, sentiu uma pequena dor em seu pescoço.
- O que aconteceu comigo...?
Em sua frente, havia uma porta. Lentamente, ele se aproximou e a abriu. Em seguida, encontrou um corredor com outras portas, provavelmente mais quartos.
Não havia ninguém por perto. No entanto, havia uma porta no final do corredor que parecia levar para uma área aberta.
- ...Olá?! Tem alguém aqui?!
Ninguém respondeu. Como aquela situação estava começando a assustá-lo, ele resolveu se apressar até a porta no final do corredor. Ao abrí-la, encontrou uma escadaria que levava para algo que parecia ser uma grande sala. E haviam mais pessoas por lá.
- Quem... Quem são vocês?!
Haviam seis pessoas no total. Vincent desceu as escadas. O primeiro a se pronunciar foi um homem que usava um uniforme de soldado.
- Ah, então você acordou...? Acho que só faltava você...
Vincent esfregou o rosto. Em seguida, uma mulher de cabelos vermelhos que aparentava não ter muito mais de vinte anos se pronunciou.
- Putz... Mais um agora... Afinal que diabos está acontecendo aqui?
Um outro homem, de óculos, foi o próximo a falar.
- A sua dúvida é a mesma de todos nós... Mas afinal, porque não nos apresentamos logo?
A próxima a falar foi outra mulher, que usava um vestido.
- Boa ideia... Vamos, aproxime-se, novato.
Vincent, que apenas observava a situação, se aproximou. Um outro homem, de cabelos castanhos resolveu se pronunciar primeiro.
- Bem, se me dão a honra de começar... O meu nome é Joel. Eu tenho 29 anos e sou humorista. Prazer em conhecê-los.
O homem com roupa de soldado, foi o próximo:
- Meu nome é Marco, tenho 37 anos e sou um soldado como já deu pra perceber pelo meu uniforme. Todo mundo me chama de "Zero", porém.
A garota ruiva se espantou.
- Zero...? Isso soa meio negativo, não?
- Pois é... Mas é um apelido que pegou por causa do meu primeiro uniforme, que tinha um "zero" estampado.
Vincent resolveu finalmente falar.
- Bem... Meu nome é Vincent, eu tenho 38 anos e sou advogado.
A mulher de vestido deu sequência.
- Meu nome é Valentina, sou atriz e trabalho em teatros. Tenho 30 anos, a propósito.
A garota ruiva foi a próxima.
- Meu nome é Diana, tenho 25 anos, embora muitos dizem que eu pareço mais jovem. Sou apenas uma garota qualquer que gosta de fazer o que quiser.
Vincent notou pelo tom de voz de Diana que ela parecia meio... Difícil.
O homem de óculos deu sequência às apresentações.
- Meu nome é Sérgio, tenho 34 anos e sou repórter.
- Emissora local? - Perguntou Valentina.
- Não. Eu sou repórter de uma rádio.
Todos se espantaram.
- Ninguém mais ouve rádio?
- Bem... Acho que não está mais entre os costumes das pessoas. - Respondeu Valentina.
Naquele instante, todos notaram que havia alguém que ainda não havia dito nenhuma palavra... Uma pequena garota de longos cabelos loiros que estava afastada do grupo.
- Ei... Só falta você. - Disse Vincent.
- Qual o problema dela? - Perguntou Zero.
- Vamos lá, amiguinha... - Disse Joel, chamando-a.
A garotinha se aproximou.
- Qual o seu nome? - Perguntou Valentina.
No entanto, ao invés de dizer algo, a garota retirou um bloco de notas de seu bolso e começou a escrever.
- [Emily]
Naquele instante, Vincent se espantou.
- Espera... Ela...
Emily voltou a escrever.
- [Eu só consigo me comunicar assim]
Todos ficaram em silêncio. Aparentemente, Emily não tinha o dom da fala.
- E... Qual a sua idade? - Perguntou Zero.
Novamente ela voltou a escrever.
- [13]
Diana cruzou os braços.
- Bem... Acho que isso fecha as apresentações...
- Sim, mas... O que viemos fazer aqui mesmo? Alguém se lembra? - Perguntou Sérgio.
Naquele instante, Vincent foi tomado pelo medo. Será possível que ninguém se lembrava?
- Ei, vocês... Também perderam a memória?
- Adivinhou. - Respondeu Diana.
Joel esfregou o rosto.
- Ah, cara... Se isso for alguma piada de algum programa humorístico... Não tem graça...
De repente, quando Joel terminou sua frase, uma voz ecoou pela sala.
- A-Hahahahahaha!!
Uma voz ecoou pela sala. Era uma risada feminina. Bem alta.
- Ei!! - Gritou Vincent.
- Quem está aí?! - Gritou Valentina.
O grupo todo sentia estar sendo observado.
Capítulo 02 - Gato e Rato
- Spoiler:
- Naquele instante, ao olharem para cima da escada, ninguém acreditou no que via: Lá estava uma garota, que usava um belo vestido preto e tinha longos cabelos escuros. Mas o mais incrível era a sua aparência: Ela possuía algo que parecia um par de orelhas de gato em sua cabeça, assim como uma cauda comprida que balançava continuamente.
- Ah... Aaahhh!! - Gritou Joel.
- Mas que diabos?! - Disse Valentina.
- Que coisa é aquela?! - Perguntou Diana.
- Ela... Ela está olhando pra nós! - Disse Zero
Em um belo gesto, a criatura pulou do alto da escada, como um verdadeiro felino. E, delicadamente, parou em pé, em frente à eles. Em seguida, ela segurou seu vestido pelas pontas, e fez um gracioso gesto.
- Bem-vindos, caros participantes... Meu nome é Alma.
Vincent continuava não acreditando no que via.
- Vo... Você nos trouxe pra cá...? - Perguntou Vincent.
- Precisamente!
Sérgio cruzou os braços.
- O que é você afinal?
Alma olhou para Sérgio com um olhar confuso.
- Miau? Você não consegue enxergar?
- Bem... Sim, mas... Eu ainda duvido um pouco do que vejo. - Respondeu Sérgio.
Diana parecia irritada.
- Ok, dá pra parar com essa palhaçada? O que viemos fazer aqui?
Alma colocou as mãos em suas costas.
- Ah é... Como dá pra ver, vocês estão participando do meu mais novo Reality Show... O "Sobrevivente".
Joel se espantou.
- Espera um pouco... Eu não me lembro de me inscrever em nenhum Reality Show!
- Miau?
- É isso mesmo! Eu não me inscrevi em nada disso! Eu quero ir embora.
Alma baixou a cabeça.
- Aiai... A gente faz de tudo para tentar agradar os participantes, mas eles parecem não mostrar o menor interesse... Oh, bem...
Alma apontou para o teto.
- Estão vendo aquilo?
Todos olharam para onde Alma apontava. Era uma câmera. Diana se espantou.
- Não me diga que...
- Essa câmera está nos filmando nesse momento? - Perguntou Valentina.
- Precisamente! Vocês estarão sendo transmitidos 24 horas por dia na internet! Eu mesma estou cuidando da divulgação.
Vincent se irritou.
- Isso é errado! Parece que nenhum de nós concordou com isso!
- Tarde demais... Já começou...
Sérgio cruzou os braços e baixou a cabeça.
- Que seja então... Como fazemos para sair daqui afinal?
Alma cobriu a boca.
- Hehehe...
De repente, um clima tenso tomou conta do local.
- Qual é a graça? - Perguntou Zero.
- Que pena... Eu não preparei uma forma divertida de explicar isso... Enfim, vocês estão vendo aquilo?
Alma apontou para uma grande porta que havia na sala. Havia um grande número "1" pintado em tinta vermelha.
- Sim, o que tem? - Perguntou Zero.
- Veja bem... Vocês nesse momento são 7 participantes... Mas aquela porta só vai se abrir para 1 participante...
Alma tentou segurar o riso.
- Em outras palavras, ela não pode se abrir enquanto houverem 7 participantes... Vivos!
Aquela palavra fez todos estremecerem.
- Ah, que pena... Eu vou ter que assistir a gravação pra pegar o susto de todos vocês... Hehe...
Vincent parecia furioso.
- Você... Você não pode estar falando sério!!
- Que pena... Eu queria tanto ter visto a cara de cada um de vocês...
- Isso não tem graça! - Gritou Joel.
- Pelo contrário, tem sim...
Valentina fechou sua mão, com raiva.
- Sua... Sua...
- Opa!! Devo avisar que linguagem obscena não é legal em um Reality! Tem crianças assistindo!
- Você não está sugerindo que matemos um ao outro aqui, não é? - Perguntou Sérgio?
Alma cruzou os braços.
- Não... Claro que não... Suicídio também vale.
- Isso não pode ser verdade... Essa coisa só pode estar de brincadeira! - Disse Diana.
Alma se virou para Diana e mostrou suas unhas.
- Fssst!! Eu estou percebendo uma ameaça vindo de você!
- Que seja, sua criatura medonha!
- O quê?!! Medonha?! Não!! Eu era o gato mais bonito do Pet Shop!!
Naquele momento, Emily estava escrevendo em seu bloco de notas. Em seguida, mostrou para todos.
