[X360]Red Dead Redemption

Sabe aquele jogo que você já sabe que vai ser bom, mesmo antes de jogar? Pois é, este é Red Dead Redemption. Tudo começa há muito tempo atrás. Eu estava na oitava série, tempo em que rolavam as primeiras especulações sobre o PS3 e cia (sim, faz muito tempo). Lembro de um amigo Sonysta me mostrar um teaser dos gráficos (ainda era um preview early alpha beta do poderio gráfico do console). Lembro também que, por ser muito Nintendista na época, eu fiz descaso do vídeo (eu sou da turma que chamou o Nintendo Wii de Revolution por muito tempo). Contudo, nesse teaser, havia uma cena de faroeste, onde um personagem cowboy estava dentro de uma casa de madeira e essa vinha sendo destruída do fundo para frente por um vagão de trem descarrilado. Esse vídeo era assinado pela Rockstar Games. Muito me chamou a atenção.

O jogo
Espere nada mais, nada menos do que um GTA no faroeste, o que é genial. O jogo é construido sobre a engine do GTA 4 e isso é facilmente notado, visto as semelhanças entre os jogos. Na verdade, espere um jogo mais adulto do que GTA. Em Red Dead Redemption o jogador incorpora o personagem John Marston, um fora da lei sem passado que tenta dar um jeito em sua nova vida, após ser resgatado pelos moradores de um rancho. Logo no início o jogo entra em modo de missão/tutorial onde o jogador aprende a atirar, caçar, cavalgar e todas as outras habilidades que garantem a sobrevivência no velho oeste americano e mais à frente, no deserto do México e nas florestas de grandes coníferas do Canadá. O jogo possui um mapa vasto e mais aberto do que os GTA, priorizando mais a vida selvagem e rural do que a vida urbana e cosmopolita, além de contar com uma variedade de animais que compõem o ecossistema do jogo.

Diversão
Antes de mais nada, a diversão de Red Dead Redemption não está em matar pessoas loucamente como em GTA (nada impede que você toque o terror, mas nesse jogo a concentração de pessoas é muito menor do que nos GTA). O lance da diversão desse jogo são o ambiente faroeste, que permite bebedeiras em Saloons, jogatina, caça de animais perigosos, recompensas por cabeças postas a caça, exploração das regiões remotas, briga de faca, duelos e de vez em quando matar passando o laço no coitado e arrastando de cavalo. Outro grande ponto nesse quesito é a linha principal de missões, a "história" do jogo, muito mais consistente e densa do que nos GTA. Enfim, é um jogo que tem tanta coisa pra fazer, que acaba sendo divertido só por esse fator.

Som
É claro que o faroeste tem a sua trilha característica e que é difícil escapar artisticamente desse quesito, tanto nas músicas quanto nos sons ambientes (que por sinal são muito bem feitos). As músicas não são muito marcantes nesse jogo, que é até um pouco silencioso quando se está viajando de cavalo a noite. Embora o jogo tenha ganho um prêmio de melhor trilha sonora, não vi nada de avassalador, apenas o bem feito, sejam arranjos que lembram o último trabalho de KT Tunstall, sejam as músicas do México, seja o piano estilo Honky-Tonk, que, por sinal, é uma baita trilha sonora quando o sangue ferve dentro do bar. O prêmio fica a encargo dos efeitos sonoros, os grilos sob o céu estrelado, as cigarras no deserto do México, as garrafas batendo, sons de tiros, de animais, dos diálogos, enfim, a música não é necessária nesse jogo.

Gameplay
O Gameplay desse jogo é muito bom. Para um jogo que oferece tantos recursos, opções e possibilidades, é necessária uma jogabilidade complexa. Temos uma movimentação completa, tanto a pé, quanto a cavalo que possibilita andar e atirar, desviar e combater com grande precisão, além da mira automática (que torna o jogo mais fácil) e do Dead Eye Targeting, uma espécie de Bullet Time do Max Payne, que serve para você dar múltiplos tiro a lá Clint Eastwood num curto espaço de tempo. Para completar, você pode escolher se quer ser o mocinho ou o bandido da cidade. Defino o gameplay desse jogo como sendo completo e satisfatório.

Replay
Você vai querer jogar esse jogo para terminá-lo e para repetir coisas legais, como jogatina, caça e objetivos secundários. E arrastar gente de cavalo. Esse jogo tem muita coisa pra fazer e portanto o "replay" se torna apenas um "play".

Gráficos
Para fechar com chave de ouro essa review, por que não falarmos dos impressionantes gráficos desse jogo? Começamos com o que mais me deslumbra: os cenários. Mesmo sendo um jogo relativamente antigo atualmente, Red Dead Redemption recria a atmosfera velho oeste praticamente pixel prefect. Temos desertos, riachos, formações rochosas, fauna e flora recriados à perfeição, além dos vilarejos e cidades também muito bem feitos. O design dos personagens é digno de aplausos, todos muito bem caracterizados e ainda um aplauso muito maior para a parte física do jogo, que permite, além de muitas coisas inovadoras, até tirar o chapéu de uma pessoa na bala, sem machucá-la. Impecável.

