Squarimension - Vidas Abandonadas
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Squarimension - Vidas Abandonadas
Chegou a hora. Eu tinha planejado esse especial para dia 5 de Agosto, mas resolvi adiantar para 3 de Agosto.
Esse roteiro especial foi bolado como um "spin-off" de Squarimension. Preciso avisá-los que os personagesns Ray e Psycho ainda não apareceram na série. Isso ocorreu porque eu estava escrevendo esse especial junto com a segunda temporada.
Resolvi separar em partes para facilitar a leitura.
Esse roteiro especial foi bolado como um "spin-off" de Squarimension. Preciso avisá-los que os personagesns Ray e Psycho ainda não apareceram na série. Isso ocorreu porque eu estava escrevendo esse especial junto com a segunda temporada.
Resolvi separar em partes para facilitar a leitura.
- Spoiler:
- 2002
Esse foi o ano em que nasceu uma dupla. Nasciam dois personagens que viveriam muitas aventuras.
Os irmãos formados por um gênio. Um garoto cheio de imaginação e inteligência. O outro, um tanto atrapalhado e nem sempre
conseguia acompanhar o irmão. Ambos embarcavam em histórias alucinantes, e que algumas vezes, desafiavam a imaginação das pessoas.
2011
Neste ano nasce uma equipe. Um grupo de aventureiros que realizam missões. O grupo formado inicialmente por 4 personagens
viajava o mundo em busca de aventuras e perigos. O herói, quebrou a barreira das dimensões, e agora se encontra em um mundo que ao mesmo tempo é igual sua casa... Mas também esconde mistérios.
A diferença entre esses dois universos... É que um deles nunca existiu.
S Q U A R I M E N S I O N
8:30 DA MANHÃ, SEDE DA SQUARIMENSION, SALA DE REUNIÃO
Todos estavam juntos na sala de reunião, esperando para que Larry chegasse e lhes dessem a nova missão.
SIMON: Eu não entendo essa demora! Quanto mais cedo o Larry trouxer nossas missões, mais rápido terminamos!
FOXY: Ele disse que ia conversar com o líder principal da Squarimension, parece algo sério!
SIMON: Sério ou não, pra mim tanto faz! O que eu quero mesmo é embarcar numa missão!
RAY: Palavras pesadas pra quem raramente completa uma missão com sucesso...
Simon olhou para Ray com desconfiança.
SIMON: E, por acaso alguém aqui é perfeito, Ray?
RAY: Não, mas em matéria de imperfeição, você tem uma leve vantagem.
SIMON: Escute aqui...
PSYCHO: Ei, ei, vocês dois... Por favor, chega!
DIEGO: Ei, pessoal, acho que o Larry está chegando!
Nesse momento, Larry entrou na sala, parecendo meio sério.
DIEGO: Ei, Larry, alguma novidade?
Larry parou em frente a mesa.
LARRY: Sim, eu tenho uma novidade. Inclusive, aproveito para já lhes deixar um novo aviso!
SIMON: Estamos esperando! O que será? Uma perigosa missão em que poucos tiveram chance de sair vivo?
Larry se concentrou.
LARRY: Muito bem... A missão de hoje é... ESTÃO DISPENSADOS!
TODOS: O QUÊ?
Larry passou de sério a furioso.
LARRY: Vocês ouviram bem! Recebi uma notícia da base central de que vocês tiveram muitos erros e prejuizos este mês! Mas
principalmente você, Simon!
RAY: ...E o que foi que eu disse?
SIMON: ...Eu?
Foxy tentou defender Simon.
FOXY: Espere um pouco! Nós somos um grupo! Se alguém tem que arcar com as consequências, então somos todos nós!
RAY: Principalmente o Simon...
Simon olhou para Ray.
SIMON: ...Você me odeia?
Diego começou a falar:
DIEGO: Um minuto! De acordo com nossas últimas pesquisas, a Squarimension continua muito bem vista pela sociedade!
SIMON: Exato! Essa pesquisa mostrou que nossa aprovação é de 86%! É mais do que qualquer filme consegue hoje em dia!
LARRY: Pode ser, mas de acordo com outras pesquisas, essa é a sede que menos colabora com essa porcentagem!
Foxy se levantou.
FOXY: Um momento, Larry!
Larry interrompeu.
LARRY: Já basta! Vocês ouviram, estão dispensados! Fora!
Mesmo abatidos, todos saíram da sala, exceto Simon, que se levantou e foi em direção a Larry.
SIMON: Larry, eu...
LARRY: FORA!
Assustado, Simon saiu correndo da sala. Nesse instante, um pequeno pássaro pousou na janela.
LARRY: FORA!
O pássaro pulou assustado, e saiu voando.
ALGUNS MINUTOS DEPOIS, SALA DE ESTAR
Na sala de estar, Simon sentava-se em um dos sofás, pensativo. No outro sofá estava Diego, lendo um livro intitulado: "Como
parar de ler".
SIMON: ...Diego, quer jogar vídeo-game?
DIEGO: Desculpe, Simon, depois... Estou interessado nesse livro... Ele tem me ajudado bastante.
Simon se levantou.
SIMON: Vou ver se a Ray quer fazer algo.
DIEGO: Vai lá.
Simon caminhou até o quarto de Ray e abriu a porta. Ray estava na escrivaninha, escrevendo em um caderno.
SIMON: Ray, quer fazer algo?
Ray olhou rapidamente para Simon.
RAY: Você não sabe bater na porta?
SIMON: Sim, sei, mas aqui somos todos conhecidos...
RAY: E por acaso eu falei que você pode entrar aqui sem minha permissão?
SIMON: Ah, para com isso! Eu só vim perguntar se você quer fazer alguma coisa, e...
Simon rapidamente desviou do raio que vinha em sua direção.
SIMON: Eu não vou perguntar de novo...
Simon saiu.
SIMON: Eu nunca pensei que ficar sem ter o que fazer fosse tão chato... Vou ver se o Psycho quer jogar xadrez.
Simon caminhou até o quarto de Psycho. Ele pensou em abrir a porta, mas se lembrou do que aconteceu anteriormente, parou e bateu na porta.
PSYCHO: Entre, não precisa bater na porta.
Meio desconsolado, Simon entrou. Psycho estava deitado na cama olhando para o teto.
SIMON: Então... Quer fazer alguma coisa?
PSYCHO: Eu não sei... Eu estou meio preocupado com o Larry... É a primeira vez que vejo ele nervoso daquele jeito.
SIMON: Não se preocupe... Aposto que é uma fase ruim.
Psycho se sentou na cama.
PSYCHO: Será que tem alguma coisa que podemos fazer pra ajudar?
SIMON: Pra ajudá-lo...?
PSYCHO: É... Pra ele se sentir melhor.
Simon pensou um pouco.
SIMON: ...Tipo um pedido de desculpas em nome de todos nós?
PSYCHO: ...Eu pensei numa martelada pra ele perder a memória, mas se essa é sua ideia... Vamos lá.
9:05 DA MANHÃ, SALA DE ESTAR.
Simon reuniu todos na sala de estar.
FOXY: Então, Simon... O que queria com a gente?
SIMON: O plano é o seguinte... Nós vamos inventar um pedido de desculpas para o Larry. Pra mostrar que estamos arrependidos.
de sermos tão medíocres!
DIEGO: Como?
SIMON: Ainda não sei... Por isso chamei vocês! O que podemos fazer pra ele se sentir melhor?
Todos começaram a pensar.
DIEGO: Que tal uma martelada na cabeça? Assim ele perde a memória!
SIMON: Não!
Continuaram pensando.
FOXY: Já sei! Podemos fazer um bolo!
SIMON: Bolo?
PSYCHO! Sim! Aí escrevemos um pedido de desculpas na parte de cima!
SIMON: Não é má ideia! Vamos fazer isso então! Ao trabalho!
10:20 DA MANHÃ, ENTRADA DA SALA DE REUNIÕES.
Todos esperavam o momento certo pra entrar na sala de reuniões. Simon estava em frente a porta. Mais atrás, Diego e Foxy
seguravam o bolo.
SIMON: ...Ele deve estar aqui dentro ainda...
RAY: Abre a porta!
Simon tentou abrir, mas estava trancada.
PSYCHO: Eu resolvo!
