Willi Contra Os Inacabados

Eu vou ser direto com vocês: 2015 está uma vergonha na minha carreira gamer.

Sim, minha carreira. Porque eu levo isso à sério.

Eu sei que "depois de terminar o ensino médio só piora" e que "a vida vai te entupir de compromissos e não vai mais ter tempo de jogar". Já ouvi isso várias vezes, mas não concordo e me recuso a aceitar essa realidade para mim. Excluo meu Facebook pra "gerar tempo livre" se preciso, mas a frequência em games eu não quero perder. A gente tem que se valorizar e fazer o que gosta, viver só de estudo e trabalho não é vida, é passividade. Viver também não é só lazer, mas o lazer é essencial e tem que estar presente.

Mas enfim. Eu tenho uma planilha onde anoto nome e plataforma de cada jogo que eu zero. Carrego ela comigo há anos já. E notei que ano passado o número de games zerado por ano caiu muito. Destrinchei horrores de títulos em 2012 e 2013 (anos de maior pico), mas ano passado, em função de estudos e também da falta de lançamentos pro PS3, acabei zerando pouca coisa. Esse ano consegui montar o PC gamer, mas os estudos também estão intensos, de maneira que só zerei Far Cry 4, Sonic & All-Stars Racing Transformed, Donald in Maui Mallard, Mortal Kombat X e Batman Arkham Knight até agora em 2015! E já estamos em fucking outubro!

Sim, esse ano também vi bem mais animes do que o normal. Talvez uma compense pela outra. Mas enfim.

Quero reaver essa baixa e utilizarei a fórmula do "unir o útil ao agradável" para isso.

Já devo ter mencionado aqui no fórum que eu possuo uma "lista de pendências". Jogo que eu não gosto é difícil eu passar dos 5 minutos de gameplay, jogo que me decepciona eu vou até uma parte, desisto e nunca mais quero ver na frente. Mas existem alguns jogos que eu gosto de verdade, e não os terminei pelas mais diversas razões. Estes últimos são os que vão para a lista de pendências, e quando são zerados, seu nome é coberto por um retíssimo risco horizontal de caneta. "Ruuuac" é o barulho que o traço faz no caderninho.

Porém, essa lista só têm crescido, cada vez mais jogos entram para ela, e cada vez menos jogos entram para a lista dos zerados. E sim, eu tenho prazer em terminar jogos para contabilizar listas gamers. Me julguem.

Atualmente não há muitos lançamentos AAA de meu interesse que estejam próximos de serem lançados. O que mais quero jogar (dentre os anotados na lista de games de interesse, porque eu adoro catalogar tudo e quando preciso que meu cérebro atue por conta própria ele não funciona) é Rise of Tomb Raider, que só chega para PC em Fevereiro de 2016. Até lá, não tem muito o que me interesse, no máximo o Gears of War Ultimate Edition.

Então aqui está a união do útil ao agradável: aproveitarei esse hiato sem lançamentos para gastar meu PC fodão com jogos que até o celular da sua vó pode emular, e com isso me recuperarei da queda de desempenho que minha lista de zerados vem sofrendo neste ano de 2015. Como farei isso? Através deste desafio aqui na TTA, o Willi Contra os Inacabados! (Foi o melhor nome que consegui inventar sem ter "pendência" no título, porque pendência já ia revelar o assunto e vocês pulariam a leitura direto para a lista quando abrissem o tópico, seus hereges!)

E Como Vai Funcionar Essa Chalaça?

É o seguinte. Transcrevei aqui ao fim do tópico a minha lista completa de jogos pendentes, os jogos que gosto mas não zero por vadiagem motivos diversos. Acompanhado do nome do jogo, terá uma pequena descrição do porquê de eu até hoje não tê-lo concluído. A lista não terá ordem ou sequência específica, quando eu for jogar, escolherei algum game na hora e só trocarei de jogo quando os créditos do atual estiverem rolando. A cada jogo zerado, farei um mini-review aqui no tópico (e com isso o "útil ao agradável" entra em ação novamente, pois isso será uma maneira de analisar os jogos que sempre fiquei de analisar no Point e nunca o fiz) (e não, eu não tinha uma lista de "jogos a fazer review") (se bem que essa teria sido uma boa ideia).

E o que vocês ganham com isso? Nada, se querem ganhar alguma coisa vão trabalhar. Mas o entretenimento fornecido e a oportunidade de conhecerem jogos legais e divertidos com o Padrão Willi de Reviews é puro luxo. Notem que exaltei o Padrão Willi de Reviews para plantar em vocês a curiosidade de conhecerem os jogos por aqui, ao invés de copiarem os nomes da lista e colarem no Google pra ler em qualquer lugar.

E ah, talvez muitos jogos vocês já conheçam, então ver eu me ferrando OU sendo feliz com eles pode ser interessante também!

Por se tratar de um número um pouco grande de jogos (quero aumentar a lista de zerados, mas também não jogo all days all day long, porra!), não irei jogar tudo certinho, explorando cada canto do cenário e tentando fazer 100%, final verdadeiro e essas coisas das quais nós gamers nos orgulhamos. Não. Vou andar pra frente, destroçar qualquer coisa que se mova e repetir o processo até terminar de esculachar o chefe final e ver os créditos. E vai ser uma disputa suja, porque os jogos de hoje em dia me transformaram num almofadinha mal acostumado, então vai ter redução de frame rate, vai ter save state, vai ter tudo isso aí. Quero zerar pra contabilizar e ser feliz, não ficar estressado. Não gostou? Vá pro caralho!

E uma última coisa: Sempre que eu zerar um jogo aqui da lista, farei isso com o nome dele e acrescentarei a data do zeramento ao lado. Quando a lista estiver TODA concluída, atualizarei minha lista pessoal de games zerados in all my life e colocarei ela aqui pra vocês baixarem e morrerem de inveja!