- [Isso é sério?]
- Ei, que pergunta é essa? Claro que é sério... Eu juro pelas minhas 7 vidas que estou falando a verdade.
Alma olhou para o grupo todo.
- E agora, se me dão licença, eu tenho que checar as câmeras e a transmissão.
Alma retirou de seu bolso um controle remoto. Em seguida apertou um dos botões.
- Tcha-au!
De repente, as luzes se apagaram. Escuridão total.
- Ei!! - Gritou Vincent.
- As luzes! Ela apagou as luzes! - Gritou Zero.
Alguns segundos depois, as luzes se acenderam.
- Ei... Pra onde ela foi?! - Perguntou Vincent.
- Sumiu... - Disse Sérgio.
- Mas... O que faremos agora?! - Perguntou Valentina.
Vincent ficou em silêncio. Aparentemente, algo terrível estava para começar.
- Nãão!!!
Diana batia com força na porta com o número "1" pintado. Sérgio andava de um lado para o outro.
- Não vai funcionar, Diana...
Diana parou de bater, enquanto respirava ofegante.
- Isso é inacreditável... Ela realmente quer que comecemos uma matança para escapar daqui? - Perguntou Vincent.
Valentina cruzou os braços.
- O que faremos agora?
Sérgio se virou para o grupo.
- Por acaso... Alguém aqui já está pensando em matar?
Todos se viraram espantados para ele.
- Co... Como assim, cara? - Perguntou Joel.
- Todos queremos sair daqui, e Alma quer que a gente mate. Se esse Reality for real, e estiver mesmo sendo transmitido pela internet, ela certamente quer audiência. - Respondeu Sérgio.
Vincent se assustou com as palavras de Sérgio.
- Você realmente pensa isso?
- Naturalmente.
Emily começou a escrever. O grupo se virou para ela.
- [Como vamos evitar que alguém morra?]
- Por hoje, vamos focar na individualidade. Cada um vai para o seu quarto e se tranca lá dentro. Eu notei que as portas possuem chave por dentro. Não abram pra ninguém! Ouviram? - Disse Sérgio em tom alto e claro.
Sérgio parecia estar tomando uma atitude de líder, mas por enquanto todos resolveram que era melhor concordar.
- Se é pra não morrer... Que seja. - Disse Diana.
- Ótimo... Então, vamos encerrar esse encontro por aqui.
Zero olhou para seu relógio de pulso.
- São 11 e meia da noite praticamente...
- Isso encerra nosso dia então. Amanhã nos encontraremos e pensamos numa estratégia. Além do mais, eu tenho certeza que a Alma vai aparecer de novo. Lembrem-se: Tranquem a porta!
Todos acenaram positivamente. E assim, o primeiro dia estava se encerrando... Um dia curto, que serviu apenas para a apresentação do Reality Show...
Capítulo 03 - A Estratégia
- Spoiler:
Na manhã seguinte, Vincent acordou e pela primeira vez notou que havia uma câmera apontada para ele no teto de seu quarto.
- Ah, é mesmo... Estão nos assistindo na Internet... Espero que pelo menos estejam aproveitando o show.
Vincent saiu do quarto. Ao fazer isso, notou que no final do corredor, Valentina estava observando algo.
- Ei, Valentina...
Valentina se virou.
- Ah, oi Vincent... Bom dia...
Vincent notou que o que Valentina observava era um enorme quadro na parede, que ia do chão até perto do teto. A figura era um castelo.
- Esse quadro é enorme...
- É, mas eu gosto... Esses cenários que lembram contos de fantasia me agradam bastante.
- Ah, sim, você é atriz, não é? Deve gostar desse tipo de cena.
- Bem, por enquanto eu apenas atuo em teatros... Mas meu sonho é um dia trabalhar na Televisão.
Naquele instante, uma voz ecoou de um alto-falante que estava no canto da parede.
- Atenção! Vincent e Valentina, não toquem ou danifiquem os quadros ou qualquer item desse laboratório! Se fizerem isso, serão duramente castigados... Mas se quiserem, talvez suba nossa audiência! Hehehe...
Vincent se virou para Valentina.
- Eu acho melhor nos afastarmos daqui.
- Concordo...
Os dois resolveram sair do corredor e foram até a sala de jantar.
- Ei, bom dia! - Disse Joel.
Todo mundo estava reunido na mesa. Era hora do café da manhã. A mesa estava cheia com vários pães torrados, leite, suco, manteiga e café.
- Ei, quem preparou tudo isso? - Perguntou Vincent.
- Eu... Bem, na verdade eu tive uma grande ajuda... Certo? - Disse Zero.
Emily olhou para Zero e sorriu.
- Ei! Emily te ajudou? - Perguntou Valentina.
- Uau, isso é impressionante! Você gosta de cozinhar, Emily? - Perguntou Vincent.
Emily pegou seu bloco de notas e escreveu.
- [Sim, eu adoro! :-) ]
Vincent sorriu. Diana, Sérgio e Joel já estavam sentados.
- Ei, sentem-se! - Disse Diana.
- Nós temos sorte de ter alguém tão dedicado quanto Emily para fazer isso por nós. - Disse Sérgio.
Zero olhou para Sérgio com certo desprezo.
- Ei... Eu ajudei.
Sérgio riu.
- Ela fez quase tudo sozinha, Zero.
Zero decidiu não argumentar. Todos se sentaram e tomaram o café da manhã em paz. Porém, mais tarde, o grupo se reuniu na sala para uma discussão mais séria...
- Então... Todos dormiram bem? Nenhum evento estranho ou algo do tipo? - Perguntou Sérgio.
Diana negou com a cabeça.
- Estamos todos vivos, então é seguro dizer que tudo correu bem, não?
- E a Alma...? Alguém viu ela novamente? - Perguntou Joel.
Todos negaram.
- Com certeza ela está nos observando agora... Afinal, há câmeras espalhadas em cada cômodo desse laboratório. - Disse Vincent.
- Eu odeio saber que estamos sendo vigiados à todo momento... - Disse Valentina.
Zero, que estava sentado no sofá, tomou a palavra.
- Se realmente isso é um Reality Show sendo transmitido pela internet, não vai demorar muito até a polícia ficar sabendo, não é?
Aquilo fez todos se virarem para Zero.
- Ei... Isso é verdade... Digo, o que ela está fazendo não pode ser legal, não é? - Perguntou Joel.
- Claro que não... Afinal, matar alguém não é algo que você transmite na internet e todo mundo fica calado, não é? - Disse Diana.
- Ela deve ter algo planejado... - Disse Sérgio.
Vincent se virou para Sérgio.
- Como assim? Você quer dizer, um plano para driblar as autoridades?
- Ela deve estar preparada se houver uma invasão nesse laboratório. Eu diria até que... Ela deve ter ameaçado as autoridades.
Valentina se assustou.
- Como... Como assim?!
Sérgio cruzou os braços.
- E se houver algo perigoso nesse laboratório? Algo que ela pode usar como arma para impedir que a polícia sequer nos procure?
No momento em que Sérgio terminou, a grande televisão na frente do sofá se ligou exibindo estática por alguns segundos... Até que Alma apareceu.
- Plim!! Resposta correta!!
Todos se espantaram ao ver Alma na TV.
- Talvez eu não deixei algo claro pra vocês... Se a polícia, ou qualquer autoridade tentar mover um dedo para tirá-los daqui e estragar meu Reality... Tem um enorme explosivo plantado no subsolo desse laboratório que eu posso detonar de onde estiver!
Um frio percorreu a espinha de Vincent.
- Um... Explosivo... Meu Deus...
- Precisamente... Eu não quero fazer isso, e acho que nem as autoridades... Então espero que todos colaborem.
Um instante de silêncio se seguiu.
- Ah, a propósito... Tem um presentinho pra vocês atrás do sofá!
Zero, que estava sentado, se levantou.
- Atrás do sofá? - Perguntou Zero.
Emily foi até atrás do sofá e se abaixou.
- Tem alguma coisa aí, Emily? - Perguntou Valentina.
Emily se levantou e trouxe uma caixa azul com um laço vermelho. Havia a silhueta de um gato preto desenhada na caixa.
- Eu não abro! Pode ser uma armadilha. - Disse Diana.
- Eu gosto de receber presentes, mas esse aí... Eu dispenso, obrigado... - Disse Joel.
Alma riu.
- Não se preocupem, uma das regras do jogo é que o apresentador não pode ferir os participantes.
Emily entregou a caixa para Vincent.
- Ok... Vamos ver...
Vincent tirou o laço da caixa e o entregou para Emily. Em seguida, retirou a tampa. Para sua surpresa, dentro da caixa havia não uma... Mas sete armas. Vincent colocou a caixa no chão e todos olharam.
- Cada revólver possui apenas uma bala, e tem um para cada participante. Eu espero que saibam usá-los bem, hehe... Ah, eu pensei em dar "munição infinita", mas aí não teria graça... Hahahahaha!
A TV se desligou sozinha. Vincent olhava sem saber o que fazer para todas aquelas armas.
- Isso... Isso é um absurdo... - Disse Diana.
- Opa!! Essas armas são de verdade?! - Perguntou Joel.