Psycho se aproximou da porta e estendeu sua mão em frente a ela por alguns segundos.
PSYCHO: Destrancou!
Todos entraram, exceto Simon e Psycho.
SIMON: Porque você nunca disse que podia destrancar portas?
PSYCHO: Porque eu não sabia ainda!
Diego voltou rapidamente da sala.
DIEGO: Simon, Psycho! Entrem, é urgente!
Os dois entraram na sala de reuniões.
Ao entrar, ninguém acreditava no que via: Larry estava petrificado, como se fosse uma estátua.
SIMON: O... O que aconteceu com ele?
DIEGO: Por favor... Alguém me diga que isso é um monumento em homenagem ao Larry...
Ray se aproximou e olhou direito.
RAY: Bem, se for um monumento... Então está BEM parecido com ele... Parabéns pra quem fez...
Ainda em choque, Foxy começou a falar.
FOXY: Não é possível... Por isso ele não tinha saído daqui ainda.
Nesse momento, um pequeno pássaro amarelo entrou pela janela e pousou na cabeça de Larry.
SIMON: Mas o que é isso...? Algum tipo de doença desconhecida?
DIEGO: Eu nunca fiquei sabendo de ninguém que se petrificou do nada.
PSYCHO: Comigo é pior, porque eu nunca soube de ninguém que se petrificou.
Mais três pássaros entraram pela janela, trazendo gravetos secos.
FOXY: Bem, não podemos ficar aqui admirando a escultura! Demos que dar um jeito de descobrir o que aconteceu, e descobrir
alguma cura.
SIMON: SE É que tem cura.
FOXY: Simon!
SIMON: Que foi?
Os pássaros começaram a fazer um ninho na cabeça do Larry.
RAY: E o que fazemos agora?
DIEGO: Eu vou ver se tenho algum livro de medicina guardado. Pode nos ajudar de repente!
SIMON: Faça isso! Eu vou ver se acho o telefone de algum médico.
PSYCHO: Eu vou ver o que tenho no meu quarto. Também guardo alguns livros de emergência!
Simon correu para a sala de estar, pegou a lista telefônica da estante, e foi até o telefone.
SIMON: Deixa eu ver, deixa eu ver...
Ray e Foxy chegaram.
FOXY: Achou algum médico?
SIMON: Calma, você acha que eu não estou nervoso?
RAY: Eu não acho.
Simon folheou a lista.
RAY: Vou ver se o Diego achou algum livro.
Ray foi até o quarto de Diego.
SIMON: Foxy, volta pra sala de reunião e vê se o Larry reage com alguma coisa.
FOXY: O...Ok...
Foxy voltou correndo pra sala de reunião.
SIMON: Droga, droga... Cadê esse médico...?
Ray voltou do quarto de Diego.
RAY: Simon, vem aqui! Você vai querer ver isso...
SIMON: Espero que seja importante...
Simon se levantou do sofá e acompanhou Ray para o quarto de Diego. Ao entrar lá, levou o maior susto de sua vida: Diego
também estava petrificado. Estava de pé segurando um livro. A pose dele indicava que ele parecia perceber que estava se
tornando pedra.
SIMON: Eu... Eu não acredito!
RAY: Será que é contagioso?
SIMON: Eu... Eu não acredito!
RAY: O que faremos? Avisamos Foxy?
SIMON: Eu... Eu não acredito!
Ray encostou sua mão no braço de Simon e lhe deu um leve choque.
SIMON: O...Obrigado!
RAY: Será que nós avisamos a Foxy?
SIMON: É melhor! Fique aqui e... Não, vem comigo!
Ambos correram de volta para a sala de reuniões. Ao abrir a porta, descobriram o que mais temiam.
SIMON: Não! Foxy!
Foxy também se petrificou. Estava bem ao lado de Larry. Na cabeça de Larry, havia um ninho com um pássaro, e um ovo logo ao lado.
SIMON: Ela também...
RAY: Então sobraram só nós dois... Olha só com quem eu fui restar...
SIMON: Não é possível, Ray... Se fosse uma epidemia, nós ficaríamos sabendo, e... Onde foi o Psycho?
RAY: Disse que ia pro quarto procurar livros de emergência.
Simon já temia o pior.
RAY: Melhor nem irmos lá... Ele já está a um bom tempo quieto.
SIMON: Não... Temos que confirmar.
Os dois foram até o quarto de Psycho. A porta estava fechada. Simon tentou abrir.
SIMON: Tá pesada, me ajuda aqui.
Os dois puxaram com força. Ao abrir, Psycho, que já estava petrificado, caiu no chão em frente a eles.
SIMON: Espera aí, ele se petrificou abrindo a porta?
RAY: Parece.
Simon baixou a cabeça.
SIMON: ...Só restaram nós... Será que também estamos condenados?
Ray não gostava de mostrar preocupação, mas era inegável.
RAY: Olha, Simon... Porque não tentamos sair daqui?
SIMON: Concordo.
Ambos, abatidos caminharam para o corredor principal, em direção a saída.
SIMON: Eu não sei, mas torço para que isso não esteja acontecendo com todo mundo... Se é pelo pior, que seja só com a gente.
Ao olhar em seu lado, Simon quase caiu de susto. Ray já estava petrificada.
SIMON: R...Ray... Mas... Mas você estava...
Simon quase caiu de dor.
SIMON: Minhas mãos... O que está...
Ao olhar em suas mãos, Simon notou que aos poucos estavam se petrificando.
SIMON: Não... Não posso... Eu tenho que ajudar... Arhg...
Aos poucos, Simon se petrificou totalmente.
- Spoiler:
- LOCAL DESCONHECIDO, HORÁRIO DESCONHECIDO.
Simon estava inconsciente.
Aos poucos, conseguiu abrir os olhos. Estava caído.
SIMON: O...Onde estou...?
Ao olhar ao seu redor, descobriu que estava em meio a uma rua. Uma rua com aparência antiga. Porém as casas eram bem construidas, Havia um hotel no meio da parte esquerda da rua. Mas o que mais chamou a atenção de Simon foi o castelo que repousava no horizonte. Era um grande castelo com quatro torres ao seu redor, e uma maior, no centro.
SIMON: Que...Lugar é esse?
Um homem saiu de uma das casas e viu Simon caído. Logo, correu para ajudar.
HOMEM: Ei, meu amigo! Você está bem?
O homem estendeu sua mão, e ajudou Simon a se levantar.
SIMON: Sim, sim, eu acho... Mas pareço meio... Atordoado...
HOMEM: Isso já passa! Mas me diga, você não parece daqui.
Simon se lembrou da petrificação, mas não soube como explicar.
SIMON: Eu... acho que desmaiei...
HOMEM: Venha, eu vou te levar ao hotel. Lá você pode ter algumas informações.
Devagar, o homem levou Simon até o hotel. Ao entrar, Simon reconheceu rapidamente: Todos estavam lá, sentados ao redor de uma das mesas do salão de entrada.
FOXY: Simon!
Foxy correu ao encontro de Simon.
HOMEM: Ah, então vocês se conhecem?
O homem deu algumas batidas nas costas de Simon.
HOMEM: Menos mal! Assim você pode se reerguer. Bem, com sua licensa, preciso ir pra casa!
SIMON: Tudo bem, obrigado!
Foxy e Simon foram até a mesa.
SIMON: Alguém me explica, por favor, o que aconteceu?
LARRY: Ainda estamos tentando descobrir! Então, não fui apenas eu, mas todos vocês se petrificaram?
Todos acenaram positivamente.
LARRY: ...E todos nós viemos para esse mesmo lugar... Não é coincidência.
Simon parou para pensar.
SIMON: Quanto tempo faz que vocês estão aqui?
RAY: Menos de 10 minutos, de acordo com Larry.
Larry confirmou.
LARRY: Sim. E todos acordamos na rua. Então, decidimos vir aqui para conversar. Você demorou um pouco mais para "aparecer".
Simon pensou.
SIMON: Será que... Todos nessa cidade...?
FOXY: ...Também passaram por isso?
LARRY: Precisamos perguntar para alguém.
Nesse momento, o garçom do hotel se aproximou.
GARÇOM: Muito bem, amigos... Posso anotar seus pedidos?
LARRY: Por favor, amigo... Nós somos de longe, e... Bem, não conhecemos bem esse lugar...