A Lista

Ristar (Mega Drive): Não zerei por vadiagem. O jogo é bom e me diverte, mas não salva e não tem passwords também. O save state vai comer solto!

Street Fighter II: The World Warrior (SNES): Sim, o clássicão sem zerar é um baita pecado na minha vida gamer. Vocês já cansaram de ler que os únicos Street Fighters dos quais realmente gosto são os Alpha. Já zerei o Alpha 1 e o Alpha 2 com todos os personagens e o Alpha 3 com a maioria deles, mas o II é um jogo que não me desce. Num momento de fraqueza, zerei a versão de GBA do Street Fighter II, mas aquilo não conta, tem que zerar o original pra mostrar que é macho! Pra ferrar mais ainda, vou pegar a versão World Warrior, a jurássica mesmo, e não vou jogar a versão rápida e fluída do Arcade, mas o port lançado para Super Nintendo que todos sabemos o quão rápido é!

Sonic 3D Blast (Mega Drive) (Zerado em 09/10/2015): Um dos únicos Sonics de Mega que eu não zerei. É pra fechar a série, apenas.

Mega Man X (SNES) (Zerado em 29/05/2016): Essa porra é mais difícil que os Kaizo Mario! Mas farei, pra provar pra mim mesmo que consigo. Só não vou estender pro X2 e X3 porque daí é o cara não ter amor próprio.

Zombies Ate My Neighbors (SNES): A fase 20 possui 3 portas que só são abertas encontrando suas respectivas três chaves que estão em lugares randômicos das fases anteriores ou matando os 3 dragões toupeiras presentes na própria vigésima fase. Nunca consegui achar todas as chaves e só matei no máximo 2 dragões até hoje. Vou tentar alguma macumba pra passar daqui honestamente, senão, é password pra começar da fase 21. Só que password nesse jogo é suicídio, toda arma ou munição que você deixa de pegar em fases anteriores faz falta. Definitivamente, vai ser um dos mais difíceis da lista.

Lemmings (SNES): Já cheguei no que eu penso ser a última fase do jogo, mas eu estava jogando num PC que não era meu e tive que DESLIGAR a máquina antes de poder concluir! Então o jeito vai ser fazer tudo de novo mesmo.

Pitfall The Mayan Adventure (Mega Drive) (Abortado): Jogaço, mas também não tem passwords e nem salva. Eu fui querer jogar na honestidade sem save state mas acabei desistindo, ou por morrer demais ou pelo maldito jogo não acabar nunca! Vamos ver o que vai sair disso aqui. Minha paciência tem limite. Vai sair é nada.

Golden Axe 1 e 3 (Mega Drive) (Zerados em 10/10/2015): São difíceis nas fases mais avançadas, vão dar trabalho, mas me viro bem em beat'n up, vou dar conta. E não vou jogar Golden Axe II porque nunca joguei Golden Axe II na vida, o máximo que fiz no game foi dar dez passos e um golpe. Então vão ser só o 1 e o 3 mesmo.

Maximum Carnage (Mega Drive) (Abortado): O beat'n up medonho do Homem-Aranha, nunca passei de uma fase em uma igreja onde vários chefes apareciam para me estuprar em conjunto. Vai chegar tua hora também, joguinho. Não vai

Streets of Rage 1, 2 e 3 (Mega Drive): Já zerei o Remake incontáveis vezes, mas os 3 originais ainda não mostraram seus créditos pra mim. Vão mostrar.

Astérix (SNES): Jamais consegui passar de uma fase labiríntica dentro de uma pirâmide. YouTube vai dar sua força.

Super Bomberman 4 (SNES) (Zerado em 24/11/2015): Já zerei todos os outros, menos esse. Até o de Mega Drive eu zerei, menos esse. Se não me engano eu e o Alexandre fizemos a saga Bomberman pelo multiplayer online do ZSNES, mas o chefe final do 4 era ridículo, então pulamos direto para o 5. Tua hora vai chegar. Só o Shao Kahn tem o direito de apelar assim.

Pulseman (MD) (Zerado em 06/07/2016): Ctrl+C Ctrl+V do Ristar. Porra, como é chato escrever Ctrl+C Ctrl+V. Há, dessa vez copiei e colei, não ia digitar esse monte de consoantes de novo.

Sunset Riders (SNES) (Zerado em 28/05/2016): Simplesmente porque toda pessoa de respeito tem que zerar Sunset Riders. Mas opa, então estou assumindo que eu não sou de respeito. Assim perco meu direito de reclamar do estupro coletivo dos chefes do Maximum Carnage.

Mighty Morphin Power Rangers (SNES): Só pra dizer que zerei todos os Power Rangers de SNES mesmo. Mal joguei esse aqui.

TMNT Fighting Edition (SNES): O jogo de luta das Tartarugas Ninja, possui uma versão para SNES, outra pro Megão e outra pra NES. Jogarei esta porque é a mais decente. E só pra dizer que "zerei os dois jogos dos Tartarugas pra Super Nintendo".

Go Go Ackman 1, 2 e 3 (SNES) (1 zerado em 17/11/2015): Cara, esses jogos são MUITO divertidos. Mas não salvam e não têm password, aí não rolou zerar. Incrível como 10 horas consecutivas zanzando por Gotham atrás de Troféus do Charada são extremamente aceitáveis, mas jogar por 2 horas um jogo curto que não salva é algo blasfemo.

Magical Quest Starring Mickey Mouse (SNES): (Zerado em 03/04/2016) O primeiro da trilogia do meu amado Magical Quest 3. Já cheguei na fase final mas não passei dos labirintos do castelo do Bafo. Dessa vez vai.