Zero acenou positivamente.
- Eu já estive em uma guerra e sei muito sobre armas... Esses revólveres são todos reais, eu posso garantir.
Sérgio cruzou os braços.
- Bem... Ela realmente tem pressa, não?
- Não... Eu não vou dar esse prazer pra ela! - Disse Vincent.
- Então, o que faremos? - Perguntou Zero.
Sérgio pensou.
- Vamos colocar essa caixa em algum lugar afastado e escondido. Ninguém toca nessas armas.
Todos concordaram.
Capítulo 04 - Promessa
- Spoiler:
- Algumas horas depois, Vincent estava deitado em sua cama olhando para o teto. Sua cabeça era tomada por várias perguntas, cujas respostas ele não sabia. Alguém bateu na porta.
- Se quiser conversar comigo, entre... Se for me matar, volte mais tarde.
Emily entrou. Vincent se sentou na cama.
- Ah, é você, Emily... Sente-se.
Emily se sentou ao lado de Vincent. Ela parecia triste.
- O que houve? Você está triste...?
Emily escreveu em seu bloco de notas e mostrou para Vincent.
- [Eu estou com medo.]
- Eu imagino... Essa situação está deixando todos apreensivos, e isso não é bom... Mas vamos tentar manter a calma, Ok?
Emily escreveu em seu bloco de notas novamente.
- [Eu confio em você, Vincent!]
Vincent sorriu.
- Obrigado Emily...
Vincent pensou.
- Emily... Você sempre teve esse... Bem, você sempre teve que se comunicar assim?
Emily escreveu no bloco.
- [Não.]
- Não...? Então você conseguia falar antes? Mas o que aconteceu? Se você quiser me contar...
Emily baixou a cabeça. Em seguida voltou a escrever. Dessa vez, foi um texto bem mais longo do que o normal.
- [Quando eu tinha 9 anos, meus pais e eu sofremos um grave acidente de carro. Eu fiquei em coma durante uma semana. Os médicos disseram que sofro de um trauma, mas eu não entendo o que é isso... Parece que algo me impede de usar minha voz como antes. Algo que eles chamam de psicológico.]
- Eu... Eu não fazia ideia.
Emily escreveu novamente.
- [É difícil pra mim usar a minha voz. Alguma coisa me bloqueia. Meus pais dizem que eu vou voltar a falar normalmente, mas ainda não sei quando. Por enquanto eu me sinto melhor assim...]
Vincent baixou a cabeça.
- Emily, eu... Desculpe se eu te fiz lembrar de alguma coisa...
Vincent se aproximou de Emily e a tocou em seu ombro.
- Emily, eu vou te fazer uma promessa: Todos nós vamos sair vivos desse jogo! Eu não vou deixar que ninguém se machuque! Mas eu peço que você mantenha a calma e confie em mim, certo?
Emily olhou para Vincent e sorriu.
- Ninguém vai morrer! Eu farei tudo que for possível para que todos nós possamos sair desse laboratório!
Emily baixou a cabeça.
- O... Obri... gada...
Vincent se espantou. Pela primeira vez ele ouviu a voz de Emily. Uma voz doce que fez seu coração acelerar.
Naquele instante ele tinha certeza de uma coisa: Ele teria que dar tudo de si para proteger os participantes daquele jogo. Ele não ia deixar que ninguém morresse, seja pelas mãos de Alma ou por algum outro membro do próprio grupo.
Em uma sala escura, haviam vários televisores ligados. Alma estava sentada em uma cadeira tomando um copo de refrigerante, com as pernas cruzadas. Sua cauda balançava enquanto ela assistia uma das TVs que mostrava a sala de estar do laboratório, onde o grupo decidia o que fazer com as armas.
- Hehehe... Vamos logo... Eu estou começando a ficar entediada aqui...
De repente, um celular começou a tocar. Alma colocou o copo em cima da mesa onde estavam os televisores, e retirou o celular do bolso de seu vestido.
- Eu sabia... Tava demorando...
Alma atendeu.
- Miau? Ah, olá... Eu estava esperando a sua ligação... O que posso fazer por você?
A outra pessoa no telefone falava com Alma.
- Você quer que eu os liberte...? Que patético... Você mais do que ninguém devia saber que é o culpado pelo que está acontecendo com eles, não é?
A pessoa continuava falando.
- Hehehe... Está querendo bancar o herói agora? Desculpe, mas eu não posso parar esse jogo... Além do mais, eu acredito que no fundo você deve estar gostando disso... Afinal você apoia a morte, não é verdade?
A conversa continuava.
- Lamento, mas não tenho mais tempo à perder com você... Eu tenho um Reality Show para comandar, sabia? Cara... O público é exigente... E eu não posso desapontá-los... Adeus!
Alma desligou o celular. Em seguida voltou a olhar para os televisores com um assustador sorriso.
- Vamos, participantes... Ou eu vou ter que tomar atitudes mais drásticas...
Alma continuou observando o grupo... Enquanto pensava se não estava na hora de fazer mais alguma coisa.
Capítulo 05 - Incêndio?
- Spoiler:
- Vincent abriu os olhos mais uma vez. Acordar de cara para uma câmera não era mais algo que o surpreendia tanto, apesar daquela ser apenas a terceira vez que ele acordava no laboratório.
Lentamente, se levantou da cama. Até que uma voz ecoou do auto-falante do laboratório.
- Atenção, queridos participantes! Eu estou muito furiosa com vocês!
- Essa não... Lá vem...
- Peço encarecidamente que todos compareçam à sala de estar para uma atualização sobre o nosso Reality! Beijos, Alma!
Alma desligou. Vincent tratou de ir logo até a sala.
Zero, Emily e Sérgio já estavam na sala.
- Bom dia... - Disse Vincent.
Emily sorriu.
- Bom dia, Vincent... - Disse Zero.
- Bom dia... Ansioso para ouvir o que Alma tem a nos dizer? - Perguntou Sérgio.
Vincent sentou-se no sofá.
- Não exatamente... Mas temos que fazer o que ela nos manda, certo?
Enquanto falavam, Valentina, Diana e Joel chegaram.
- Bom dia... - Disse Diana.
- Bom dia, pessoal... É aqui o pronunciamento, não é? - Perguntou Joel.
- Bom dia! - Disse Valentina.
Todos se cumprimentaram. De repente, a TV ligou. Alma apareceu, olhando furiosa para eles.
- Bom dia, Alma... - Disse Vincent.
- Como assim, "Bom dia?" As coisas não podiam estar piores!! Já estamos no terceiro dia e ninguém tomou nenhuma atitude!!
Joel coçou a cabeça.
- Bem... Isso significa que estamos todos vivos, não é?
- Exato!! E adivinhem? Ontem eu entrei no Twitter e vi um cara acusando o meu Reality de ser uma farsa!! Vocês estão acabando com meu show!!
Vincent cruzou os braços.
- Talvez seja porque nenhum de nós concordou com isso pra começo de conversa!
- Exato! E se você espera que as coisas vão mudar, pode esquecer! - Disse Zero.
- Cancele logo isso pra irmos pra casa! - Disse Diana.
Alma mostrou suas garras.
- Fsssstt!! Eu não vou sair desse Reality com fama de mentirosa! O meu público é fiel, e eu tenho que manter a qualidade do programa!
Alma riu.
- É por isso que eu preparei mais um... "Incentivo" pra vocês!
- Outra vez? - Perguntou Valentina.
- Garota... Ou gata, sei lá... Você não se cansa disso? - Perguntou Joel.
- É questão de honra... Eu tenho um Reality para manter, sabia?
Sérgio pensou.
- Estranho... Você diz que está nos mantendo em um Reality Show transmitido 24 horas por dia na internet, certo?
- Exatamente!
- Você faz tudo isso sozinha?
Alma se espantou com a pergunta.
- Miau? Você está preocupado com o meu trabalho forçado?
- Eu sou repórter. Eu sei que por trás de um simples programa é necessário toda uma equipe de produção. Me espanta alguém como você agir sozinha.
Alma riu.
- Hehehe... Não se preocupe comigo. Gatos trabalham muito bem sozinhos. E além do mais, eu planejo tudo com muita antecedência.
Sérgio estranhou.
- Enfim, esse Reality está me entediando. Está entediando vocês, e também está entediando meu público. Então, acho melhor vocês se esforçarem um pouco mais!
A televisão desligou.
- Mas que diabos?! Ela não desiste! - Disse Diana.
- Não vai ser fácil sairmos dessa... - Disse Sérgio.
- Eu sinto que ela vai nos torturar cada vez mais... - Disse Zero.
Vincent olhou para todo o grupo.
- Pessoal! Temos que manter a calma! Não podemos nos deixar influenciar pela Alma. O nosso desespero é tudo que ela quer!
Emily começou a escrever em seu bloco de notas.
- [Temos que manter a confiança em nós!]
- Emily tem razão. Não podemos deixar que Alma faça com que nos tornemos inimigos. - Disse Valentina.
- Bem... Talvez se continuarmos vivos, ela cedo ou tarde desista desse Reality...? - Sugeriu Joel.
- Eu acho difícil... Não seria nenhum problema pra ela estender isso até que uma tragédia aconteça. - Disse Sérgio.
