[Games] É o fim do mundo: Quantum Break para PC precisa de conexão online até no Single Player

A Microsoft veio com a novidade de que a maioria dos jogos de Xbox One poderão ser desfrutados no PC. A princípio parecia uma boa notícia, até que os problemas começaram a surgir. Primeiro com a Windows Store, que será a única loja onde os games serão vendidos, e digamos que a recepção não foi das melhores. Depois, Gears of War Ultimate passou a exibir problemas de performance. E agora, a bola da vez é Quantum Break.

O jogo de ação da Remedy, responsável pelo espetacular Alan Wake terá cenas em Live Action de um programa de TV fictício. De acordo com as atitudes que você toma durante o game, essas cenas se alteram, gerando uma experiência nunca vista antes em um jogo da produtora. No entanto, para que você possa assistir essas cenas, será necessária conexão com a internet, para que elas sejam "enviadas" para o game.

Detalhe que isso só vale para quem for jogar no PC. Se você estiver jogando Quantum Break no Xbox One, essas cenas terão que ser baixadas para o seu HD.

Vocês não sabem como isso me deixou irritado. Eu sei que alguns devem pensar que nos dias de hoje não é grande coisa, mas eu queria saber qual foi a desculpa para isso. Além do mais, se as empresas começarem a "se acomodar", vai virar rotina entregar jogos com recursos que exigem alguma coisa absurda, como conexão com a internet no Single Player.

Fonte: VG Chartz

Reza a lenda que os jogos da Nintendo para mobile (Pokémon Shuffle e Pokémon Go) também tem/terão essa obrigação besta de online 100%.

Isso aí tem que boicotar. É inadmissível. Fiquei puto junto contigo.

Se o conteúdo já tá pronto, porque não vem junto com o jogo? Por que essa necessidade de baixar? Se for pra prevenir a pirataria, um grupo bom de hackers pode conseguir todas as cenas avulsas, crackear o jogo e fazê-lo funcionar com todas já no seu HD. Não faz sentido.

Essa merda vai virar uma tendência. Já tô vendo. Vai ser a "nova DLC" do momento.

Willi escreveu:Isso aí tem que boicotar. É inadmissível. Fiquei puto junto contigo.

Se o conteúdo já tá pronto, porque não vem junto com o jogo? Por que essa necessidade de baixar? Se for pra prevenir a pirataria, um grupo bom de hackers pode conseguir todas as cenas avulsas, crackear o jogo e fazê-lo funcionar com todas já no seu HD. Não faz sentido.

O que me deixa confuso é que no passado, na época do SNES por exemplo, tudo que precisávamos fazer para jogar um game era comprar o seu devido cartucho. A única coisa que precisávamos nos preocupar era se seríamos capazes de zerar o game.

Hoje, com tanta tecnologia, capaz de criar games com mundos abertos gigantescos, histórias dignas de cinema, e gráficos que beiram o realismo, parece que está ficando cada vez mais difícil encontrar um jogo onde só precisamos nos preocupar em comprar e jogar. Street Fighter V foi lançado praticamente como um beta, Gears of War Ultimate está dando trabalho em várias placas de vídeo, Quantum Break vai precisar de internet até no Single Player, e poxa vida, a Windows Store tirar o direito da gente jogar em tela cheia real, que é um básico dos games parece até uma piada.

Exato, belo ponto que tu levantou Ale. Cada game hoje exige praticamente um estudo de o que vai ser necessário você ter para poder jogá-lo. Tanta tecnologia aí, como você bem disse, e usada do jeito errado, só dificultando a vida do jogador ao invés de ser usada em benefício dos games em si.