Ninja Gaiden 1, 2 e 3 (NES) (1 zerado em 19/01/2016) (2 zerado em 20/01/2016) (3 zerado em 23/01/2015): Esses jogos são muito legais e não deixei de os zerar pela dificuldade extrema, pois o padrão pra vencer o jogo é o mesmo dos Kaizo Mario (os quais zerei todos, beijo pra zinimiga): calcular os saltos e pressionar botões no momento certo. Mais o jogador se treinar do que o jogo ser apelão.

Samurai Shodown 2, 3, 4 e 5 (Arcade) (Zerados em 07/10/2015): Simplesmente porque eu AMO Samurai Shodown, é minha segunda série de jogos favorita atrás apenas de Mortal Kombat. Terminei o primeiro com vários personagens, mas nos outros fui simplesmente humilhado, no 2 pelo maldito do Nicotine, no 3 e 5 não lembro, e no 4 por um velhote que usa um tridente. Tá na hora de ver isso aí.



Esse meu currículo gamer vai aumentar na marra esse ano.

Só jogo veio hein Willi!
Desse aí eu já fechei o Sonic 3D Blast (único Sonic que eu fechei na minha vida). Sempre achei que você ja tinha fechado esse Maui Mallard, já naquela época em que você fez ele rodar no PC. E Pitfall... bem, tem que ser muito otário pra querer jogar aquela merda lá (sim, tá na lista dos meus + odiados).

EDIT: Esqueci de perguntar: você pretende fechar todos os jogos ainda esse ano? Conheço um cara que fecha um jogo por dia aqui no fórum XD.

Kkkkkkkkkkkk, quem? (sério, não entendi, quem?)

O Maui eu cheguei até a penúltima fase na época que fiz rodar no PC. Mas não consegui passar dela e acho que foi nessa época que veio o PC novo, aí já viu. Mas eu devo ter ficado um meio mês jogando aquele jogo, então calcule a dificuldade. O do SNES não é mais fácil, só que é mais trabalhado. Digamos que essa é a versão "rústica" do jogo.

Pretendo zerar todos ainda esse ano sim. Começar 2015 "limpo", jogando só o que der vontade mesmo, sem pendências me assombrando.

Só o que posso dizer é: boa sorte (e paciência, se precisar xD).

infernosword escreveu:Conheço um cara que fecha um jogo por dia aqui no fórum XD.

Inclusive, deve estar fechando mais um agora xD

Fiz umas pequenas alterações no post antes mesmo do desafio começar:

- O Sonic 3D Blast não é o único Sonic de Mega que eu não zerei. Tem o Sonic Spinball também. Mas aquele lá é sacanagem, não vou colocar na lista.

- De fato eu já tinha zerado Donald in Maui Mallard, achei ele aqui na minha lista de zerados. A versão zerada foi a do Mega Drive, peguei ela justamente pelos save states, porque na versão de PC a parada tava impossíel.

- E o Super Bomberman que faltava zerar era o 4, não o 3. Já consertei lá também.

Bora zerar algum desses juntos, Willi.

Bora! Tu tinha me convidado mesmo! Durante a semana tenho estado ocupado com os estudos pros vestibulares, e final de semana eu estava no Batman, mas agora tá livre!

O que que tu topa jogar?

Willi escreveu:Bora! Tu tinha me convidado mesmo! Durante a semana tenho estado ocupado com os estudos pros vestibulares, e final de semana eu estava no Batman, mas agora tá livre!

O que que tu topa jogar?

Como a gente já tentou o Bomberman 4 e acabou molhando, e só o emulador de SNES coopera com a gente, dá pra tentar o Sunset Riders, o Mighty Morphin Power Rangers ou o Zombies ate my Neighbors, se bem que esse último eu joguei bem pouco. Os outros eu acho que são Single Player.

Ideia fantástica cara! Também tava querendo fazer isso antes do curso começar, mas acabei a preguiça não deixa, acabei zerando poucos.

PS: Coloca alguns de ps1 ai na lista cara!

Comecei a lista pelos pés e já matei os Samurai Shodown.

Minha conclusão: é fácil dizer "eu AMO Samurai Shodown" quando só joguei os primeiros dois a sério, enquanto havia apenas brincado casualmente no 3, 4 e 5. Agora posso dizer que acho Samurai Shodown "legal".

E o velho de tridente que havia me humilhado na verdade era no 5, não no 4, como mencionei. Ele é um personagem do 5, não está presente no 4.

Tem review do Samurai Shodown 1 no Point se vocês quiserem saber mais, só procurarem lá. Os outros não mudam quase nada, a não ser o juiz da partida que não aparece mais do 3 pra frente. E a jogabilidade que tenta enfeitar demais e só fica pior.

Os gráficos melhoram, ficando mais coloridos a cada jogo, mas tenho a impressão de serem mais "limpos" nos dois primeiros. Os efeitos sonoros são ótimos, especialmente dos golpes e choque das lâminas, mas as músicas são quase inexistentes. Jogo de luta quase mudo é maçante. Depois de 20 minutos de jogatina mutei o jogo e soltei uns funk remixes aqui pra animar.

E descobri que existe um jogo de luta capaz de ter um personagem mais irritante que o Sagat. O nome do cara é Gaira, neto do... Nicotine! O idoso infame que me humilhou em Samurai Shodown II na vez passada! É de família essa merda.



Outro exemplo de falta de sacanagem foi tirarem o Gen-An do Samsho 3 pra frente. Porra. Melhor personagem para se jogar na série. No 3 me obriguei a me virar com o Hanzo (meu favorito até então, como personagem, não pra jogar), e no 4 pra dar uma variada joguei com um tal de Kazuki. Pensem no Goku criança com a Kyuubi do Naruto dentro e sendo capaz de controlar o fogo. Este é Kazuki. Gostei do estilo do personagem, e jogar com ele foi sensacional, movimentos rápidos e ataques efetivos. Terminei o Samsho V Special com ele também.



...