Simon cochichou com Psycho:
SIMON: Isso é o melhor que ele sabe fazer?
PSYCHO: Não sei, mas ele é um dos piores turistas que eu já conheci...
O garçom riu.
GARÇOM: Desculpe, amigo, mas isso é impossível. Não existe outra cidade.
LARRY: Como assim, "não existe outra cidade"?
GARÇOM: Oras, simples assim. Essa é a única cidade no mundo, você já devia saber disso.
Todos pareceram confusos.
GARÇOM: Bem, claro, todos sabem que Porto Das Ideias é a única cidade existente, e...
Larry interrompeu.
LARRY: Desculpe, desculpe... Como disse que aqui se chama?
GARÇOM: Porto das Ideias.
O grupo se reuniu.
LARRY: Alguém conhece?
TODOS: Não.
Larry achou que por enquanto, tudo aquilo bastava.
LARRY: Desculpe, esqueça... Por favor, traga 6 sucos.
GARÇOM: Pois não, só um minuto.
O garçom se afastou. Enquanto isso, um quadro na parede chamou a atenção de Simon.
SIMON: Ei... Quem é aquele...?
Um grande quadro na parede do salão mostrava um garoto de aproximadamente 13 anos. Usava uma roupa vermelha bem clara, calças azuis claro, tênis preto e um boné vermelho, com uma fita amarela na parte de trás.
SIMON: Ele parece importante...
PSYCHO: Ei, eu acho já vi esse garoto... Num outro quadro enquanto vinhamos pro hotel.
O garçom chegou trazendo os pedidos.
LARRY: Perdão, amigo, mas... Quem é aquele garoto no quadro?
O garçom olhou para o quadro e riu novamente.
GARÇOM: Hehehe... Vocês devem ter tido uma crise séria de amnésia... Esqueceram o nome do nosso rei.
Simon se assustou.
SIMON: O... Rei?
GARÇOM: Sim... O rei Tom... Ele e seu irmão Bow reinam nossa cidade a um bom tempo. Se estivessem vivos, aposto que seriam bem conhecidos.
Quanto mais o garçom falava, mais confusos eles ficavam.
FOXY: Se estivessem vivos?
O garçom levantou a cabeça e olhou para o quadro.
GARÇOM: Sim... Tom e Bow... Quantas aventuras eles viveriam... Aventuras inesquecíveis... Que grande sucesso eles fariam se
tivessem existido...
Larry não se conteve.
LARRY: Espera só um minuto! Você disse que esse Tom é o rei daqui. Então como ele e seu irmão fariam sucesso se tivessem
existido?
O garçom olhou para Larry.
GARÇOM: Olha... Eu não sei que tipo de amnésia vocês tiveram... Mas qualquer um sabe que esse é o Porto das ideias.
LARRY: Porto das ideias, tá bom... E o que isso significa?
O garçom respondeu todas as dúvidas.
GARÇOM: Esta cidade... Existe apenas para abrigar todas as pessoas que nunca foram para o mundo real. Pessoas que esperam a hora exata de existir.
Larry conseguiu raciocinar.
LARRY: Então o rei... Você... Todas as pessoas dessa cidade... Não existem? Digo, não no mundo real?
GARÇOM: Isso mesmo! As pessoas daqui esperam até que suas vidas estejam totalmente escritas para que possam existir. Enquanto isso, vivemos uma vida secundária nessa cidade, esperando que nossas vidas principais estejam completas. E vocês também. Mas no caso do Rei Tom, aconteceu um acidente, e...
LARRY: Não, espera... Bem... Certo, obrigado.
PORTO DAS IDEIAS, 11:30 DA MANHÃ
Ao saírem do hotel, o grupo começou a debater.
SIMON: Se eu entendi direito... Estamos numa dimensão onde as pessoas aguardam para existir?
LARRY: Sim... Uma cidade formada por pessoas que aguardam a chegada de suas vidas.
Ray começou a pensar.
RAY: É um pouco demais pra mim... Porque não vamos falar com esse... "Rei Tom"? Aliás, o que faz dele o rei desse lugar?
SIMON: É uma boa ideia... Ele pode nos responder muitas coisas.
- Spoiler:
- O grupo se aproximava da estrada para o castelo.
PSYCHO: Eu sei melhor que muitos o que é passar por outra dimensão, mas nunca imaginei um mundo formado por pessoas... Que não existem.
Andando em uma espécie de fila, Simon liderava. Ao olhar para o castelo se aproximando, Simon parou e esticou seu braço.
SIMON: Parem!
Todos pararam repentinamente, trombando um com o outro.
FOXY: Simon... O que foi?
SIMON: Não vamos falar com o rei.
DIEGO: Porque? Não acha que ele vai responder nossas perguntas?
Simon se virou para eles.
SIMON: Não. Acho que algo pior pode acontecer quando revelarmos que não somos dessa dimensão.
Todos pararam para pensar.
LARRY: ...Olhando nesse ponto... Você tem razão.
SIMON: Ao invés disso, vamos voltar pra cidade e buscar mais informações.
PORTO DAS IDEIAS, 1:00 DA TARDE.
Na cidade, Simon parou um pedestre.
SIMON: Com licensa, estamos fazendo uma pesquisa sobre a vida do Rei Tom... Poderia me dizer onde posso achar mais
informações sobre ele?
O pedestre apontou pro outro lado da rua.
PEDESTRE: Na biblioteca. Lá tem vários livros dele.
SIMON: Obrigado.
PORTO DAS IDEIAS, BIBLIOTECA, 1:10 DA TARDE.
Todos se reuniram em uma das mesas, e pegaram alguns livros. Logo, simon se aproximou.
PSYCHO: O que é isso, Simon?
SIMON: O bibliotecário me mostrou esses pequenos cadernos. Cada um deles é um "roteiro".
DIEGO: Falta você explicar o que é roteiro.
SIMON: O bibliotecário me disse que "roteiros" são trechos de vida. É como se antes de existirmos, toda a nossa vida estivesse
escrita nesses pequenos cadernos.
Simon colocou os roteiros na mesa, e pegou o primeiro deles.
SIMON: Ou seja, parte da vida do Rei e seu irmão estão escritos nesses roteiros.
Ray começou a falar.
RAY: Ei, isso está incompleto. Parece que então esses dois não passam de um projeto abandonado.
Simon arrumava os roteiros.
SIMON: Sim. É estranho... Imaginem uma vida que estava sendo escrita e foi... Cancelada.
Larry pegou um dos roteiros.
LARRY: Então, todos esses episódios são trechos da vida do Rei Tom... Interessante.
PSYCHO: Não posso deixar de sentir pena pelo rei...
Simon pensou.
SIMON: Pessoal, tudo isso é interessante, mas ainda precisamos descobrir porque viemos para cá.
Larry pensou.
LARRY: Eu não posso deixar de pensar que o rei tem algo a ver com isso.
Larry se levantou e foi até o bibliotecário.
LARRY: Com licensa, será que podemos levar alguns desses roteiros para estudo?
BIBLIOTECÁRIO: Claro! Só que alguns estão incompletos.
LARRY: Sem problemas.
O grupo foi esperar na rua enquanto Larry pegava os roteiros. Logo, Larry saiu da biblioteca com uma pequena caixa.
LARRY: Consegui os roteiros principais.
DIEGO: Você pode nos explicar como esses roteiros vão nos ajudar?
LARRY: Eu não sei. Mas eu gosto de ler.
Simon olhou para o castelo.
SIMON: ...Será que ele sabe como viemos parar aqui...?
- Spoiler:
- PORTO DAS IDEIAS, 3:00 DA TARDE
Após algum tempo andando pela cidade, o grupo resolve voltar para o hotel. Andavam na mesma ordem de antes, com Simon na frente.
LARRY: Será que agora devemos falar com o Rei?
SIMON: Não sei... Eu não consigo deixar de pensar que ele tem algo a ver com nossa história.
FOXY: Acho que só saberemos quando encontrarmos com ele pessoalmente.
Ao virar a rua, Simon quase trombou com um garoto que vendia jornais.
SIMON: Opa, desculpe, eu não te vi...
GAROTO: Sem problemas. Está interessado em um jornal?
Simon tirou uma moeda do bolso.
SIMON: Sim, por favor!