- Ei, escutem... Nós já sobrevivemos à primeira tentativa dela, certo? Temos apenas que continuar vivos! - Disse Vincent.
O grupo resolveu encerrar esse encontro e voltar à rotina diária. Porém Vincent notava que aos poucos, os ânimos pareciam ficar mais intensos.
Algumas horas se passaram. Vincent resolveu sair de seu quarto e passar algum tempo com alguém. Ele resolveu ir até uma sala onde haviam vários equipamentos de laboratório. Lá ele encontrou Joel.
- Ei, Joel! Vai tentar fazer algum experimento para nos tirar daqui?
- Ah, é você, Vincent... Não, infelizmente é impossível usar esses equipamentos.
Vincent estranhou.
- Por quê?
- Está tudo quebrado, e parece que um furacão passou por aqui.
Agora que Joel disse isso, Vincent notou que o laboratório estava uma bagunça. Haviam vários frascos quebrados pelo chão, equipamentos derrubados, papéis com fórmulas espalhados por toda a sala, e as mesas estavam totalmente desorganizadas.
- Uau... A Alma não se preocupa em limpar as coisas? - Perguntou Vincent.
- Estou mais preocupado com o que estava acontecendo por aqui... Será que ela estava tentando criar algum tipo de arma química ou um monstro daqueles filmes de terror dos anos 80?
- Bem, ela já disse que tem uma bomba implantada no subsolo dessa construção, então acho que não precisaria disso...
Joel foi até perto de uma das mesas.
- Olha isso aqui!
Vincent se aproximou. Havia algo que parecia ser marcas de queimado na madeira da mesa.
- Mas o que é isso...? Houve fogo por aqui?
- Se foi um incêndio, explica porque está tudo destruído dessa forma. Eu notei algumas cinzas no chão, provavelmente dos papéis...
Vincent coçou a cabeça.
- Um incêndio... Quando será que isso aconteceu?
- Não dá pra saber... Pode ter sido semana passada, ou anos atrás, supondo que Alma nunca tenha limpado nada. Bem, eu trabalho como humorista, não sou detetive...
Vincent olhou para a parede atrás de um armário.
- ...Hã?
Na parede havia um suporte para extintor de incêndio. Porém não havia nada dentro. Em outras palavras, alguém havia usado o extintor...
Capítulo 06 - A Proposta
- Spoiler:
- Capítulo 6 - A Proposta
Mais tempo se passou. Já era quase madrugada e Vincent estava pegando no sono em sua cama.
- Vincent...
- Hum...?
Vincent estava deitado de frente para a parede, mas ouvia alguém chamando pelas costas. O quarto estava escuro, então não dava pra ver muito bem.
- Vin-Cent... Acorde...
- O... O quê?
Vincent acendeu a luz e se virou. Para sua surpresa, Alma estava olhando fixamente para ele, do lado da cama.
- Ah... Aaahh!!
Vincent se levantou assustado. Alma deu um pulo para trás.
- Hehehe... Sou eu, Vincent! - Disse Alma, rindo.
- Alma?! O que você está fazendo aqui!?
Após se recuperar do susto, Vincent se acalmou.
- Desculpe... Eu tenho um favor para te pedir...
- Um... Favor...?
- Sabe, eu sou uma gata bem solitária, e... Já faz algum tempo que ninguém passa a mão em minha cabeça. Você poderia fazer isso pra mim?
Vincent não acreditou no que ouviu.
- É... Sério isso?
Alma juntou as mãos como se estivesse implorando.
- Por favor... Gatos precisam de carinho constantemente, ou podem morrer de solidão. Sabia disso?
Vincent respirou fundo e se aproximou de Alma. Lentamente, colocou a mão direita em sua cabeça e a esfregou por alguns segundos.
- Humm... É exatamente isso que eu precisava... Miau...
Vincent tirou a mão.
- Era... Era só isso que você queria?
Alma sacudiu a cabeça.
- Ah é... Eu também vim te fazer uma proposta...
- ...Proposta?
- Sim... Sabe, você chamou muito a atenção do público ontem com a sua "emocionante" promessa para Emily... Acredite, já tem muita gente criando campanha no Facebook pra você.
Vincent se lembrou da promessa que fez para Emily.
- E... O que isso tem?
- Veja bem, Vincent... Eu acabo de lhe dar o prêmio do Anjo Protetor!! Parabéns!!
Vincent estranhou.
- E o que é esse prêmio?
- Muito bem... Com o benefício do Anjo Protetor, você pode escapar desse Reality Show com mais um participante! E tudo que você tem que fazer é matar apenas um dos concorrentes!
Vincent levou um susto.
- O... O quê?!
- Pense bem, Vincent, é um baita negócio! Se você matar apenas um dos concorrentes, você e Emily podem escapar daqui juntos! Quer coisa mais fácil que isso?
Vincent estava se irritando.
- Desculpe, mas eu recuso esse benefício. Saia do meu quarto.
Alma baixou a cabeça.
- Miau... Vincent... Eu sou uma gata que precisa de amor... Você está me expulsando do seu quarto?
- Você não é só uma gata... É também uma pessoa problemática. Está sugerindo que eu tire a vida de alguém, e eu não vou tolerar isso.
- Ah, droga... Então...
Alma olhou para Vincent e sorriu.
- Eu vou oferecê-lo para outro concorrente!
Vincent se espantou.
- Já que você não quer esse benefício, eu posso conversar com algum outro candidato. Tenho certeza que pelo menos um deles vai se interessar em matar apenas um participante e escapar com outro.
Vincent estava pensativo. Se ele recusasse a "tentadora" oferta, Alma ia oferecer para mais alguém. E será que todos iam recusar? Era algo que ele não sabia.
- Espere, então... Eu aceito esse benefício! Não pretendo matar alguém, mas fico com ele!
- Hehehe... Você não confia mesmo nos outros né?
Vincent: Não é isso... Eu prefiro ficar com esse "Anjo Protetor" em segurança. Não é um benefício, é uma arma.
Alma sorriu.
- Perfeito... Eu vou te deixar dormir então. Boa noite!
Alma saiu do quarto e fechou a porta. Vincent notou que aquela conversa foi mais difícil do que ele pensava. Alma estava realmente pegando pesado...
- Que droga... Eu odeio ter que fazer isso, mas... Prefiro manter isso seguro comigo do que arriscar deixar com outra pessoa. Me desculpem...
Vincent se deitou novamente e tentou dormir.
Capítulo 07 - Ameaça
- Spoiler:
- Novamente, Vincent abria os olhos. Ele estava aos poucos se acostumando à acordar naquele quarto. No entanto, a primeira coisa que veio em sua cabeça naquele momento eram as palavras de Alma na noite anterior.
- É mesmo... A proposta... O que eu devo fazer?
Vincent se levantou e saiu de seu quarto.
O grupo todo já estava tomando café quando Vincent chegou até a mesa.
- Bom dia, Vincent! - Disse Zero.
- Bom dia, pessoal...
Vincent se sentou lentamente e pegou uma xícara.
- O que houve? - Perguntou Diana.
- Algum problema, Vincent? - Perguntou Joel.
Vincent não tinha certeza se devia contar o que aconteceu na noite anterior.
- Eu... Ontem à noite eu acordei e Alma estava no meu quarto.
Todos se espantaram.
- Alma?! - Gritou Valentina.
- O que ela queria? - Perguntou Sérgio.
Vincent baixou a cabeça.
- Eu vou contar porque confio em todos vocês, Ok?
Todos concordaram.
- Ela me fez uma proposta... Ela disse que o pessoal na internet está torcendo por mim nesse Reality.
Diana cruzou os braços.
- Hunf...
- E... Ela me deu uma recompensa. A partir de agora, se eu matar apenas um de vocês, eu posso ir embora com mais alguém que escolher.
Todos se espantaram no momento em que Vincent terminou sua frase.
- Epa, epa... Você não tá pensando em fazer isso, né? - Perguntou Joel.
- Claro que não! Eu tenho certeza que é só mais um plano dela para nos torturar psicológicamente! Eu acho que nem sequer podemos acreditar em tudo que ela diz!
No momento em que Vincent disse isso, os auto-falantes ecoaram.
- Ei, vocês não acreditam em mim...? Depois de tudo que eu fiz por vocês? Assim eu me sinto ofendida... Miau...
Diana se levantou.
- Você não se cansa de ficar ouvindo nossa conversa?!
- Ei, isso é um Reality! Eu tenho que ficar de olho pra ver se vocês estão jogando de forma limpa!
Todos se levantaram das cadeiras.
- Jogando de forma limpa?! Mas você quer que a gente cometa assassinatos! Qual seria a regra então? - Perguntou Joel.
- ...Eu não tinha pensado nisso.
Sérgio cruzou os braços.
- Enfim... Você nos chamou só pra isso?
- Não, não... Eu também vim parabenizá-los!
Todos se espantaram.
- Nos parabenizar pelo quê?! - Perguntou Vincent.
- Porque finalmente alguém resolveu tomar a iniciativa e começar a planejar um assassinato! Agora o Reality disparou em visualizações!