Sério, vocês querem essas mini-reviews? Meio nada a ver com o desafio, tô achando agora. Acho que contar a experiência zerando tem mais a ver com o desafio em si, não?

Cara, eu gosto muito das mini-reviews, mas elas vão ficar perdidas no tópico, acredito eu. Se você tiver saco pra fazer elas, faça cada uma num tópico separadinho que aí fica show de bola!

GO GO POWER RANGERS!

infernosword escreveu:Cara, eu gosto muito das mini-reviews, mas elas vão ficar perdidas no tópico, acredito eu. Se você tiver saco pra fazer elas, faça cada uma num tópico separadinho que aí fica show de bola!

Na verdade, seriam reviews curtas demais para cada uma ter seu tópico. Nada mais seria do que um flood. E se fosse feito um tópico só das "reviews do desafio", elas iam se perder nele também. Vou deixar tudo aqui, e deixar em letra grande, negritada e vermelha, os títulos dos jogos zerados quando eu postar sobre eles ao longo do tópico. Já facilita pra achar.

Mas acho que vou comentar sobre o zeramento acompanhado de uma pequena descrição do jogo, para quem não conhece saber do que se trata. Acho que já é o suficiente. Review vai atrasar demais o progresso no desafio.

Gustavo escreveu:Coloca alguns de ps1 ai na lista cara!

Cara, eu simplesmente não consigo desenvolver simpatia por esses jogos da geração do Nintendo 64/PS1/Saturn. Salvo raríssimas exceções (Mario 64, Klonoa, Gex 1, Saturn Bomberman...) não tem quase nenhum jogo que eu goste nesses consoles. Tanto é que não joguei nada por tempo suficiente para virar uma pendência.

Willi escreveu:
Cara, eu simplesmente não consigo desenvolver simpatia por esses jogos da geração do Nintendo 64/PS1/Saturn. Salvo raríssimas exceções (Mario 64, Klonoa, Gex 1, Saturn Bomberman...) não tem quase nenhum jogo que eu goste nesses consoles. Tanto é que não joguei nada por tempo suficiente para virar uma pendência.

Então Willi, você poderá fazer um juramento justo, depois será enforcado.

Willi escreveu:Cara, eu simplesmente não consigo desenvolver simpatia por esses jogos da geração do Nintendo 64/PS1/Saturn. Salvo raríssimas exceções (Mario 64, Klonoa, Gex 1, Saturn Bomberman...) não tem quase nenhum jogo que eu goste nesses consoles. Tanto é que não joguei nada por tempo suficiente para virar uma pendência.

Conselho de amigo: Coloca o Advanced V.G.2 (PS1) na sua lista, nem que deixá-lo por último. Se você não gostar, pode me bater.

E eu adorei a idéia das mini-reviews. Daria um trabalho enorme (E desnecessário) fazer reviews gigantes de cada um dos games. Fora que focando nesse desafio, você vai dar uma "desapegada" dos jogos atuais que estão aos poucos te deixando enjoado, pra depois voltar com força quando vier algum grande lançamento.

EDIT: A lista é de pendências, agora que o trouxa aqui foi notar.

E o segundo da lista a ser vencido foi Sonic 3D Blast.



Que ótima experiência tive com esse jogo! 3D Blast foi o último Sonic a ser lançado para o Megão, sendo produzido pelo estúdio europeu Traveller's Tales e somente distribuído pela Sega. O jogo foi lançado para Mega Drive apenas na América e Europa, no ano de 1996. Já as versões de Sega Saturn e PC (americanas e europeias, também) chegaram em 1997, e o Japão só foi conhecer o jogo através do lançamento tardio que ele recebeu para Saturn na terra do sol nascente em 1999, mesmo ano do lançamento internacional do Sonic Adventure. A versão que havia ficado pendente para eu terminar era a do Mega Drive, e portanto foi esta que joguei.

Ao contrário do que se conhecia de Sonic na época, 3D Blast trouxe um modelo de jogabilidade totalmente diferente: com visão isométrica, ou seja, de uma perspectiva diagonal, víamos o Sonic por um ângulo superior, no qual controlávamos o ouriço em cenários amplos com possibilidade de movimentação para todas as oito direções, dando uma impressão de 3D (e daí o nome do jogo).

Engraçado como mesmo naquela época o 3D já era almejado pelas produtoras, que chamavam de 3D qualquer coisa com maior liberdade de movimento, e empurravam tais produtos aos consumidores goela abaixo como se fosse o "futuro". Mas 3D de fato era Mario 64 e os FPS que vinham surgindo para PC, jogos como Sonic 3D Blast não passavam de títulos de plataforma isométrica. O que não diminuía a graça e fator diversão desses jogos, é claro. Fiz uma comparação de tipos diferentes de tecnologia e perspectiva, não de qualidade.

Temos em Sonic 3D Blast um "3D" que funcionou melhor do que qualquer Sonic Adventure já sonhou em funcionar. Sério, o dia que vocês conhecerem alguém que não se estressou jogando Sonic Adventure, seja a versão que for, me apresentem, quero treinar com esse herói e aprender seus ensinamentos para me tornar o próximo Messias.



A jogabilidade é boa, mas... parece ter sido feita por um pessoal com a zuera encarnada no espírito. É como se eles soubessem onde o 3D real chegaria dali a alguns anos, ou em que estágio de 3D estaríamos hoje, e então fizessem um jogo que apresentasse um tipo de desafio aos jogadores da época e outro aos jogadores de épocas futuras que fossem se aventurar nele.

Vejam bem, os inimigos de Sonic 3D Blast são praticamente inofensivos. Fazem movimentos leves e raramente te atacam, de maneira que você os reduz a nada sem muito esforço físico do personagem. Mas a jogabilidade que envolve tudo isso é a grande pé-no-saco. Digamos que o jogo foi feito para acontecer todo na diagonal. Não há nenhum caminho para a direita, esquerda, cima ou baixo em Sonic 3D Blast. É tudo para as diagonais. Numa época em que controles possuíam apenas direcionais digitais. Você achava difícil fazer magias no Street Fighter II de console? Zere este Sonic, então!