O garoto entregou um dos jornais, e foi embora.
LARRY: Simon, essa é nossa chance. Tem alguma notícia estranha nesse jornal?
SIMON: Sim! A moeda subiu, amanhã vai chover...
DIEGO: Não esse tipo de notícia!
Simon continuou andando enquanto procurava algo de interesse no jornal.
SIMON: Parece não ter nada suspeito por aqui, e...
Simon parou de repente. Novamente, todos trombaram um com o outro.
RAY: Simon, será que dá pra você avisar quando for parar desse jeito?
SIMON: ...
PSYCHO: Vamos, leia em voz alta pra gente ouvir também!
Simon começou a ler.
SIMON: "O mistério sobre o Rei continua. Essa manhã fazem exatamente 2 meses que o Rei Tom e seu irmão Bow estão trancados
no castelo. Aparentemente, uma vez por semana, eles recebem a visita de um cientista, que leva estranhas peças tecnológicas
para o castelo. Estaria o Rei desenvolvendo uma nova máquina?
Essa semana entramos em contato com o Dr. Eduard, cientista que visita o castelo. De acordo com ele, o Rei fez os pedidos,
mas não especificou o que estaria fazendo com toda aquelas máquinas."
Larry raciocinou.
LARRY: Vejam... Isso é muito suspeito.
SIMON: Parece praticamente confirmar nossas suspeitas.
DIEGO: Mas, se foi realmente o Rei que nos trouxe pra cá... Então ele já sabe que estamos aqui...
Todos ficaram em silêncio por alguns instantes.
SIMON: Precisamos pensar melhor antes de agir.
FOXY: Concordo. Por enquanto vamos só voltar para o hotel.
- Spoiler:
- PORTO DAS IDEIAS, HOTEL, 6:00 DA TARDE.
O grupo se reunia novamente numa mesa do salão do hotel, exceto Simon.
LARRY: Parece que somos os únicos "estranhos" nessa cidade.
FOXY: Isso me leva ainda mais a desconfiar das máquinas que o Rei estaria construindo.
PSYCHO: Alguém viu o Simon?
LARRY: Ele deve estar no quarto.
PSYCHO: Vou ver o que ele está fazendo...
Psycho subiu as escadas do hotel e foi até o quarto de Simon. Ao entrar, encontrou o mesmo deitado na cama, lendo um dos
roteiros que Larry trouxe da biblioteca, enquanto os outros repousavam ao lado da cama.
PSYCHO: Ei, Simon, o que está fazendo?
Simon respondeu sem tirar os olhos do caderno.
SIMON: Estou estudando esses roteiros. A maioria está bem escrito, não entendo como puderam ficar apenas na imaginação.
PSYCHO: ...Acha que nós temos algo a ver com isso?
Agora, Simon colocou o roteiro que estava lendo junto aos outros e olhou para Psycho.
SIMON: ...Como assim?
PSYCHO: Pensa bem: Se foi realmente o Rei que nos trouxe pra cá, e seus roteiros ficaram apenas na imaginação... Poderíamos de repente ser os responsáveis por ele nunca existir... Sei lá, é uma hipótese válida.
Simon pensou seriamente nas palavras de Psycho.
PORTO DAS IDEIAS, HOTEL, 1:30 DA MANHÃ.
Todos dormiam, cada um em seu quarto. Durante a madrugada, Ray acordou ouvindo estranhos barulhos vindo de fora do quarto.
RAY: ...O que é isso...?
Ray se levantou e olhou pela janela, mas tudo que viu foi uma bola de feno atravessando a rua.
RAY: Melhor eu ver o que está acontecendo...
Ao sair do hotel, encontrou a rua deserta. Caminhou um pouco até parar na esquina. Olhou para os dois lados, mas não viu
ninguém.
RAY: Acho que estou imaginando coisas...
De repente, sentiu algo estranho. Como se alguém estivesse correndo pela rua atrás dela. Virou-se rapidamente mas não viu
nada.
RAY: ...Tem alguém aqui? Melhor dizer logo!
Mas ninguém respondeu. Novamente, teve a impressão que alguém se aproximava, mas dessa vez estava mais perto.
PORTO DAS IDEIAS, HOTEL, 8:00 DA MANHÃ
Todos já estavam na mesa de encontro, enquanto Simon chegava.
PSYCHO: Simon, você viu a Ray?
SIMON: Não... E eu não vou ver se ela está no quarto dela.
DIEGO: Não, ela não está... Já procuramos por lá.
Simon se sentou.
SIMON: Eu a conheço, logo ela aparece.
LARRY: Psycho nos contou sobre a ideia que teve... Na verdade, considero bastante válida.
SIMON: Então você também acha que podemos ter algo a ver com o fato do Rei não existir?
FOXY: Ele nos trouxe pra cá por algum motivo, e eu não consigo pensar em outro.
SIMON: Será que não estamos sendo precipitados?
Nesse momento, o garçom se aproximou de Simon.
GARÇOM: Posso anotar seu pedido, cavalheiro?
SIMON: Ah, sim... Me traz um sanduiche de queijo e um suco de laranja.
GARÇOM: Imediatamente, senhor.
O garçom se afastou.
LARRY: Na verdade, acho estranho que o Rei não tenha se manifestado sobre a nossa presença por aqui.
PSYCHO: Talvez ele ainda não saiba...?
DIEGO: Sim! Talvez ele pense que sua experiência em nos trazer pra cá falhou.
SIMON: ...Ou talvez ele nem pretendesse nos trazer pra cá.
LARRY: Como assim?
O garçom trouxe o pedido de Simon.
SIMON: Obrigado! Pensem: Talvez foi um erro ele nos trazer para esse mundo.
LARRY: Realmente... Pode ser um acontecimento acidental.
Simon falava enquanto comia.
SIMON: De qualquer modo... Acho que será inevitável falarmos com ele.
FOXY: Tem razão. E quanto mais demorarmos, mais tarde voltaremos pra casa.
Simon começou a beber seu suco, quando de repente viu um objeto pontudo atingir o fundo do copo.
SIMON: Gasp! O que aconteceu?
Ao abaixar o copo, Simon viu uma flecha cravada no fundo.
DIEGO: Simon, pode dizer que nasceu de novo! Uma flecha atingiu em cheio o seu copo!
FOXY: Vejam! Tem um papel grudado nela!
Ainda assustado, Simon pegou a flecha e retirou o papel.
PSYCHO: Vamos, o que diz aí?
Simon começou a ler.
SIMON: "Atenão! Se você quiser a garota de volta, venha até o castelo real Encontrar-se com o Rei hoje a noite.
Venha sozinho se não quiser que nada de mal aconteça com ela! Você foi avisado!
PS: Você é o Simon, né? Se não for, desculpe, foi engano..."
Simon colocou o papel sobre a mesa.
SIMON: Acho que isso conclui tudo...
FOXY: Então a Ray foi sequestrada! Temos que fazer algo...
Simon interrompeu.
SIMON: Não! Ele quer que eu vá sozinho! É melhor que seja assim!
DIEGO: Mas não sabemos o que o Rei quer! Temos que pensar com muito cuidado!
O clima tenso começava a tomar conta do local, mas Simon já tinha a resposta.
SIMON: Eu vou sozinho. A Ray pode estar em sério perigo.
Todos concordaram que não havia outra escolha.
- Spoiler:
- HOTEL, QUARTO DO SIMON, 4:00 DA TARDE.
Simon estava deitado em sua cama, lendo mais um dos roteiros, quando Larry entrou.
LARRY: Simon, posso falar com você?
Simon não tirou os olhos do caderno.
SIMON: Pode.
Larry se aproximou. Simon estava deitado de costas para ele.
LARRY: Eu... Eu achei muito corajoso de sua parte se oferecer para salvar a Ray.
SIMON: Eu não tive escolha... Mas se tivesse, garanto que iria do mesmo jeito.
Simon não percebeu, mas Psycho e Diego estavam na porta observando. Larry olhou para eles, e Diego fez um gesto indicando
para que Larry disesse algo.
LARRY: Bem, Simon... Eu... Eu vim dizer que...
SIMON: Sim? Pode dizer.
Psycho e Diego conversavam em voz baixa na porta.
PSYCHO: É tão difícil assim pedir desculpas?
DIEGO: Pro Larry é.