Todos ficaram em choque. Aquilo só podia significar uma coisa.
- Então... Alguém aqui já está planejando matar? - Perguntou Valentina.
Emily cobriu a boca com as mãos.
- Mas... Quem...? - Perguntou Vincent.
Naquele instante, foi possível ouvir um tipo de apito pelo auto-falante.
- Ah, meu lanche está pronto... Então, eu desejo à todos um bom dia... E uma boa sorte para quem for a vítima. Hahahahahaha!!
Silêncio total. Até que Diana resolveu falar.
- Então já tem um assassino entre nós?!
Sérgio colocou a mão na cabeça.
- É provável... Afinal já estamos aqui há dias.
- Mas... Mas quem...?! - Perguntou Joel.
Diana olhou para Vincent.
- O mais provável aqui é o Vincent.
Vincent levou um choque.
- E... Eu?! Mas por quê?!
- Porque você que recebeu uma proposta tentadora da Alma, lembra? - Disse Diana.
- Espera... Não podemos nos precipitar! - Disse Valentina.
- Mas ele é o mais suspeito por aqui! - Disse Diana.
Naquele instante, Emily entrou na frente de Vincent, para protegê-lo.
- Emily...? - Disse Zero.
Emily pegou seu bloco de notas e escreveu o mais rápido que pôde.
- [Não pode ser ele! Ele me prometeu que sairíamos todos vivos daqui!]
- Uma promessa não tem tanto valor numa situação dessas... - Disse Sérgio.
Emily baixou a cabeça.
- Esperem... A coisa mais sensata a se fazer é investigar, não é? - Perguntou Joel.
- Verdade... Se o Vincent é culpado, alguma coisa vai entregá-lo. - Disse Sérgio.
- Então, como faremos isso? - Perguntou Zero.
Vincent resolveu sugerir.
- Se acham que eu planejo alguma coisa, por que não vasculham meu quarto? Garanto que não vão encontrar nada por lá.
- Bem... Vale a pena tentar. - Disse Valentina.
- Nada disso! Ele não esconderia em um lugar tão óbvio. - Disse Diana.
- Pois eu desafio vocês a encontrarem alguma pista contra mim.
Vendo que não havia outra escolha, todo o grupo foi até o quarto de Vincent. Após quase 10 minutos procurando, ninguém foi capaz de encontrar sequer um objeto suspeito.
- Bem... Parece que ele está limpo. - Disse Sérgio.
- Eu disse... Jamais eu pensaria em matar alguém.
Zero cruzou os braços.
- Bem... Talvez isso te elimine como suspeito.
- Mas se o que a Alma disse é verdade... Alguém aqui está realmente escondendo algo, não? - Disse Valentina.
Todos ficaram em silêncio por alguns segundos.
- Então vamos verificar quarto por quarto. - Sugeriu Diana.
- Boa ideia... Assim ficamos mais tranquilos. Ei, talvez aquela garota esteja mentindo afinal! - Disse Joel, rindo.
O grupo partiu para o próximo quarto, o de Emily. Era meio estranho procurar o quarto de uma garotinha por pistas de um possível assassinato, mas enfim...
- Está limpo! - Disse Joel.
- Desculpe por isso, Emily... Mas não podemos nos arriscar. - Disse Sérgio.
Emily acenou positivamente. O próximo quarto foi o de Zero.
- Podem procurar à vontade.
O grupo se separou e começou a procurar por qualquer coisa suspeita. De repente...
- O... O que é isso...?! - Perguntou Valentina.
Valentina olhava fixamente para dentro da gaveta do criado-mudo. O grupo todo se aproximou assustado.
- Eu... Eu não acredito... - Disse Vincent.
- Ei, do que estão falando? Eu não...
No momento em que Zero se aproximou, levou um grande susto. Dentro da gaveta estava...
- E... Ei... Essa é uma das armas que a Alma nos deu... Mas... O que faz aqui...? - Perguntou Zero assustado.
Dentro da gaveta estava claramente um dos revólveres que Alma havia dado ao grupo naquela caixa.
- Zero... Você pode explicar essa arma? - Perguntou Sérgio.
- Nã... Não, eu não sei o que...
Diana cruzou os braços.
- Você é um soldado... Entende de armas... E parece que faz questão de ter uma por perto, não?
Emily parecia estar prestes a chorar.
- Mas... Zero, por que você faria isso?! - Perguntou Vincent.
Zero olhou fixamente para Vincent.
- Vincent!! Essa arma não é minha!! Eu nem tinha arma nessa droga de gaveta!!
O clima estava ficando pesado.
Na sala de controle, Alma estava sentada em sua cadeira, com os pés em cima da mesa, comendo um sanduíche.
- Hum... Isso está delicioso. Eu devia ter começado a usar o microondas antes.
Após comer o último pedaço do lanche, Alma olhou com atenção para o monitor que mostrava o grupo reunido no quarto de Zero.
- Parece que acharam o culpado... Agora a coisa vai esquentar muito...
Novamente, seu celular tocou.
- De novo?! Esse cara é insistente demais.
Alma atendeu.
- Miau? O que você quer?
Um tempo de silêncio.
- Não... Eu já te disse que não vou cancelar esse jogo! Agora que está começando a esquentar, poxa?
Alma parou e pensou um pouco.
- Quer saber... Eu posso até libertá-los se você quiser... Mas com uma condição... Hehehe...
Capítulo 08 - O Culpado
- Spoiler:
- Zero começou a entrar em pânico. Ele não conseguia uma explicação para aquilo tudo.
- Pessoal... Por favor... Eu não sei o que está acontecendo!!
Valentina pensou.
- Zero... Se o que Alma disse é verdade, um de nós está planejando matar alguém. E você não consegue explicar essa arma.
- Mas... Mas eu...
- Já basta! Vamos acabar com ele logo! - Disse Diana.
Vincent levou um susto.
- Diana...?!
- O quê? Se ele queria nos matar, então vamos fazer isso com ele antes. Assim, convenhamos, fica um de nós a menos!
Vincent não se conteve e deu um tapa no rosto de Diana, fazendo todos se assustarem.
- O que você está sugerindo, Diana? Que matemos ele para ficarmos mais próximos da saída? Sabia que é exatamente o que a Alma quer que a gente faça?
Diana colocou a mão no rosto e não falou mais nada, apenas olhou para Vincent.
- Vincent... - Disse Joel, de cabeça baixa.
- Eu fiz uma promessa para a Emily, lembram? Eu disse à ela que ninguém ia morrer aqui. Se começarmos a pensar em eliminar alguém só pra ficar mais perto de escapar, logo ninguém vai sair vivo desse lugar!
Valentina cruzou os braços.
- Mas Vincent... Ainda não tira o fato de que tem uma arma no quarto do Zero e ele não consegue explicar.
- Eu tenho uma ideia pra isso...
Vincent se lembrou da noite anterior.
- Eu tenho certeza que eu tranquei o quarto antes de dormir ontem à noite.
- Sim, é uma regra que seguimos desde o primeiro dia... - Disse Sérgio.
- Exato! Mas mesmo assim, Alma entrou no meu quarto. Como acham que ela fez isso?
- Mágica? - Sugeriu Joel.
Vincent cruzou os braços e olhou para Joel.
- ...Tá, continue.
- É óbvio que ela tem todas as chaves desse laboratório!
- Está sugerindo que... Ela entrou no meu quarto sem eu perceber? - Perguntou Zero.
- Eu mesmo não tinha percebido... Acordei com ela parada do meu lado!
Valentina pensou.
- Então ela plantou essa arma aqui para causar discórdia?
- Numa tentativa de que comecemos um massacre para entreter o público e o humor doentio dela. Reparem que ela fez questão de nos avisar que tinha alguém planejando matar. - Completou Vincent.
Joel colocou a mão em seu queixo.
- Faz sentido... Então, o Zero é inocente?
- Por enquanto, pelo menos nessa situação, tudo leva a crer que sim. - Disse Vincent.
Zero finalmente respirou aliviado.
- Vincent... Obrigado...
- Você agiu muito bem, Vincent... - Disse Sérgio.
- Eu sou um advogado, lembra? Tenho que estar sempre pronto pra defender alguém.
O grupo ia se retirando do quarto de Zero. Vincent se virou para Diana.
- Ei... Me desculpe por aquilo...
Diana levantou a cabeça e olhou para Vincent.
- Não, eu... Eu acho que falei algo que não devia... Eu é que peço desculpas. Eu sugeri matarmos alguém...
- No calor dessa situação acho que todos nós cometemos erros.
Diana deu um leve sorriso.
- Eu não vou repetir isso. - Disse Diana.
- Eu também não.
Vincent estendeu sua mão para Diana, que a apertou com força.
Algum tempo depois, o grupo estava novamente no corredor. Para surpresa de todos, os auto-falantes ligaram.
- Ahh... Vocês estragaram meu joguinho...
Zero se irritou.
- Joguinho?! Não teve a menor graça!
- Você percebeu o que fez?! - Gritou Diana.
Alma riu.
- Hehehe... Eu prometo que na próxima vou fazer algo mais difícil de descobrir... Nossa, eu vou adorar isso! Quero só ver como vai ficar a cabeça de vocês quando não souberem mais o que sou eu e o que são vocês que estão fazendo.