É o "3D" que vai te matar. As fases possuem armadilhas, rampas, inclinações de relevo, plataformas, lugares de onde se projetam espinhos, lançadores de projéteis colocados bem no centro de áreas planas, armadilhas na parede, tudo isso em cenários totalmente... diagonais. Seria fácil desviar de todas aquelas desgraças se este Sonic tivesse sido lançado para PS1 e tivesse suporte real ao analógico (do tipo empurrou numa direção = personagem anda na direção, não um analógico que "emula" o direcional digital, como nos primeiros Resident Evil MentiraShock Edition). Então não me entendam mal: a jogabilidade é boa e funciona bem dentro do contexto do jogo, sendo muito bem projetada, inclusive. Mas é o seu controle sobre ela que é o grande inimigo do game. E isso foi feito de propósito pelos desenvolvedores, aqueles inimigos não são inofensivos daquele jeito por nada. Para os jogadores da época, o desafio era se adaptar à jogabilidade de 3D Blast baseado na jogabilidade com a qual eles eram acostumados. Para nós hoje, o desafio é praticamente o mesmo, mas levando em conta a jogabilidade com a qual NÓS estamos acostumados hoje. O lance é que os caras criaram uma parada única. Não interessa se você vem de Super Mario 64 ou GTA V, você vai ter que se adaptar à jogabilidade de Sonic 3D Blast e ela vai te ferrar até você dominá-la. Esse não é um jogo que envelheceu mal, é um jogo que envelheceu zuero.

Os gráficos do jogo me lembram Far Cry 4 no PS3: É um jogo de fim de geração, com uma versão superior para a plataforma da nova geração. As cores, a iluminação, os detalhes, o conjunto da obra como um todo, não chega a ser feio, mas é inferior ao que jogos anteriores de meio de geração já apresentaram. Eu achava que esse jogo era de 91/92, jamais imaginei que ele tivesse sido lançado após Sonic & Knuckles. Se bem que Sonic 1 já era visualmente superior à ele. Isto porque o Mega Drive recebeu a versão feita com "resto de orçamento". Imaginem a situação:

- Senhor, o jogo ficou pronto e lançaremos ao Saturno no ano que vem. Mas com a E3 se aproximando e a Nintendo chegando com aquele Mario 3D de verdade dela lá, não sei se vale a pena gastarmos muito com campanha publicitária. Sobrou uma verba da propaganda aqui, o que eu faço com isso? Libero para a equipe fazer farra na nossa casa de praia?
- Não Rodney, mande fazerem uma versão para o Mega Drive. Deve ter dinheiro suficiente para uma. Ninguém liga pra droga do Saturno, só querem saber daquele Mario lá e daquela tal de Sony intrometida que vai lançar o console dela também. Precisamos vender Saturnos pra vendermos o jogo do Sonic aí, então faça um porte pro Mega, pra esse ano ainda, e mostre para todas as pessoas como ele é inferior e então elas terão interesse em comprar o Saturno para jogarem a versão de ryca!



E foi assim que o jogo teve sua versão para Mega Drive, que é boa, funciona bem, mas visualmente não é um primor. E mesmo sendo um game legal, ninguém ia comprar um Saturn só para rejogar o Sonic 3D Blast quando fosse lançado. O plano deu errado e o Saturn foi para a penumbra, e uma meia dúzia de crianças rycas devem ter jogado a versão decente do game. Pra quê rejogar Sonic Isometria Blast quando o Nintendo 64 tem Super Mario 64 e o PlayStation tem Crash, não é não?

Mas enfim. Se tiverem interesse em jogar, joguem a versão de Saturn. Não, nem tentem a de PC, serão mil e uma gambiarras para rodar. Baixem ali o SSF, a ISOzinha, tudo na tranquilidade, abram ela com o DAEMON Tools e iniciem o SSF. Sem stress, pegando certinho no seu Windows mais recente!

A versão do Mega não chega a ser feia. Só é porca. Sabe quando tu chama teu amigo feio de resto de aborto? Então. A do Mega é um resto de orçamento. Foi lançada antes, sim, mas com o que sobrou do lançamento do jogo já pronto do Saturn que seria lançado posteriormente. Sintam o fundamento da minha teoria penetrando em vocês.

Spoiler:

É que nem o Far Cry 4 de PS3. Ele é feio? Não, ele não é feio. Só é porco. Funciona lá tudo certinho, perfeitamente jogável, mas é porco. Jogo de fim de geração só era bom no console de geração anterior no PS2. Ali era bonito o negócio.



Cada uma das versões de Sonic 3D Blast tem uma trilha sonora diferente, ou versões diferentes da mesma trilha sonora, sei lá. Não ouvi a da versão de ryca. Mas a do Mega é sensacional, especialmente a da fase de gelo. Só a dos créditos os caras cagaram e me botaram um berreiro que mais parece coisa de Master System.