Larry não parecia encontrar palavras.
LARRY: Olha, eu... Eu vim...
Simon se virou para ele, e Diego e Psycho se esconderam.
SIMON: Eu estou esperando.
LARRY: ...Tá bom, tá bom, eu vim pedir desculpas por ter dito aquelas coisas horríveis para você ontem!
SIMON: ...Tudo bem...
Larry se sentiu mais aliviado.
LARRY: Bem... Então... O que você planeja fazer quando encontrar o Rei?
Simon pensou.
SIMON: Ainda não sei.
LARRY: Entendo... Olha Simon... Mesmo você tendo causado tantos prejuizos na base, ter derrubado dois aviões, e quase
detonado uma bomba atômica no país por acidente, eu preciso lhe dar os parabéns pela sua coragem.
SIMON: Obrigado!
Lá fora, Diego e Psycho conversavam.
DIEGO: Pronto! Ele já pediu desculpas!
Psycho tirou um cronômetro do bolso, e o parou.
DIEGO: Quanto tempo?
PSYCHO: 1 Minuto e 37 segundos! Ganhei!
Diego baixou a cabeça.
DIEGO: Droga!
SALÃO DO HOTEL, 5:00 DA TARDE
Estava quase chegando a hora de Simon partir para o castelo. O grupo fez uma última reunião.
FOXY: Simon, tome muito cuidado!
SIMON: Pode deixar!
DIEGO: E haja o que houver, nunca olhe para trás!
SIMON: Por que?
DIEGO: ...Eu não sei, mas todo mundo diz isso.
Ninguém conseguia esconder a preocupação.
PSYCHO: Você vai desarmado?
SIMON: Não posso chegar lá com armas. Eles podem me atacar. Além do mais, não trouxemos nada da base, lembra?
- Spoiler:
- ENTRADA DO CASTELO, 6:00 DA TARDE
Simon e o grupo se aproximaram dos grandes portões de madeira do castelo.
SIMON: Bem, pessoal, a partir daqui eu irei sozinho.
DIEGO: E lembre-se, não peça autógrafos!
FOXY: E tenha muito cuidado, não sabemos quais são as intenções dele...
SIMON: Podem deixar.
O grupo partiu, deixando Simon em frente ao portão.
SIMON: E agora, o que eu faço? Abra-te-portal...?
O portão continuou fechado.
SIMON: Talvez cancelaram a visita, ou...
Em instantes, o portão começou a se abrir lentamente. Em cerca de 20 segundos, estava completamente aberto. Simon entrou
devagar.
Ao entrar, deparou-se com um salão de entrada, contendo uma escadaria no final do corredor, que se dividia para a esquerda
e para a direita. Simon se aproximou.
SIMON: E agora, para onde eu vou...?
Ao olhar ao redor, encontrou uma placa dizendo: "VÁ PELA ESQUERDA".
Simon subiu a escadaria esquerda. Lá em cima encontrou duas portas.
SIMON: E agora... Será que é por essa porta?
Ao olhar ao redor, encontrou outra placa, dizendo: "SIM, É ESSA MESMO".
Simon entrou, atravessou um corredor vazio, e chegou a uma escadaria no final.
HOTEL, SALÃO PRINCIPAL, 6:20 DA TARDE.
No hotel, todos estavam preoucupados com Simon.
FOXY: Essa ansiedade me mata! Preciso saber se Simon está bem!
DIEGO: Calma, Foxy! Ele já disse que gosta de aventuras perigosas.
FOXY: Sim, mas ele não sabe reconhecer um perigo verdadeiro!
Enquanto isso, Larry olhava pela janela.
LARRY: ...Se pelo menos eu tivesse ido no lugar dele...
DIEGO: Não diga isso, Larry! Precisamos de um líder no nosso grupo!
FOXY: Diego!
DIEGO: O que foi?
CASTELO DO REI TOM, ESCADARIA, 3ºANDAR, 6:25 DA TARDE.
Simon continuava subindo as imensas escadarias do castelo. Até que finalmente encontrou uma porta.
SIMON: E agora? Será que eu entro aqui?
Ao lado da porta havia um papel escrito: "SIM, PODE ENTRAR". Simon abriu a porta e encontrou outro corredor.
SIMON: Essa não... Corredores, escadas, corredores... Quando isso vai acabar...?
Porém, Simon notou que não se tratava de um corredor qualquer. Nele, haviam vários quadros espalhados pelas paredes. Ao
observá-los, Simon notou que se tratavam de quadros retratando as aventuras de Tom e Bow.
SIMON: Espera aí... Eu já vi essa imagem... É do episódio 1. E aquela... Do episódio 26...
Enquanto avançava no corredor, Simon admirava os quadros que eram iluminados por tochas. O ambiente frio e escuro não
combinava muito com as imagens alegres e divertidas.
SIMON: Será que eu estou chegando...? Já estou cansado desse castelo.
Para a tristeza de Simon, no final do corredor havia mais uma porta.
SIMON: Ah, não... Eu não aguento mais portas!
Mas para sua surpresa, essa porta era diferente: Era bem maior que as anteriores, e estava cercada por tochas. No chão, havia
um tapete vermelho que atravessa a porta por baixo.
SIMON: Espere... Será que aqui é...
Ao encostar na porta, percebeu que não estava trancada. Empurrou com força, e ela se abriu para ambos os lados. Ao olhar para dentro, encontrou uma grande sala. E em frente a janela, viu alguém parado de costas. Ao observar melhor, percebeu
imediatamente de quem se tratava.
SIMON: ...Tom...?
- Spoiler:
- HOTEL, SALÃO PRINCIPAL, 6:45 DA TARDE.
O clima continuava tenso no hotel.
PSYCHO: Pessoal, digam alguma coisa! Parece que estamos esperando uma notícia de falecimento!
TODOS: Cala a boca!
Psycho ficou mudo.
DIEGO: Eu espero que tudo esteja bem...
PSYCHO: A essa altura ele já deve ter encontrado o rei.
FOXY: Então vamos torcer para que estejam resolvendo tudo numa conversa.
Larry foi novamente até a janela, e observou o castelo.
LARRY: Simon... Não vá falhar agora...
CASTELO DO REI SIMON, SALA REAL, 6:48 DA TARDE
Simon e Tom estavam frente a frente, se encarando.
SIMON: Eu já sei que foi você que nos trouxe pra cá.
TOM: ...Como você diz isso com tanta certeza?
SIMON: As noticias, o fato de sermos os únicos estranhos por aqui, os seus roteiros... Tudo me leva a crer que você causou
a minha chegada a esse lugar. Agora me explique o porquê!
Tom se mantinha calmo enquanto falava.
TOM: Muito bem observado... Sim, de fato fui eu quem trouxe a Squarimension pra cá. Intencionalmente.
SIMON: ...Intencionalmente?
Tom caminhou até a janela.
TOM: Você já percebeu em que mundo veio parar, não?
SIMON: Sim... É um mundo onde vivem as pessoas que aguardam seu nascimento no mundo real.
Tom baixou a cabeça.
TOM: Então você já sabe que eu não existo!
Simon achava aquilo tudo muito estranho. Como era possível que uma pessoa que não existia estivesse bem ali, em sua frente?
SIMON: Sim. Mas eu existo! Eu não pertenço a esse mundo!
Tom se virou novamente para Simon, e o encarou com um olhar sombrio.
TOM: Exatamente... E foi aí que começaram os meus planos de lhe trazer pra cá...
SIMON: ...?
HOTEL, SALÃO PRINCIPAL, 6:55 DA TARDE.
PSYCHO: Já faz quase uma hora que ele foi.
Foxy não aguentou e foi até a saída do hotel.
LARRY: Foxy, aonde você vai?
FOXY: Eu não aguento mais! Vou atrás do Simon!
DIEGO: Mas e quanto ao trato? E se algo acontecer com a Ray?
FOXY: ...Eu só sei que não posso mais ficar aqui sem fazer nada!
Foxy saiu do hotel, e todos foram atrás dela.
LARRY: Foxy, espere!
CASTELO DO REI TOM, SALA REAL, 7:00 DA NOITE.
SIMON: Você vai ter que me explicar isso direito! O que o fato de você não existir, e eu existir, fez com que você me
trouxesse para cá?