Vincent perdeu a paciência.
- Alma... Você tem razão. Talvez eu já esteja perdendo a cabeça!
Vincent fez um gesto para todos esperarem. Em seguida, caminhou em direção à cozinha.
- Ei, olha só! Parece que um dos participantes finalmente ficou xarope. O que será que ele vai fazer? - Perguntou Alma.
Vincent pegou uma faca.
- Hum... Eu estou gostando disso... - Disse Alma.
Vincent voltou para o corredor e encarou uma das câmeras. Todos se assustaram ao vê-lo com a faca.
- O... O que ele vai fazer? - Perguntou Valentina.
- Alma... Para mostrar que nem eu, e nem ninguém aqui vai se render a você... Eu vou desrespeitar uma regra!! - Gritou Vincent.
- Miau? Como assim?
Vincent caminhou em direção ao quadro no final do corredor. Aquele que Alma havia dito que não queria ninguém perto.
- Vincent...? - Disse Alma, assustada.
- Eu vou destruir seu quadro!
Diana correu até Vincent.
- Vincent, espera!! Você vai entrar em problemas!
- Eu não ligo...
- Vincent, pare!! Não faça isso!! - Gritou Alma.
Vincent ignorou Alma e golpeou o quadro com a faca usando toda a sua força. Mas para sua surpresa...
- O... O quê?!
O quadro era falso. Atrás do rasgo que Vincent fez havia...
- Ei... O corredor continua atrás do quadro?! - Perguntou Diana.
Zero se aproximou e usando as próprias mãos, ajudou a rasgar o desenho.
- Tem mais quartos...? Mas como?
- Ela não queria que a gente visse isso? - Perguntou Sérgio.
- Oh... Segredos... - Disse Joel, espantado.
O grupo passou pelo quadro. Havia uma porta na parede esquerda e uma no final do corredor. Vincent se aproximou da porta da esquerda e a abriu.
- ...Outro quarto... - Disse Vincent.
O que surgiu em frente a eles era um quarto normal. Havia uma cama, um criado-mudo, um guarda roupa e um tapete no chão. Aparentemente era um quarto feminino.
- Ei... Tem um caderno aqui... - Disse Valentina.
Vincent se aproximou. Valentina lhe entregou o caderno.
- O que é? - Perguntou Valentina.
- É um diário... - Disse Vincent.
- Epa, um diário?! Mas de quem?! - Perguntou Joel.
Vincent se sentou na cama. Todo o grupo se reuniu ao redor dele para ler.
Capítulo 09 - A-L-Y-S-S-A
- Spoiler:
- "Eu não consigo acreditar que já faz 6 anos...
Desde aquele fatídico dia, estou tentando aos poucos esquecer tudo. Antes de morrer, minha mãe me disse que eu devia acreditar em um futuro melhor. Que um dia eu me tornaria alguém muito importante. E tudo de ruim ficaria para trás.
Bem... É por isso que estou aqui hoje, no AZURA, o Laboratório de Pesquisas e Estudos mais popular da região. Eu acho que meus conhecimentos de biologia podem ser aproveitados.
Agora é torcer..."
Uma jovem garota se aproximou de um enorme laboratório. A porta se abriu e ela entrou, sendo recebida por um homem mais velho.
- Bom dia, eu... Eu me chamo Alyssa, tenho 19 anos e estou buscando uma chance de trabalhar aqui.
O homem pegou um papel que Alyssa lhe entregou.
- ...Alyssa Marques...
- Sim, eu acabei meus estudos e estou buscando me aperfeiçoar em Biologia.
O homem leu com atenção tudo que estava naquele papel.
- ...Alyssa Marques... O seu nome é bem... Conhecido.
Alyssa baixou a cabeça.
- Por favor, senhor, eu... Eu não quero falar sobre isso.
O homem olhou para Alyssa com certa tristeza.
- Desculpe, Alyssa... Meu nome é Eric.
- Prazer em conhecê-lo.
Os dois trocaram um aperto de mãos.
- Vejamos, você tem bastante estudo nessa área. O que eu tenho aqui pra você, no entanto, é o grupo de aprendizes. É formado por maiores de 18 anos que possuem interesse em começar uma carreira nesse laboratório. Você aceita?
Alyssa sorriu.
- Claro que aceito! Obrigada!
"Consegui! Eu passei pelo primeiro desafio! Agora é hora de conhecer meus colegas de trabalho... Espero que sejam legais..."
Alyssa usava uma roupa branca com um crachá que dizia "Alyssa Marques" e entrou em uma sala. Três outros jovens estavam lá, duas garotas e um garoto.
- Com licença... Eu sou a nova estudante... - Disse Alyssa.
Uma das garotas se animou.
- Uau, uma novata! Bem-vinda, meu nome é Anna!
A outra garota se aproximou.
- É sempre bom receber gente nova por aqui! Venha, eu me chamo Natasha.
Ela puxou Alyssa pelo braço até se juntar ao grupo. Foi a vez do garoto se apresentar.
- Eu sou Júlio, o único garoto daqui... Bem, desde que o Matheus foi promovido semana passada...
Alyssa sorriu.
- Eu sou Alyssa... Prazer em conhecê-los.
"Tudo correu perfeitamente bem na apresentação! Estou super ansiosa para começar meu trabalho aqui."
Alguns dias se passaram. Alyssa estava testando alguns líquidos em tubos de ensaio quando Natasha se aproximou.
- Ei, Alyssa...
- Hum...? O que houve?
Natasha coçou a cabeça.
- A Anna estava me contando que... Você é aquela garota cujo pai... Você sabe...
Alyssa parou o que estava fazendo.
- Eu... Eu não quero falar sobre isso, desculpe.
- Eu sei, mas... Se você quiser conversar com alguém, nós estaremos aqui, Ok? Mais do que colegas de trabalho, somos todos amigos nesse laboratório.
Alyssa se virou para Natasha e sorriu.
- Obrigada!
- Sem problemas, eu fico feliz que você confia na gente.
Alyssa baixou a cabeça.
- O meu pai fez uma viagem à trabalho, e quando voltou, alguém implantou drogas em sua bagagem no avião... Ele foi capturado e enviado para execução, depois que o maldito presidente aprovou a pena de morte!
Natasha se espantou.
- Ei, cuidado... Esse ódio todo não vai te fazer bem...
Alyssa balançou a cabeça.
- Eu sei, mas... É tudo que eu sinto agora. Desculpe, eu quero voltar a fazer meus testes.
Natasha acenou positivamente e se retirou.
"Natasha, Anna e Júlio são pessoas legais. Eu estou gostando de trabalhar com eles.
Hoje eu tenho uns testes extras que eu quero fazer. Vou ficar no laboratório até mais tarde. Felizmente eles garantem acesso 24 horas por dia aos seus estudantes."
Alyssa fazia anotações em uma folha de caderno. Havia um rádio ligado na mesa. Júlio entrou.
- Alyssa, eu já vou indo. Você fica?
- Sim, eu quero terminar isso hoje.
- Tudo bem! Não esqueça de trancar tudo quando sair, Ok?
- Ok, boa noite, Júlio!
- Boa noite!
Júlio se retirou. Alyssa se aproximou de uma gaiola no canto da sala onde havia um gato preto.
- Olá, gatinho... Eu vou precisar do seu DNA, tudo bem?
Com cuidado, Alyssa usou uma tesoura para cortar alguns dos pelos do gato.
- Miau!!
- Ei, calma... Eu prometo que já vou te soltar, tudo bem?
Alyssa riu para o gato. Em seguida voltou para a mesa e colocou os pelos do gato em um frasco de vidro. Em seguida, despejou um líquido estranho dentro.
- Ok... Se meus testes estiverem certos, o DNA do gatinho junto com essa fórmula vai resultar em algo... Interessante. Agora, vamos aquecê-la...
Alyssa colocou o frasco na mesa e acendeu um fogo que havia em baixo do suporte. Em seguida, prestou atenção no rádio.
- E agora, recebemos aqui no estúdio uma ligação do próprio Presidente.
Alyssa se virou rapidamente para o rádio, esquecendo totalmente da fórmula.
- Ele vai responder perguntas dos telespectadores em um minuto!
- Desgraçado... - Disse Alyssa.
O telefone do rádio tocou.
- Boa noite, qual a sua dúvida para o Presidente?
- Boa noite, meu nome é Murilo... Eu queria saber o que o Presidente tem a dizer sobre o incidente que resultou na pena de morte para um inocente 6 anos atrás... Eu soube que a verdade veio à tona no começo desse ano.
Alyssa arregalou os olhos.
- Veja bem, Murilo... Nós definitivamente não vamos remover a pena de morte! O que aconteceu 6 anos atrás é um preço à se pagar, mas eu tenho certeza que no futuro vamos todos presenciar os benefícios para o país! - Respondeu o Presidente.
Essa fala fez Alyssa perder a respiração.
- Desgraçado... Maldito!!
Alyssa jogou o rádio longe. O mesmo bateu na estante derrubando vários frascos de vidro.
- Aaargh!!