E nem falei de como funciona o jogo. Bem, mate os inimigos, eles irão dropar um Flickie. Flickies são aquelas aves irritantes e fujonas que tinham um jogo próprio no Mega que as únicas pessoas que jogaram foram aqueles que compraram o Mega Drive II que vinha com vários jogos e até sua mãe na memória. Porque quem compra o cartucho do jogo dos Flickies, me diz? Colecionadores, só pode. Aí a Sega, descontente que a sociedade estava cagando pros seus pintinhos inúteis decidiu enfiá-los num jogo do Sonic. Porque SIM, essa é uma ótima ideia! "Ah mas os robôs já dropavam animaizinhos desde o Sonic 1!" Sim, animais de faunas diversas, e não SÓ esses pássaros aqui. Aí depois que você pegou os Flickies, tomou dano na fase isométrica e todos saíram correndo pelo cenário, fugindo desse Sonic mau que sabe-se lá porque os liberta dos robôs nos quais o amoroso Robotnik os transformou, você os recupera, precisando tocá-los precisamente enquanto dirige o Sonic no cenário isométrico, porque essas malditas aves não param quietas! Aí, novamente com elas em seu poder, você as leva ao anel flutuante próximo ao fim da área, as joga nele e elas são reduzidas a pó... pontos! E o malvado Sonic ganha acesso à próxima área da fase, onde ele reduzirá mais Flickies a nada e repetirá o processo até enfrentar o Robotnik. Fará isso por uma série de fases até arruinar com todos os Flickies possíveis, e então nos créditos eles irão ressuscitar e agradecer ao Sonic por tê-los libertado do malvado Dr. Robotnik! Viva!

Só de saber que nem num Sonic All-Star Racing essas aves voltaram a aparecer, já aumenta a sensação de sucesso!



Durante as fases Knuckles e Tails poderão ser encontrados fazendo nada em lugares isométricos aleatórios. "Passe 50" a eles e eles vão te dar acesso ao Special Stage, todo colorido e cheio de ação. Outra semelhança com Far Cry 4, pois esses dois em 3D Blast me lembram Yogi e Reggie, que ficavam parados em pontos aleatórios de Kyrat fazendo nada, e quando eram encontrados por Ajay lhe faziam experimentar uma "dose", que levava o protagonista semi-mudo a uma fase especial cheia de cores, efeitos especiais e ação! De fato não há outro contexto para inserir Tails e Knuckles em 3D Blast. Eles ficam parados em lugares de pouca circulação, é difícil até pros inimigos verem eles. Sonic chega, passa 50 e ganha acesso ao nirvana, onde corre por uma pista no alto do "mundo colorido" e se conseguir chegar ao fim do trajeto, ganha uma pedra colorida, maior e mais bolada. E se com 7 delas você não vira Super Sonic, ISSO SÓ REFORÇA MAIS AINDA A MINHA IDEIA! Não são Esmeraldas do Caos, é o baseado levando Sonic a sonhar com elas! Quem diria que teríamos Tails e Knuckles nesse tipo de vida. E AINDA, se consideramos que em suas cenas iniciais em Sonic Adventure, Tails bate seu helicóptero numa montanha relativamente baixa, e Knuckles ataca Sonic após eles terem feito as pazes ao fim de Sonic 3 & Knuckles, porra, pra um estar desordenado no volante e outro mal da memória, só podem estar vindo de um longo período de uso de drogas. Então, SIM, Tails e Knuckles vendem baseado ao custo de 50 anéis em Sonic 2.75D Blast.



Mas há uma compensação: se Sonic sonhar que conseguiu pegar as 7 Esmeraldas do Caos, vai ter chefe extra após a fase final. Não é uma Doomsday da vida, na verdade é um combate bem podre, só pra dizer que tem mesmo. Pensando bem, é pobre demais para ser invenção do Robotnik. Deve ser o Sonic sonhando enquanto está perdido na droga. E FAZ SENTIDO, porque uma das formas desse chefe final é a mesma usada pelo vilão na Death Egg de Sonic 3 & Knuckles. Se sonhos são lembranças, então SIM, esse chefe final nada mais é do que efeito do baseado.


Eu spoilo sim, o jogo é de antes do Vibastos nascer, não me venham reclamar de spoiler

Portanto, Sonic 3D Blast é um jogo divertido, porém obscuro. Revela os podres da turma do Sonic, mostra o herói vaporizando aves em aneis flutuantes, puxando um do bom com seus amigos em cantos isométricos bem "aleatórios" *cof* *cof* tudo ao som de uma boa trilha sonora e com visuais que não digo que foram feitos com a bunda, mas com o mesmo empenho de sujeitos como os que portaram o Far Cry 4 pro PS3.

Próximo.

Nossa que mini review pequenininha...

Willi escreveu:Temos em Sonic 3D Blast um "3D" que funcionou melhor do que qualquer Sonic Adventure já sonhou em funcionar. Sério, o dia que vocês conhecerem alguém que não se estressou jogando Sonic Adventure, seja a versão que for, me apresentem, quero treinar com esse herói e aprender seus ensinamentos para me tornar o próximo Messias.

Eu.


Ah, Willi, se precisar de conselhos no Mega Man X, eu sou expert nesse jogo. Eu sei onde estão todos os itens importantes, a sequência dos chefes e segredos das fases.

Foi inclusive um dos meus primeiros cartuchos de SNES.

Cara, você jogou Sonic Adventure DX quando a gente não tinha PlayStation 2 ainda, né? Porque se você for jogar hoje em dia, a jogabilidade te tira do sério já na fase da praia.

Só me diz a sequência de fases a fazer no Mega Man. Os itens eu não vou pegar. Já é um sacrifício eu zerar esse jogo, tu ainda querer que eu pegue todos os itens é demais pro meu gosto

Willi escreveu:Só me diz a sequência de fases a fazer no Mega Man. Os itens eu não vou pegar. Já é um sacrifício eu zerar esse jogo, tu ainda querer que eu pegue todos os itens é demais pro meu gosto

Vai por mim, você precisa dos itens, cara. Se chegar no Sigma com o mesmo status de quando começou o jogo, não vai matar ele nunca.

A ordem dos chefes por fraqueza é:

- Chill Penguim
- Spark Mandriller
- Armored Armadillo
- Launch Octopus
- Boomer Kuwanger
- Sting Chameleon
- Storm Eagle
- Flame Mammoth

Você tem que começar pelo pinguim, porque é lá que você ganha o upgrade que permite que o Megaman deslize. Isso ajuda muito em todas as fases.