Pontos positivos
- O ambiente de velho oeste, somado à jogabilidade GTA, formam um sandbox muito, mas muito bom;
- Os cenários são espetaculares;
- A vida silvestre, a caça e a vegetação dos biomas são muito verossímeis;
- A história mais densa e complexa;
- A grande gama de possibilidades que esse jogo fornece permite que mensuremos a diversão proporcionada pelo jogo como infinita;
- O conjunto da obra, o Game of The Year, não por acaso;
- As habilidades do personagem melhoram com a realização de missões específicas, não como em GTA:SA em que, para o jogador melhorar o tiro da sniper, tinha que ficar atirando de sniper no nada um bilhão de vezes;

Pontos negativos
- Matar um inocente na cidade lhe rende -50 de honra, um preço caro no jogo;
- O improviso, às vezes, deixa missões difíceis muito fáceis, embora essa seja uma das marcas dos jogos GTA;
- Algumas coisas passam desapercebido (como por exemplo, numa missão onde o texto não apareceu e eu não sabia se tinha que trazer o cara vivo ou morto), enquanto outras ficam se repetindo milhões e milhões de vezes, como as do Poker, onde toda a vez o jogo fica querendo te ensinar a jogar. Esse é o pior problema do jogo;

Conclusão
Um jogo maravilhoso, que rende muito e vale a pena, mesmo que só jogado uma vez. 9/10.

Nossa cara, foi um dos primeiros jogos que eu comprei pro ps3 e não tinha curtido muito no começo, mas depois de uns 2 anos eu peguei ele pra jogar e me apaixonei de vez, é muito foda.
E que o Seth, o Dickens e o Irish se fodam, bando de cu de arrasto.

Irish é o maior cuzão das fronteiras e De Santa o maior do jogo inteiro!

Peguei Red Dead Redemption pra jogar no PS3 uma vez, e desisti do jogo logo no tutorial, pelo insignificante detalhe de ter que usar o L2 e o R2 para mirar e atirar, ao invés do L1 e R1, como eu estava acostumado (no DualShock 3, mirar e atirar com o L2 e o R2 é um castigo, e o jogo não oferecia opção pra remapear os controles). Mas já ouvi falar muito bem desse jogo, de fato eu vejo como deixei uma pérola passar. E esse é o bom de você não vender uma plataforma para adquirir outra. Você não perde o acesso às pérolas que deixou passar. Mas esse eu vou ter que comprar, porque os torrents estão todos sem seeds, e baixar 10 GB a 30 KB/s não rola.

Tenho algumas perguntas pra te fazer, Inf:

- As missões secundárias no jogo, no quesito gameplay, diferem muito das missões de campanha, ou seguem mais ou menos a mesma linha? Quero dizer, nas missões secundárias você viaja a cavalo, briga e atira tanto quanto na campanha, ou são coisas mais no estilo minigame, como jogo de baralho, coleta de itens e etc? Fazendo uma comparação, eu detestava ter que jogar pôker em Far Cry 3 e mais ainda em ter que jogar pôker, xadrez, jogo do copinho e mais não sei que merda em Watch Dogs. Já Far Cry 4 foi tiro-teio o jogo todo, as missões variavam de objetivo mas você sempre as vencia atirando e combatendo. Com isso eu pergunto, qual é a linha de gameplay do Red Dead, vários objetivos que você vence mais ou menos no mesmo estilo de gameplay, ou tem bastante coisa avulsa que se "joga diferente" pra passar?

- Você não acha que a partir da 7ª geração de consoles a trilha sonora foi deixada beeeeem de lado na grande maioria dos jogos, sendo substituída por trilhas de cinema genéricas e nada memoráveis? Falando de jogos de faroeste, eu sei que quem jogou Red Dead Revolver e Gun mais a fundo no PS2 deve se lembrar das músicas desses jogos. E nos títulos de uns anos pra cá esse tratamento com as melodias dos jogos têm se perdido bastante, tu não acha?

- Qual o tempo médio de jogo para você zerar a campanha e fazer algumas side missions necessárias, e mais quantas horas se leva para obter o 100%?

1- As missões seguem as da campanha, com algumas modificações e alterações pequenas. Você só precisa jogar os minigames se realmente quer fazer coisas hardcore, como pegar todas as roupas e outros cacarecos.

2- Acho que se dá, hoje (leia-se o período pré-explosão dos indies, lançamento da 7 geração) mais do que nunca, uma importância exacerbada aos gráficos como sendo o fator mais importante na qualidade de um game. Acho também que a trilha sonora está sendo deixada de lado, não só na 7 geração, como também na oitava. Ponto para a Nintendo, que sempre dança no seu ritmo e quer queira, quer não, lança jogos com trilhas sonoras esplêndidas. Os dois Mario Galaxy, que são da sétima geração, são os jogos com a mais bela trilha sonora original que eu já ouvi. Fora isso tem Zelda, Mario Kart Wii, Mario Party e tantos outros que eu fico até com dó de citar.

3- A campanha, moendo todo dia, em um mês você fecha. O 100% é uns 6 meses pra um ano.

Naquela uma horinha de jogo por dia, sagrada?

Isso mesmo!

3 meses eu faço 100% então kkkkkkkkkkkkkk