Alyssa jogou todos os frascos da mesa longe. O gato na jaula se assustou, mas não tinha pra onde fugir. Alyssa foi até ele e o libertou. Rapidamente o felino correu para fora da sala.
- Ele pensa que o meu pai era um pequeno preço para o seu projeto de matar todo mundo que cometer crimes no país...?! Foi isso que eu entendi...?! Maldito!!
Alyssa pegou um vidro com algum líquido dentro e arremessou com força. Porém, ela não percebeu que o havia jogado em direção à mesa onde seu experimento ainda estava se aquecendo. O líquido se esparramou e para seu azar, era inflamável. A mesa começou a pegar fogo.
- Essa não!!
Alyssa removeu o extintor que estava atrás da estante de seu suporte e correu até a mesa. Porém, no caminho, escorregou nos líquidos dos frascos que haviam caído da estante. A garota caiu e bateu a cabeça na mesa. O frasco com seu experimento se desprendeu do suporte e caiu em sua cabeça. O líquido escorreu em seu rosto.
- Droga... Cof...
Alyssa chegou a engolir seu próprio experimento. Mas a pancada na cabeça a fez perder a consciência.
Capítulo 10 - Uma Morte e um Nascimento
- Spoiler:
- Algum tempo se passou. Alyssa abriu os olhos. Em sua frente estava o inferno: O fogo havia se espalhado por quase todo o laboratório.
- Minha roupa!!
Alyssa rapidamente apagou uma pequena chama que estava em sua roupa. Felizmente não foi o suficiente para queimar seu corpo. Porém, seu crachá com seu nome estava danificado. Quase todas as letras haviam se apagado.
- "Alyssa Marques"... "Al... Ma..." Tsc...
Alyssa se levantou.
- O que é isso que eu estou sentindo na parte de baixo das minhas costas...? Tem alguma coisa presa aqui?
Alyssa não teve tempo de checar o que era. O laboratório era mais importante agora.
- Droga!!
Alyssa pegou o extintor e tentou apagar as chamas. Após quase um minuto de batalha, o fogo finalmente se rendeu.
- Pronto... Acho que vai dar...
Ofegante, Alyssa jogou o extintor e esfregou seu rosto.
- Espera... Que coisa é essa na minha cabeça?!
Rapidamente, Alyssa correu para fora do laboratório e entrou em um dos quartos. Quando checou o espelho, seu rosto foi tomado por terror.
- Não... Não é possível!!
Em sua cabeça haviam duas orelhas de gato. E nas suas costas, aquela sensação estranha era uma cauda, que ela conseguia balançar livremente.
- Eu não acredito!!
Alyssa se lembrou de quando sua fórmula caiu em sua cabeça. Ela chegou a bebê-la.
- ...Hehe... Hahaha... Eu sou um gênio mesmo!!
Alyssa novamente olhou o seu crachá danificado.
- Al... Ma... Alma... Eu gosto desse nome...
"Hoje eu tenho uma má notícia... Alyssa está morta. Ela morreu em um acidente no laboratório. Mas ei, tem um lado bom nisso! Eu, Alma, acabei de nascer!
Eu odeio ter que explicar detalhe por detalhe, mas eis o que aconteceu... No dia seguinte, eu fugi do laboratório e esperei que o pessoal chegasse... Parece que todos pensaram que eu morri em algum incêndio que ocorreu. Embora não acharam meu corpo... Digo, o corpo da Alyssa... Minha nossa, isso é confuso.
No fim das contas, interditaram o laboratório. Não sei por quanto tempo... Mas eu acho que vou usá-lo para outra coisa... Eu preciso me vingar daquele maldito Presidente que fez aquilo com meu pai... E agora comigo... Digo, com a Alyssa... Caramba, por que eu não comprei uma borracha?!
Enfim, eu preciso pensar... Como eu posso chegar até o Presidente? Eu preciso de algo grande... Um atentado terrorista? Não, eu não posso arquitetar coisas tão gigantescas. Mas... Eu posso chocar o país com algo mais simples, não?
Eu tenho à minha disposição um laboratório super protegido com câmeras de segurança, uma sala de controle por onde eu posso ver tudo, algumas bugigangas biológicas, computadores, internet...
Eu tenho certeza que consigo bolar alguma coisa...
Ah, e eu também sei que minha aparência não é das mais comuns agora. Mas até mesmo o bobo da corte pode trazer más notícias para o rei..."
Quando Vincent terminou de ler, todos estavam em choque.
- Não... Não pode ser... - Disse Zero.
Sérgio cruzou os braços.
- Agora sabemos porque aquela garota é tão perturbada.
Valentina baixou a cabeça.
- Eu... Não consigo deixar de me sentir mal por ela.
- Ei, ela nos prendeu aqui e está tentando nos forçar a matar um ao outro... - Disse Diana.
- Mas mesmo assim, o que aconteceu com ela foi terrível. - Disse Joel.
Vincent fechou o diário e o colocou de volta no criado-mudo.
- Pessoal... Alma não consegue mais raciocinar... Ela só consegue pensar em vingança.
- Mas isso não dá o direito dela fazer isso com a gente, não? - Disse Diana.
Emily escreveu em seu bloco de notas.
- [O que podemos fazer por ela?]
- Primeiro nós temos que encontrá-la. - Disse Vincent.
- Bem... Tem outra porta no final do corredor... - Disse Joel.
O grupo saiu do quarto de Alma e se aproximou da porta final. Vincent pegou a maçaneta.
- ...É agora. O único local desse laboratório que não exploramos.
- Eu acho que já sei o que tem aí atrás... - Disse Sérgio.
Vincent abriu a porta. Em sua frente havia uma sala com vários televisores ligados, exibindo todas as áreas do laboratório. E havia uma cadeira onde claramente alguém estava sentado.
- ...Alma... - Disse Vincent.
A cadeira se virou.
- Eu mesma!
Capítulo 11 - Tick-Tock-Boom
- Spoiler:
- Os sete participantes estavam agora na sala de controle. A própria mente por trás do jogo estava frente à eles.
- Aahh... Vocês estão estragando meu Reality! - Disse Alma.
- O Reality acabou! - Disse Vincent.
- Sabemos quem você é... Alyssa! - Disse Sérgio.
Alma ficou confusa ao ouvir aquele nome.
- Miau? Do que vocês estão falando? Aquela garota já morreu, não?
- Não, ela não morreu... Você é ela! - Disse Zero.
- Nós lemos seu diário! Sabemos de tudo! - Disse Valentina.
Alma cruzou os braços.
- Droga... Eu devia ter protegido melhor o meu quarto...
- Por que não começa a falar logo? - Disse Diana.
- É! Queremos saber tudo que você está fazendo! - Disse Joel.
Alma coçou a cabeça.
- Ah, é mesmo... Eu apaguei a memória de vocês...
- Como é? - Perguntou Vincent.
- Eu tomei bastante cuidado escolhendo os membros desse Reality... Não se lembram da carta que chegou em suas casas?
A frase de Alma fez alguns dos membros do grupo ter uma vaga lembrança de receber um envelope pelo correio.
- Espera... - Disse Joel.
- Sim, agora eu me lembro! - Disse Zero.
- Pois bem... Vocês foram os felizes ganhadores de uma excursão nesse laboratório... Hehe, mal sabiam vocês que ele estava desativado há semanas!
Vincent cruzou os braços.
- E quando chegamos aqui... O que você fez?
- Ah, nada demais... Eu só precisei trancá-los aqui dentro e derrubar um por um com isso aqui...
Alma pegou uma seringa da gaveta de sua mesa.
- Hum... Uma fórmula para apagar memórias recentes...? - Perguntou Sérgio.
- Exato! E ainda como brinde pode derrubar alguém por horas... Hehe...
Zero pensou.
- Então... Nós estamos mesmo em um Reality?
- Claro que sim!
Emily escreveu em seu caderno.
- [Mas por quê?]
- Miau? Se vocês leram meu diário, já sabem o motivo... Eu estou atrás do Presidente!
Todos se espantaram.
- O Presidente?! - Perguntou Vincent.
- Exato... A propósito, eu consegui contato com ele... Na verdade, duas vezes ele me pediu para libertá-los... Mas quando eu fiz uma proposta, ele recusou na hora.
Valentina cruzou os braços.
- Que proposta?
- Simples... Ele acaba com a lei da pena de morte, que matou injustamente o meu pai, e eu liberto vocês... Mas adivinhem? Isso mesmo, ele negou.
Todos ficaram horrorizados com aquilo.
- Miau... Humanos são estranhos... Eles querem salvar vidas, mas ao mesmo tempo acham justo ter uma lei que permite acabar com elas... Eu fico confusa assim.
Vincent olhou fixamente para Alma.
- Alma... Não, Alyssa... Eu entendo o que você passou. Eu sei que está sendo horrível, e eu posso ajudar você!
- Ãh...?
- Eu sou um advogado! O meu trabalho é ajudar pessoas a escaparem de injustiças! Eu posso te ajudar!
Alma baixou a cabeça.
- Bem... O Reality já acabou mesmo...
- Então? Deixe a gente ir embora. - Sugeriu Joel.
- Afinal, a essa altura não vamos mais continuar com jogo nenhum. - Disse Diana.