Levantamento rápido (só do que está fresco na minha cabeça, sem pesquisa):
- Assassin's Creed Unity precisando de 40 GBs de update pro game ficar "jogável" (XOne)
- Far Cry Primal travando só de virar a câmera (PS4)
- Batman Arkham Knight totalmente cagado e com oscilações absurdas de performance durante TODO o jogo (PC)
- Fallout 4 caindo a zero FPS ao usar a mira da sniper (PS4)
- Quantum Break com exigência de internet permanente em função de cutscenes (PC)
- Gears of War Ultimate Edition tendo problemas banais e inadmissíveis de performance e funcionamento (PC)
- The Division tendo opção de abaixar os gráficos nos consoles porque os mesmos não o aguentam de maneira estável a 30 FPS com os gráficos normais (PS4 e XOne)
- Watch Dogs injogável (todas as plataformas)
- Street Fighter V lançado em pedaços (PS4 e PC)
- Prototype 1 e 2 remasterizados (PS4 e XOne) rodam pior e com mais quedas de frames do que em suas versões originais que rodavam sem problemas
- Mortal Kombat X tendo o modo online descontinuado pela produtora que admite "não conseguir consertar" (PC)
- Call of Duty Black Ops 3 com má otimização e oscilações de FPS constantes (todas as plataformas)
- Driveclub sendo lançado com pouco conteúdo inicialmente disponível e problemas de performance (PS4)
- The Witcher 3 com quedas de FPS absurdas e visuais nitidamente capados (PS4 e XOne)
- Need For Speed 2015 sendo só online (todas as plataformas)
- Resident Evil Revelations 2 com queda de FPS e modo split-screen faltando (PC)

E se eu pesquisar encontro mais.

Porra, os caras tem a tecnologia, como é que tamo nesse nível de cagalhice tão alto?

Eu tenho que concordar com vocês! Há quem diga que os games acabaram quando o online chegou aos games em peso. Há quem diga também que foi a extinção da mídia física. Eu já venho notando esse paradoxo tecnológico desde de que os consoles saíram com suporte a quatro controles mas só tem jogos com o ridículo multiplayer local para 2 jogadores. Fuck it.

Fui pesquisar um pouco sobre Quantum Break pra entender melhor essa história toda de minissérie e etc.

Pois bem. O jogo é totalmente focado na história. Apesar de ter uma mecânica bem legal de tiro em terceira pessoa, a grande maioria do game é pura história, conversa. E ao fim de cada capítulo do game, assistimos a um episódio da série em live action, que dá continuidade à história do jogo. Cada episódio da série possui várias versões, e nossas ações no jogo definirão qual delas iremos assistir, pois nossas ações no jogo podem definir o rumo da história de várias maneiras.

Ou seja: Quantum Break não é um jogo no qual você vai sentar e jogar. Ao invés disso, você vai dar uns tirinhos aqui e ali, e vai assistir, assistir bastante. Tá mais pra uma série interativa do que pra um jogo. Por isso, o jogo não foi feito para ser um "blockbuster AAA Uncharted Gears of War Bloodborne" feito para agradar a todos e bater recordes de venda. Não. Ele é para um público restrito. Estava na minha lista de interesses, mas se eu mal tenho paciência pra cutscenes de 5 minutos, um game desse jeito não tem como me agradar. Não que seja ruim, mas pra mim não serve.

E qual é a do online permanente? Bem, a conexão com a internet, enquanto jogamos, não faz diferença. Mas precisamos dela para assistir aos episódios da série. Eles não são enviados ou baixados para o jogo. Ao invés disso, o jogo é que entra em seu servidor e de lá nós assistimos à série online, como se estivéssemos vendo algo no YouTube ou Netflix. Terminou o episódio, voltamos ao game. Usuários do Xbox One tem a opção de baixar a série toda para seu HD, mas como no PC parte-se do princípio de que o computador está sempre ligado à internet, eles eliminaram essa opção na plataforma. E olhem só: a série toda pesa 78 GB. Então eu realmente não sei ia preferir baixar tudo isso aí a ver online sem me estressar.

Então isso é Quantum Break. Uma série interativa, que precisa de internet para ser vista, tanto baixada quanto online. Tem lá os tirinho, mas não é um Alan Wake ou Max Payne. Longe disso. Só que a publicidade não fez bem seu papel, o negócio ficou tão complicado que ninguém conseguiu explicar direito o que é Quantum Break, e aí venderam a coisa por "jogo blockbuster".