TOM: Uma coisa de cada vez...
SIMON: Sim, uma coisa de cada vez... E primeiro você vai me responder o que eu perguntei!
Tom começou a caminhar em volta de Simon.
TOM: Sabe... Algumas pessoas surgem nessa dimensão, e esperam um bom tempo até realmente existirem... Alguns esperam cerca
de 9 meses... Outros demoram um pouco mais, ou um pouco menos... Mas eu... Eu estou aqui a exatamente 9 anos!
Simon se surpreendeu.
SIMON: Você... Você está aqui a 9 anos? Mas isso quer dizer que você está aqui desde...
TOM: ...Desde 2002.
Simon começou a se interessar na conversa.
SIMON: 2002... Mas então... Porque você nunca saiu da ideia? Você tem tantos roteiros.
TOM: Sim, foram muitos roteiros... Muitas ideias... Mas logo... Uma pessoa surgiu em meu caminho, tomando meu lugar no mundo real... Essa pessoa é você, Simon!
Simon ficou em choque com essa revelação.
- Spoiler:
- SIMON: Eu? É minha culpa que você não exista?
Tom parou de andar ao redor de Simon.
TOM: Deixa eu te explicar uma coisa, Simon... Imagine o nosso mundo como um local formado de ideias e realizações...
Simon estava ficando confuso com as explicações de Tom, mas tentou raciocinar.
TOM: Nós não passamos de ideias, Simon. Tanto eu quanto você somos ideias criadas em um outro mundo, paralelo ao nosso.
Neste mundo, vivemos uma vida substituta enquanto não estamos prontos para ir até a outra dimensão.
Simon tentou acompanhar o raciocínio.
SIMON: Seguindo essa lógica... Você quer dizer que eu sou uma ideia que deu certo... E você não?
Tom acenou positivamente.
TOM: Exato!
SIMON: Tá bom, não vou pedir pra você explicar melhor... Mas porque eu sou culpado de você não existir no meu mundo?
Tom se virou para a janela.
TOM: Quando eu fui criado em 2002... Eu não estava perfeito.
SIMON: Não estava... Perfeito?
TOM: Minha vida não estava formada por completo. Eu possuia muitos "enredos", que é o que vocês em seu mundo chamam de "acaso".
Simon começou a entender.
SIMON: Então, tudo que acontece em nosso dia-a-dia...?
TOM: ...Estava escrito nos enredos, antes de vocês nascerem. Quando você nasce, significa que todos os seus enredos estão
completos. Da sua vida até a sua morte, está tudo escrito, e em execução.
Simon compreendeu.
SIMON: Mas... Eu vi vários enredos que te pertencem... Espere... Sim, alguns estavam incompletos, mas mesmo assim...
TOM: ...Até esse ano, muitos de meus enredos ainda estavam sendo planejados. Minha vida continuava sendo escrita. Até que
aconteceu...
SIMON: O que aconteceu?
Tom se virou para Simon.
TOM: ...Você aconteceu!
Simon novamente entrou em choque.
SIMON: ...Eu aconteci?
TOM: Esse ano, algo que nunca aconteceu foi presenciado: Você quebrou a barreira dimensional, e passou para um mundo que não lhe pertence.
Simon se lembrou do avião, e da chegada na Squarimension.
SIMON: ...Sim, faz sentido... E então?
TOM: Eu estava programado para ser lançado em seu mundo... Mas não pude.
SIMON: Porque?
TOM: Quando você quebrou as dimensões, inventou uma outra realidade. Você agora vive em sua nova dimensão, e... acabou
cancelando a minha vida... E do meu irmão.
Simon achou aquilo estranho.
SIMON: ...Como assim?
TOM: Você conseguiu o que parecia impossível: Mudou seus roteiros.
SIMON: Mudei meus roteiros?
TOM: Uma pessoa não pode alterar seu destino em sua dimensão... Mas você, Simon... Foi pra outra dimensão... E tomou meu lugar!
E do meu irmão também.
Simon começou a se confundir.
SIMON: Olha, Tom, eu não sei se compreendo tudo que você está dizendo... Mas eu não pude prever o meu destino!
TOM: Eu sei... Mas podemos corrigir tudo isso.
SIMON: ...Como?
TOM: Simples... Agora entra a parte em que eu trago você pra cá.
Essa era exatamente a parte que interessa a Simon.
SIMON: Bem, pode dizer então.
TOM: Como você já entrou em sua dimensão atual, levar você de volta para a antiga não vai adiantar nada. E não há uma forma de voltar no tempo... Pelo menos não no mundo real.
SIMON: E o que você pretende fazer?
TOM: Eu vou te deixar aqui, e tomar seu lugar.
Simon não acreditou no que ouviu.
SIMON: O quê?
TOM: É isso mesmo... Você leu os jornais?
SIMON: Sim!
TOM: Então já sabe que eu passei os últimos meses ocupado... Trabalhando secretamente em uma invenção.
Simon já imaginava o resto da história: Tom os trouxe para esse mundo, e os deixou petrificados no outro.
SIMON: Sim.
TOM: Acontece que eu criei uma máquina que permite viajar entre os dois mundos. Acho que você já deduziu o resto.
Mesmo apavorado pra pensar, Simon conseguiu deduzir todo o resto.
SIMON: Tom, escute... Eu sei que eu atrapalhei sua existência... Mas isso nunca foi minha intenção.
Tom se afastou.
TOM: Perfeitamente. E eu só estou tentando corrigir um grande erro que nunca deveria ter ocorrido.
Simon ficou nervoso. Foi até o canto da parede e pegou uma pedra que estava no canto.
SIMON: Quer saber? Você é louco, isso sim!
Simon arremessou a pedra em direção a Tom, que ficou imóvel. A pedra caiu na metade do caminho.
TOM: Naturalmente isso lhe parece injusto. Mas não é. Não vou negar... Meu único ato "sujo" foi sequestrar aquela menina para
lhe atrair para cá...
Só então Simon se lembrou.
SIMON: Ray! Onde ela está?
TOM: Não se preocupe, ela está bem. Bow a levou para a prisão, e está vigiando-a.
Simon ficou aliviado ao saber que Ray estava bem.
- Spoiler:
- TOM: Eu não queria que acabasse assim, Simon... Mas não tenho escolha.
SIMON: Isso é loucura! Você não está parecendo nada com o que seria se existisse no mundo real... Você era inteligente, era
divertido, tinha muito interesse em aprender...
Tom falou com um ar mais sério.
TOM: Mas eu não existo. Pelo menos não ainda. Venha comigo.
Tom foi até a escadaria do castelo, que Simon já conhecia bem. Foram subindo até chegar ao terraço. De lá, era possível ver
toda a cidade. O céu estava escuro e sem estrelas, e havia uma forte ventania que balançava as roupas de Simon e Tom.
Tom se aproximou da beirada do terraço.
TOM: Está vendo toda essa cidade? Sabe porque eu sou o rei daqui?
SIMON: Sim, eu sei... Você manda em tudo aqui.
TOM: Esses 9 anos me ensinaram muita coisa. A maioria das pessoas não passa de 2 anos aqui... Mas comigo foi diferente, Simon!
Eu passei muito tempo esperando meus enredos.
SIMON: Já sei, e nesse tempo você conseguiu dominar esse lugar.
Tom se virou para Simon.
TOM: Sim. Eu sou a pessoa mais antiga desse lugar. As pessoas dessa cidade esperam o momento que seus roteiros estejam
completos... Mas o meu nunca estará. Por isso eu sou o rei daqui... Eu nunca vou existir. Ficarei preso aqui para sempre!
Simon levou um choque.
SIMON: Entendo... Como sua vida foi cancelada, você nunca mais vai sair dessa cidade... Você é o Rei... Porque é imortal
por aqui!
Tom caminhou até uma das paredes do terraço, onde havia um escudo com duas espadas ao redor. Tom pegou as duas espadas e jogou uma perto de Simon.
TOM: Simon... Você não pertence a sua dimensão. Eu não pertenço a esse mundo. Vamos mudar isso de uma vez por todas. Vamos decidir quem merece ir para seu lugar!
Simon pegou a espada do chão.
SIMON: Tom... Eu li quase todos os seus roteiros... eu vi muitas das suas aventuras... Mas se você quer resolver isso dessa
forma...