Os itens que eu me refiro são os Heart Tanks (Tem um em cada fase), e os Sub-Tanks (São quatro no total). Se você não pegar nenhum Heart Tank, vai ser muito difícil zerar o jogo. E eu aconselharia pegar a armadura também, já que ela aumenta sua defesa e é bem fácil de achar.

Você é quem sabe, se precisar de mais ajuda eu estou aqui.

Nah, se tem que ser assim então deixa. Eu tiro ele da lista. Nem é um jogo que eu gosto mesmo, eu ia jogar em estilo speed run, mas se tem que ficar procurando os itens, só vou me estressar.

Pra dizer bem a verdade, esse Desafio está sendo estressante. Terminei Golden Axe 1 e 3 agora há pouco e joguei um pouco do Maximum Carnage, mas só me estressei. Acho que esses jogos não me descem mais. Não pelos gráficos, nessa questão eu continuo achando os jogos antigos bonitos. Mas é pelas limitações mesmo. Jogabilidades travadas, duras, e estou achando os jogos meio lentos (acostumei demais com os 60 FPS?). É claro que Super Mario World, Sonic, Maui Mallard e aquela turma que eu considero são eternos. Mas quanto aos títulos restantes das plataformas... Bem, acho que o tempo não lhes fez bem.

Vou pro GTA V me divertir. Depois eu vejo se volto pro mártir aqui ou se abandono. Parecia uma ideia legal, mas está chata, maçante e irritante. É como fazer um speed run de obrigações. Estou jogando meu fim de semana fora.

#WilliEstáArregando

Willi, você está sendo isométrico? Cara, você já fechou 2 3 4 jogos já! Não precisa também fechar tudo essa semana. Faz aos poucos, take a load off.

Terminei mais alguns da lista: Golden Axe 1 e 3 e Go Go Ackman 1. Vamos por partes.

Golden Axe é uma série de beat'n up desenvolvida pela Sega para Arcades e portada para Mega Drive. Dos cinco jogos da série, apenas dois, o Golden Axe The Duel, de luta, e o Golden Axe The Warrior, RPG, ficaram de fora da biblioteca do Megão, sendo The Duel inicialmente disponível apenas nos Arcades e posteriormente convertido pro Saturno, e The Warrior sendo um exclusivo de Master System.

Os games da série têm ambientação medieval, e a história basicamente é: Death Adder é o fodão do mal que destrói a porra toda e oprime todo mundo após sequestrar o Machado de Ouro (Golden Axe, tadã!) e nossos heróis devem dilacerar seu exército até chegarem a ele, recuperarem o machado e restaurarem a paz... até o próximo jogo onde a locuragem se repete.



Dispomos de estereótipos medievais como personagens jogáveis: O malhadão Conan, a gostosa seminua, o velho sábio que se revela ser o Yoda, o grandalhão com bíceps maiores que a bunda da Mamma Bruschetta, entre outros. Eles enfrentarão desde bárbaros "normais" e gostosas de armaduras quase inexistentes e agilidade duvidosa, até chineses bombados de 3 metros e altura, esqueletos, homens-águia e todas as demais criaturas que sua criatividade puder imaginar e que couber nos sprites do Mega Drive.



Há ainda montarias, que são utilizadas pelos inimigos, porém podemos derrubá-los e pegá-las para a gente. Infelizmente os movimentos delas são muito lentos, e os inimigos parecem ter altas doses de Red Bull injetadas na veia instantaneamente após capturarmos suas montarias, pois sua velocidade de saltos e golpes dobra quando estamos na garupa da Hornet dos bichões. Tem dragãozinho, velociraptor com traços de caracol, entre outros.



A jogabilidade é bem travada em todos os games, os personagens não andam na diagonal, e os golpes desferidos por nossos personagens erram os inimigos com facilidade. Outro fator que incomoda é que a troca de golpes parece funcionar em turnos, não é um espancamento como em Streets of Rage ou Tartarugas Ninja. Quando você erra um golpe, seu personagem tem um delay para se recompor, o que lhe permite levar uma sova inteira do adversário. E isso acontece várias vezes. Sem falar que os inimigos te cercam a todo momento, e pular não adianta muito, pois Golden Axe é daqueles jogos onde o pulo vai muito alto mas pouco para frente. O III ainda é mais fácil, mas o I, todo arcaico, é um título de jogabilidade travada e ultrapassada já em sua época, então para quem curte God of War ou Devil May Cry de hoje em dia, jogá-lo sem se irritar é só com save state.



Os gráficos são ok, um pouco abaixo do padrão dos jogos do Mega, mas a ambientação é bem caprichada, muito bem trabalhada. Os elementos no cenário, a luminosidade, tipos de chão, tipos de parede, tudo casa muito bem. A trilha sonora do primeiro não é exatamente boa, mas é memorável, aquele tema que toca no menu e na primeira fase são icônicos e reconhecíveis facilmente por jogadores saudosistas. Já a do 3 é linda, emocionante e épica ao extremo, eu gostaria de achá-la em versão orquestra para poder apreciá-la sem os chiados e estridências do Mega Drive. Os efeitos sonoros no primeiro não tem nada a ver com os machados e espadas que os personagens usam para brigar, tudo tem som de pum e peido e arroto, no 3 isso foi corrigido e os sons dos combates são mais convincentes, mas em quesito de som de lâminas, nada jamais superará Samurai Shodown, desculpem.



Duas características marcantes da série são os sons de "nenê chorando" que os personagens fazem ao morrer, principalmente no primeiro jogo, trata-se de um grito medonho que chega a assustar. No 3 isso foi mudado de leve; e os anões que correm por certos pontos das fases, é possível cometer bullying com eles e chutá-los para que eles dropem poções, às quais nossos heróis gastam para realizar seus especiais. Cada especial consome uma determinada quantia de poções, e gira em torno de um elemento: O Conan é água, a Xena é fogo, etc.