- E o Vincent está te oferecendo ajuda. - Completou Sérgio.
Alma pensou.
- Hum... Sem Reality não precisamos mais ficar aqui, então...
Alma pegou um controle remoto.
- Que se dane!
Alma apertou o botão. Naquele instante, uma sirene ecoou pelo laboratório, e uma voz surgiu pelos alto-falantes.
- Auto-Destruição ativada! Cinco minutos para a explosão!
Todos entraram em pânico.
- O... O que você fez?! - Gritou Vincent.
- Não... Isso vai matar todos nós! - Disse Joel.
- Droga!! - Gritou Diana.
Alma riu.
- Vamos ver se vocês escapam do desafio final... Hehehe!
Vincent correu pela porta da sala de controle. Todos seguiram ele. Alma apertou outro botão do controle remoto e a porta se fechou com ela dentro.
- Isso vai ser divertido...
Capítulo 12 - Game Over
- Spoiler:
- O grupo correu até a porta com o número "1". Vincent tentou desesperadamente abrir, mas nada.
- Droga!
- Não vai abrir... Ela se certificou disso. - Disse Sérgio.
Vincent desistiu e se virou para o grupo.
- Quatro minutos para a explosão! - Ecoou a voz do alto-falante.
- Pessoal, eu... Sinto muito... - Disse Vincent.
- Ei... Tudo bem. A culpa não é sua. - Disse Zero.
- Alma estava decidida a fazer isso. Você não tinha uma escolha. - Disse Valentina.
Emily se aproximou de Vincent.
- Ei, Emily... Eu sei que eu prometi que todos íamos sair daqui com vida... Por favor, me perdõe.
Emily abraçou Vincent.
- Tudo... Tudo bem... Vincent... - Disse Emily.
- Ei, ela... Falou? - Disse Sérgio, espantado.
- Droga... Nós não temos mesmo outra opção? - Perguntou Zero.
- Três minutos para a explosão! - Ecoou a voz do alto-falante.
- As janelas estão todas bloqueadas, e essa é a única porta... - Disse Diana.
- Estamos em uma caixa selada, heim? - Perguntou Joel.
- Sim... - Respondeu Valentina.
Emily soltou Vincent com lágrimas nos olhos.
- Vai ficar tudo bem, Emily... - Disse Vincent,
Desesperado, Joel começou a checar as janelas do local.
- Droga!! Nem sequer uma fresta se abre!
- Tudo muito bem planejado... - Disse Sérgio.
- Dois minutos para a explosão.
Naquele momento, porém... Uma explosão aconteceu. O grupo foi derrubado.
- Ugh!! - Gritou Vincent.
- Qual é? Faltavam dois minutos!! - Gritou Joel.
No entanto, o que explodiu não foi a bomba... Foi a porta do laboratório.
- Rápido, eles estão vivos!
- Tirem-nos daqui!!
Vários soldados protegidos dos pés a cabeça entraram no laboratório. Rapidamente, ajudaram todo o grupo a se levantar e os levaram para fora.
Do lado de fora, todos perceberam o local onde estavam... Um grande laboratório em meio ao que parecia ser uma área deserta. Vincent foi colocado no chão por um dos soldados.
- Você está bem? - Perguntou o Soldado.
- A... A Alma... Ela está lá dentro...
O soldado olhou para o laboratório.
- Aquela menina-gato que estava aprisionando vocês? Ela não saiu?
- Não, ela se trancou lá dentro...
O soldado fez um gesto para que os outros voltassem para dentro. No entanto, um dos soldados negou com a cabeça.
- Falta um minuto pra esse lugar ir pelos ares! É perigoso demais.
Vincent se levantou. Todo o resto do grupo foi até ele.
- Vincent!! - Gritou Zero.
- Você está bem...? - Perguntou Emily.
Vincent acenou positivamente. Naquele momento...
KA-BUM!!
Uma enorme explosão fez uma rajada de vento passar por todos eles. Era o fim do laboratório.
- Não!! - Gritou Vincent.
- Ela... Ela escolheu isso... - Disse Sérgio.
- Mas...
Vincent cobriu o rosto.
- Ei, Vincent... Não precisa se culpar. - Disse Diana.
- Acho que ela preferiu assim. - Disse Zero.
- Ainda assim... Eu fico triste por ela. - Disse Joel.
O grupo observou o laboratório em chamas enquanto os soldados arrumavam seus equipamentos.
- Mas todos nós sobrevivemos... - Disse Valentina.
- Sim... Nós escapamos da prisão. - Disse Sérgio.
Vincent levantou a cabeça e acenou positivamente.
- Nós sobrevivemos porque ainda temos muito o que fazer em nossas vidas...
ALGUNS DIAS DEPOIS...
O cenário era uma Lan-House. Uma garota usando um capuz e um casaco lilás entrou. Em seguida entregou uma nota no balcão.
- Com licença... Eu preciso usar a internet.
O homem que estava atendendo se virou para ela. Em seguida, pegou a nota e devolveu duas moedas.
- Claro. Fique à vontade.
- Obrigada.
A garota pegou as moedas e guardou em seu bolso. Em seguida foi até um dos computadores e entrou em um site.
- Vejamos... Perfeito.
Em seguida, ela começou a digitar um texto.
"Caros telespectadores... Eu sinto muito que a primeira temporada acabou em um desastre... Eu não sei ao certo o que fiz de errado, talvez escolhi mal os participantes.
Mas não se preocupem! Eu prometo que na próxima temporada eu vou trazer algo bem maior... E vou me certificar de que todos os participantes estejam sob meu controle para que isso não se repita.
Obrigada!"
Após terminar o texto, a garota olhou para o monitor.
- Gatos... Tem sete vidas... Hehehe!!
FIM
.......?
Última edição por Alexandre em Qua Out 25, 2017 10:30 pm, editado 15 vez(es)
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Re: Deathmatch
Ei, eu ainda ouço rádio! Inclusive, estava ouvindo enquanto lia o capítulo xD
Pelo visto, é mais uma história no estilo sobrevivência. Aguardando os próximos capítulos (e o primeiro a morrer xD).
Pelo visto, é mais uma história no estilo sobrevivência. Aguardando os próximos capítulos (e o primeiro a morrer xD).
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Re: Deathmatch
Eder escreveu:Ei, eu ainda ouço rádio! Inclusive, estava ouvindo enquanto lia o capítulo xD.
xD
Coloquei os capítulos em Spoiler pra não ficar muito grande na página. Eu já tenho a fic pronta aqui (Ela é do ano passado na verdade), mas vou postar aos poucos.
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Re: Deathmatch
Capítulo 2 adicionado.
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Re: Deathmatch
Filme Sentimental escreveu:Boa, Alexandre. Eu não esperava entrar aqui e ver fic nova tão cedo.
É... Na verdade essa que eu tô postando eu escrevi no ano passado, mas tá valendo. xD
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Re: Deathmatch
Capítulo 2 lido. Não esperava que a apredentadora fosse parente da Felicia xD
Bom, pelo menos não é o Pedro Bial com seus discursos...
Bom, pelo menos não é o Pedro Bial com seus discursos...
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Re: Deathmatch
Eder escreveu:Capítulo 2 lido. Não esperava que a apredentadora fosse parente da Felicia xD
Bom, pelo menos não é o Pedro Bial com seus discursos...
Eu não tinha pensado nisso! Os discursos do Bial são essenciais. xD
Capítulos 3 e 4 adicionados.
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Re: Deathmatch
A "atitude drástica" da Alma poderia ser o uso dos discursos do Bial xD
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Re: Deathmatch
Eder escreveu:A "atitude drástica" da Alma poderia ser o uso dos discursos do Bial xD
Mas se fosse assim ninguém ia sobreviver até o final. xD
Capítulo 5 adicionado.
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Re: Deathmatch
#ORealityDaAlmaÉUmaFarsa
Será que foi experimento de algum inventor(que criou uma churrasqueira de controle remoto)?
Será que foi experimento de algum inventor
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Re: Deathmatch
Pensei que o Alexandre não tinha postado mais capítulos. Como não aparecia o ícone de novas mensagens, acabei não olhando o tópico (nem percebi que quando o post era editado, não aparecia o tal ícone...).
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Re: Deathmatch
Eu atualizei e esqueci de comentar. xD
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Re: Deathmatch
Agora sim, atualizado com os capítulos 08 e 09.
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Re: Deathmatch
Gostei dos novos capítulos, principalmente, do 9.
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Re: Deathmatch
Eder escreveu:Gostei dos novos capítulos, principalmente, do 9.
Valeu!
Capítulo 10 adicionado. Faltam só mais dois.
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Re: Deathmatch
Bom capítulo.
Tentei pensar em alguma piada com a Zélia Duncan para o final, mas não consegui bolar nada (ainda bem! xD).
Tentei pensar em alguma piada com a Zélia Duncan para o final, mas não consegui bolar nada (ainda bem! xD).
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Re: Deathmatch
Atualizado e terminado.
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Re: Deathmatch
Bom desfecho.
- Spoiler:
- Ela não morreu porque já era Alma e... ignorem!
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Re: Deathmatch
Valeu, Eder!
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