Tom apontou a espada para Simon.
TOM: Vamos ver quem é o melhor agora, Simon!!!
Tom avançou em direção a Simon, desferindo um corte com a espada. Simon bloqueou o ataque. Ambos ficaram cara a cara.
TOM: Esses 9 anos nesse mundo me serviram para muita coisa.
SIMON: Sério? Gostaria de passar mais uns 9 anos aqui para aprender mais?
Ambos puxaram a espada para trás e se afastaram.
TOM: ...Ainda é dificil saber que eu estou de frente com o ser que impediu minha existência...
SIMON: Eu não sei o que dizer... Não pude prever nada disso! Você acha que eu queria te impedir de existir?
TOM: Cale-se!!
Tom correu novamente para o ataque. Simon golpeou ao mesmo tempo, chocando as espadas. Foram várias colisões entre as
espadas. Nesse momento, o grupo de Simon chegou ao terraço.
FOXY: Simon!
Simon continuava se defendendo dos ataques de Tom.
SIMON: Foxy! Fique longe!
Tom se afastou de Simon.
TOM: Squarimension... Essa é sua nova família, não é, Simon?
SIMON: Eles são meus amigos! E o negócio é entre nós dois!
TOM: Você está certo...
Novamente, ambos correram para o ataque. O grupo da Squarimension se afastou, enquanto observava os vários golpes consecutivos que causavam vários choques e sons entre as espadas.
PSYCHO: Precisamos fazer algo! Eles vão acabar se machucando!
DIEGO: Mas o que vamos fazer? Eles não vão parar!
LARRY: Meu Deus... Espero que nada de mal aconteça...
A dupla avançava e recuava constantemente. Tom quase atingiu Simon, mas o mesmo desviou pulando para trás. Simon jogava mais
para se defender do que para atacar, enquanto Tom era praticamente todo ofensivo.
TOM: Divertindo-se?
SIMON: Sim, na verdade estou gostando desse duelo!
TOM: Isso ainda pode melhorar!
Nesse momento, vários raios começaram a cair do céu. Uma leve chuva começou.
TOM: Que coisa... Eu odeio chuva enquanto luto.
SIMON: Porque...? Isso te deixa mais fraco?
TOM: Não... Mas não gosto de molhar minha roupa!
A luta continuava.
FOXY: Quanto tempo isso vai durar?
DIEGO: Não sei, mas está muito legal!
LARRY: Psycho, você não pode remover as espadas deles?
PSYCHO: Poderia, mas tenho medo de fazer com que um acerte o outro.
A dupla de lutadores começava a recuar enquanto atacavam. Até que Simon percebeu que estava indo para o fim do terraço.
SIMON: Isso não é bom, se eu não contra-atacar, eu vou acabar caindo.
TOM: E então, Simon?
SIMON: Hora de lutar de volta!
Simon concentrou sua força, e golpeou fortemente a espada de Tom, fazendo o mesmo recuar três passos.
TOM: Olha só... Resolveu atacar de volta?
Foxy resolveu gritar.
FOXY: Parem com isso! Essa luta não vai acabar bem!
Mas os dois pareciam não ouvir mais nada.
TOM: Essa luta está muito boa! Pena que Bow não está aqui pra ver isso. Ele adora lutas, sabe?
SIMON: Sei, li num dos roteiros.
Novamente, ambos partiram para a luta. Mas para Foxy, isso era o suficiente. Ela correu em direção a eles.
LARRY: Foxy, não faça isso!
DIEGO: Volte pra cá, eu não sei o que você está pensando, mas não vai dar certo!
PSYCHO: Eles estão praticamente em transe.
Foxy correu em direção aos dois, e no momento oportuno, se lançou no meio deles.
FOXY: Parem!!!
Ambos recuaram. Estavam exaustos.
FOXY: Lutar não vai resolver nada.
Tom falou ofegante.
TOM: Parece... Que você conseguiu bons amigos, Simon... Eles... Não querem te ver derrotado!
SIMON: Pois é... Você quer... Alguns amigos pra você?
TOM: Eu estou legal...
Foxy começou a acreditar que as coisas estavam melhorando.
FOXY: Vocês dois, larguem as armas! Agora!
Tom começou a falar.
TOM: O que você acha, Simon?
SIMON: Primeiro você.
Ambos estavam hesitantes em largar as espadas.
TOM: Às vezes eu acho que o melhor a fazer é esquecer as diferenças...
SIMON: Concordo.
TOM: Mas sabe de uma coisa... Às vezes não conseguimos controlar nossos pensamentos...
Tom correu novamente empunhando a espada em direção a Simon, mas o mesmo desviou. Tom perdeu o equilibrio e caiu do terraço.
SIMON: Essa não!
Simon correu para a mureta. Ao olhar para baixo, encontrou Tom se segurando em uma fresta entre alguns tijolos.
SIMON: Rápido, me dê sua mão.
Tom riu.
TOM: Hehe... O velho momento em que o individuo quer salvar a vida de quem tentou acabar com ele...
SIMON: Não é hora pra falas filosóficas, me dê sua mão logo!
Tom viu que não tinha escolhas e estendeu sua mão. Tom o pegou e puxou de volta para o terraço. Tom se sentou na beirada
da parede.
FOXY: Você está bem.
TOM: ...Sim...
Por segurança, Psycho atraiu as duas espadas.
PSYCHO: Eu fico com isso por enquanto. Vocês não estão em condições de continuar essa loucura.
Tom se levantou.
TOM: Essa pergunta é meio clichê, mas porque você me salvou?
Simon riu levemente.
SIMON: Se você caísse, eu nunca ia saber onde a Ray está.
Tom baixou sua cabeça.
SIMON: E eu não queria que você caísse.
Diego começou a falar.
DIEGO: Tudo isso é muito legal, mas podemos saber onde está a Ray?
Tom respirou fundo, ainda cansado da luta.
TOM: Venham, eu vou levar vocês até ela.
- Spoiler:
- CASTELO DO REI TOM, ESCADARIAS.
Tom guiava o grupo pelas escadarias, descendo até o subterrâneo do castelo.
SIMON: Porque você não construiu um elevador nesse castelo?
TOM: Já pensei nisso, mas não vale a pena.
Chegando no último andar do subsolo, Tom pegou um molho de chaves em seu bolso. Após procurar entre umas chaves, encontrou a que queria.
SIMON: Ray está aqui?
TOM: Sim! É a prisão do castelo.
Tom abriu a porta. Logo, atravessaram um corredor, chegando a outra porta. Tom bateu três vezes na porta.
TOM: Bow, pode abrir! A prisioneira está liberada!
A porta se abriu. Logo, um garoto com aparentemente 12 anos, usando uma camisa preta com uma caveira de pirata desenhada, e calças azuis surgiu.
SIMON: Ei, você é Bow, o irmão de Tom não?
BOW: Exatamente!
TOM: Bow, onde está a Ray?
BOW: Ela está na última cela da direita.
TOM: ...Não era mais fácil você colocá-la na primeira sala? É a primeira prisioneira que fazemos!
BOW: É que seu eu falo "Última cela da direita", dá a impressão de que somos mais radicais.
TOM: ...Certo... Vamos!
O grupo caminhou até o fim do corredor de celas. Assim como Bow disse, na última cela da direita estava Ray, com os braços
cruzados, e com a perna direita apoiada na parede.
SIMON: Ray! Você está bem?
Ray levantou a cabeça e olhou para Simon.
RAY: Pra quem foi sequestrada, até que estou.
SIMON: Não se preocupe! Eu vim aqui para te salvar!
Ray não demonstrou nenhuma animação com o que Simon disse.
SIMON: ...Vamos lá... Pelo menos uma reação de alegria!
Tom abriu a cela.
TOM: Está livre!
SIMON: Exato, Ray! Após uma longa luta contra Tom, tendo uma difícil vitória, consegui te libertar!
FOXY: Isso é verdade! Mas ele distorceu um pouco...
Ray saiu da cela, e ficou em frente a Simon.
SIMON: Vamos lá, Ray! Eu não sou tão inútil assim.
Foxy começou a falar.
FOXY: Melhor desistir, Simon! O coração dela é como uma rocha.
RAY: Não é verdade.
Tom foi até a saída da cadeia.
TOM: Vamos, lá fora é melhor que esse lugar.