E aí vocês me perguntam: "Tá Willi, mas e o Golden Axe II?" Eu não faço a menor ideia de como seja o Golden Axe II. Nunca fui além da metade da primeira fase do Golden Axe II.



Go Go Ackman é uma trilogia feijão com arroz de jogos de plataforma lançada para o Super Nintendo, baseada num mangá de 11 capítulos feito pelo mestre Akira Toriyama. O mangá conta a história de Ackman, um jovem demônio que acorda de um sono de 50 anos, para seu aniversário de 200 anos. De acordo com seu pai, quando um demônio chega nessa idade ele pode matar pessoas e roubar suas almas para vendê-las ao Rei das Trevas em troca de dinheiro (sim, nada de poderes foderosos, ascensão hierárquica ou algo do tipo, o negócio é grana pra torrar em festa, mulherada e PC gamer). Ackman, então, sai pelo mundo com seu parceiro, o demônio Goddon (que tem a forma de um dragãozinho e voa sempre próximo a Ackman) para caçar almas: Ackman mata as pessoas, e Goddon coleta as almas em seu recipiente. Porém, as coisas não serão tão fáceis, pois o anjo Tenshi está disposto a impedir Ackman custe o que custar. Tenshi contrata assassinos profissionais, usa armas de guerra, se alia a monstros vindos sabe-se lá de onde, etc., tudo para estragar os planos de Ackman.

Confesso que fiquei interessado em ler esse mangá, por ser curto, não vai me tomar tanto tempo, e o humor do Toriyama é leve e gostoso de se consumir. Mas vamos ao game.



Go Go Ackman é um game de plataforma focado na ação, quase como um beat'n up em linha reta onde controlamos um Super Mario com poderes em estado de overclock. Ackman é capaz de andar, correr, pular, dar socos, chutes, rasteiras e utilizar armas. A maioria dos inimigos morre com uma porrada, alguns mais fortes necessitam de mais golpes para serem derrotados. Os anjos nesse jogo são como os Koopas no Super Mario: você pode pular em cima da cabeça deles para que fiquem atordoados e então chutá-los para que eles deslizem pelo chão, inclusive batendo em paredes e sendo ricocheteados de volta, exatamente como os Koopas. Os demais inimigos, porém, sofrem dano exclusivamente com golpes. Além dos socos, chutes e rasteiras, Ackman consegue dar um pequeno dash para frente (apertando baixo + pulo) e ainda carregar um soco especial que é "disparado" em forma de uma onda cortante de energia. A alma de cada inimigo morto é imediatamente recolhida por Goddon de forma automática.



O jogo é bem simples, basta andar para frente, eliminar os inimigos e chegar ao fim da fase, sem mistério. Os inimigos não são do tipo que querem te matar, eles apenas andam pelo cenário de maneira "vai e volta" e alguns disparam alguma coisa ou executam algum movimento quando você chega bem perto. No geral, são inimigos "obstáculo". O desafio do jogo é focado basicamente nisso: correr, saltar entre plataformas, evitar abismos e socar os inimigos que estiverem à sua frente unicamente para poder passar. Os inimigos do jogo possuem pontos específicos para "nascerem" no cenário, então mesmo que o inimigo caminhe para longe e você o mate, se você voltar um pouco na tela, ao avançar novamente o inimigo estará lá de novo. Exatamente como em Ninja Gaiden.



O level design é muito simples, são fases retas com descidas, subidas, plataformas e abismos. De vez em quando há caminhos alternativos para pegar algum item, mas esses caminhos trancam, ao chegar ao fim é preciso voltar. O fim da fase está sempre à direita, sem mistério. A trilha sonora é ok, nada memorável, e a jogabilidade é um pouco pesada, o jeito que você iniciar um salto vai determinar como e onde você vai cair, não é possível controlar a queda como num Mario ou Sonic.

São 5 fases ao todo, cada uma dividida em 3 ou 4 atos, exatamente como nos jogos do Sonic, e entre esses atos há vários chefes, o primeiro sempre sendo Tenshi em alguma geringonça, e os demais sendo os monstros e empregados que ele contrata. Algumas fases possuem diferentes rotas entre os atos, mas que sempre culminam nos mesmos chefes, não interferindo no caminho que você vai tomar nem em nada do tipo. Tem algumas fases com jogabilidade diferenciada, como a fase do carro, a fase do jet-pack, etc.



Não tem muito o que falar de Go Go Ackman. É um joguinho simples que pegou um pouco de cada aspecto comum nos 16 bits e juntou num jogo ok, feito, creio eu, para promover o mangá. Não é nada sensacional ou épico, que vai te proporcionar uma experiência fantástica nem nada do tipo. É legal para passar o tempo, mas depois de zerar a primeira vez, tchau. Na minha opinião, é um game perfeito para introduzir seu amigo fã de CoD e Assassin's Creed ao mundo dos jogos antigos. Esse game, simples porém bem feitinho, serve como um bom tutorial para um Aladdin, um Lion King, um The Mask, entre outros jogos bons de plataforma que o SNES oferece. Go Go Ackman é o basicão dos jogos de plataforma, numa jogabilidade nem refinada, nem porca.

Trunks, é você?!

Willi escreveu:Go Go Ackman é uma trilogia feijão com arroz de jogos de plataforma lançada para o Super Nintendo, baseada num mangá de 11 capítulos feito pelo mestre Akira Toriyama.

Ah, tá explicado xD

Off-topic: terminei de ler o mangá de Dragon Ball essa semana. Agora só falta ver o animê!

Go Go Ackman é o básico do plataforma 2D.

E o 3 é o melhor da série.

Zerei Super Bomberman 4. E com isso, todos os Super Bomberman de SNES estão finalizados por mim!

Bomberman poupa review, né galero?