Todos seguiram Tom, exceto Simon, que baixou sua cabeça.
SIMON: ...
Ray começou a caminhar em direção a saída. De repente, parou por um momento, e voltou até Simon.
RAY: ...Na verdade, eu reconheço que você arriscou sua vida vindo me salvar. Obrigada.
Ray saiu sem dizer mais nada.
SIMON: ...Isso foi quase um... "Obrigada por ter salvo minha vida, meu herói Simon...". Puxa, agora sim eu estou feliz.
Bow, que estava próximo a porta, se aproximou de Simon.
BOW: Na verdade, parece que ela não disse mais do que a obrigação.
SIMON: E o que você sabe sobre atos heróicos?
BOW: Bem, não muito, mais...
SIMON: Hehe... A partir de hoje, vou me auto-proclamar "Simon - O herói da Squarimension"!
Simon foi até a saída.
BOW: ...Tá bom...
- Spoiler:
- CASTELO DO REI SIMON, LABORATÓRIO.
O grupo se reuniu no laboratório do castelo. Finalmente, puderam observar a grande máquina que Tom havia construido durante esse tempo.
TOM: Infelizmente, essa máquina só pode mandar pessoas do mundo real pra cá. Vocês ficarão presos aqui pra sempre.
TODOS: O QUÊ??
TOM: Brincadeira!
Todos ficaram aliviados.
SIMON: Então... Isso vai nos levar de volta pra casa?
LARRY: Essa máquina é incrível! Eu nunca imaginei que veria algo tão complexo assim!
TOM: Bem, a máquina está pronta. É hora de vocês voltarem.
Larry começou a falar.
LARRY: Já sei! E nenhum de nós vai se lembrar de nada que aconteceu nessa dimensão, e...
TOM: Claro que vão! De onde você tirou essa ideia?
LARRY...
A máquina começou a liberar descargas elétricas, e criou um portal em frente a eles.Um a um, o grupo se despediu de Tom e
Bow e entraram no portal.
TOM: Sua vez, Simon...
Simon parecia pensativo.
SIMON: Tom... Eu não sei o que dizer... Pensei muito naquela história de ter tomado seu lugar no mundo real...
TOM: Simon, depois que vi melhor a relação entre você e seus amigos, e os seus atos em relação a eles, percebi que a sua vida
naquela dimensão vale a pena.
SIMON: Sim, pode ser, mas...
TOM: Acho que o seu lugar é lá, no mundo real. Aqui você não teria muito o que fazer. Além do mais, esse lugar não é de todo
mal.
Simon parecia meio insatisfeito. Em seguida, pegou um dos roteiros que havia guardado em seu bolso antes de sair do hotel.
TOM: O que é isso?
SIMON: É um dos seus roteiros.
TOM: Ah sim. Obrigado, mas pela capa, acho que já li esse.
Ambos riram.
SIMON: Na verdade, eu queria lhe perguntar se posso levar este roteiro comigo.
TOM: Claro. Roteiros incompletos são inúteis por aqui.
SIMON: Eu queria uma lembrança sua. Por favor, pode autografar?
Simon pegou uma caneta no bolso.
TOM: Espera um pouco, quantas coisas cabem no seu bolso?
Simon pensou um pouco.
SIMON: Sabe que eu nunca contei?
Tom pegou a caneta e assinou o caderno. Bow que estava ajustando a máquina, correu até eles.
BOW: Ei, e eu? Se não fosse por mim, parte dessas aventuras nem sequer existiriam!
SIMON: Calma, eu já ia pedir!
Bow assinou também.
SIMON: Obrigado. Bem, acho que isso é um adeus.
TOM: Sim, é isso mesmo.
BOW: Não deixe de mandar recados para seus amigos! Por mim, heim?
Simon acenou positivamente, e entrou no portal. Em seguida, Tom puxou a alavanca, e desligou a máquina.
- Spoiler:
- SQUARIMENSION, 9:30 DA MANHÃ
Todos os membros da equipe começavam a voltar a vida, exatamente no local em que foram petrificados. Na saída, Simon e Ray foram os primeiros.
RAY: Finalmente! Voltamos!
Era uma das poucas vezes que Simon via Ray alegre.
SIMON: Será que os outros estão bem?
Os dois correram para a sala de reuniões onde encontraram Foxy e Larry de volta a vida.
SIMON: Vocês estão bem?
LARRY: Sim, onde estão os outros?
Psycho e Diego entraram na sala nesse instante.
PSYCHO: Sabíamos que vocês estariam aqui, e... Simon, foi você quem me derrubou?
SIMON: Foi sem querer! Eu abri a porta, e...
Nesse momento, Larry interrompeu.
LARRY: Ok, pessoal! O importante é que todos nós estamos bem!
DIEGO: Essa foi uma aventura da qual não nos esqueceremos tão cedo.
Simon levantou a cabeça.
SIMON: Esquecer... Essa palavra me faz lembrar de tudo que Tom disse no outro mundo... Será que ele vai ficar bem?
Foxy se aproximou de Simon.
FOXY: Sabe o que eu acho? Enquanto nos lembrarmos deles, eles nunca vão ficar esquecidos.
Simon olhou para Foxy.
SIMON: Acho que você tem razão.
Nesse momento, um tremor atingiu a base.
SIMON: O que é isso? Um terremoto?
DIEGO: Não! Parece mais um bombardeiro atacando nossa base! Rápido, todos pro porão, e... Espera um pouco, não temos porão!
De repente, um enorme clarão atingiu a sala, desaparecendo logo em seguida.
SIMON: O que foi isso...?
Psycho se aproximou da mesa, e notou um papel.
PSYCHO: Olha só, apareceu esse papel na mesa, e... Ei! Parece uma carta! É pra você, Simon!
Simon não conseguia raciocinar direito. Uma carta surgiu em cima da mesa em um terremoto seguido de um clarão. Mesmo assim, pegou a carta e começou a ler.
RAY: De quem é?
SIMON: É... Do Tom.
Todos se espantaram.
FOXY: O que diz aí?
CASTELO DO REI TOM, ALGUNS MINUTOS ANTES.
Tom estava em sua sala, sentado numa escrivaninha, escrevendo, enquanto Bow estava em pé ao lado dele.
BOW: Eu não entendi, Tom!
Tom olhou para ele, nervoso.
TOM: Eu já lhe disse! Prepare a máquina novamente!
BOW: Mas, você quer trazê-los de volta para cá?
Tom parou de escrever.
TOM: Não! Mas você está vendo algum outro "correio interdimensional" por aqui?
Bow entendeu. Tom voltou a escrever.
BOW: Correio... Carta... Acho que estou compreendendo tudo... Mas me diga uma coisa... Foi a Foxy ou a Ray?
Tom parou de escrever novamente, e baixou a cabeça sobre a escrivaninha.
BOW: Na verdade, a Foxy parece um pouco velha pra você... Sem ofendê-la. Agora, a Ray tem seu charme, mas é meio temperamental, além do mais...
Tom perdeu a paciência, e começou a gritar.
TOM: Cala a boca! Vá pro laboratório e prepare o portal novamente, antes que eu lhe mande a força!
Bow se assustou.
BOW: Tá bem, tá bem!
Bow saiu da sala, e Tom voltou a escrever.
"Simon, em primeiro lugar, preciso pedir desculpas pelo inconveniente que causei a você e a sua equipe. Mas eu queria deixar
claro que tudo isso me serviu como uma grande experiência.
Quando nós brigamos no terraço do castelo, e seus amigos tentaram impedir, eu notei que você possui uma vida muito importante. Não apenas para você, mas também para seus amigos. Seria muito injusto que eu tirasse você deles.
Você me ensinou que às vezes precisamos abrir mão de certas coisas, vantagens ou benefícios se isso custar a felicidade de
outras pessoas. E nesse pouco tempo que lhe observei, notei que você é feliz com seus amigos.
Eu sei que você recebeu essa carta, e nesse momento está lendo para que todos aí ouçam. E eu tenho certeza que vamos sempre nos lembrar um do outro. Adeus."
ESCRITO POR ALEXANDRE.
Re: Squarimension - Vidas Abandonadas
nuss, eu ainda não li estou sem tempo, mas depois vou ler, estou com grandes expectativas
Convidad- Convidado
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