[Análise] F.E.A.R. - First Encounter Assault Recon

Quem me conhece a pelo menos alguns dias, e já falou sobre games comigo, acredito que já sabe que eu não sou fã de FPSs. Na realidade, eu nunca devo ter jogado algum tiro em primeira pessoa online na minha vida. Esse de fato não é o tipo de jogo que me prende.

Mas se eu colocar os jogos que mais me agradaram até hoje, na certa eu incluiria F.E.A.R., mesmo ele sendo um FPS. Sim, esse é um dos meus jogos favoritos, e eu ainda me recordo dele com muita alegria, desde o ano passado.

Mas por que você gostou tanto de F.E.A.R. se ele é de um estilo que não te prende?


F.E.A.R. é a abreviação de "First Encounter Assault Recon". Eles são um grupo especializado em resolver assuntos paranormais. Recentemente, uma seção de mortes, aparentemente relacionados a algum experimento macabro está ocorrendo na cidade. Você controla um soldado iniciante que não tem nome. Ao começar as investigações, você já nota que o sobrenatural está totalmente ligado a essas mortes.

Mas não é só isso... Você também vai ter que lidar com inimigos de carne e osso pelo caminho. Gente que aparentemente quer usar desses poderes místicos para algo chamado "Project Origin". Durante o game você encontra mensagens deixadas em secretárias eletrônicas, que aos poucos vão dando mais informações sobre o que realmente está acontecendo.

F.E.A.R. é dividido em várias fases, cada uma dividida em pequenas seções. Após cada seção, você tem o direito de salvar seu jogo.

Agora vamos falar sobre o objetivo do jogo... O protagonista pode usar as mais variadas armas, que vão desde um simples revólver até um canhão que lança bolas de energia capazes de desintegrar um oponente. Além disso, você pode correr, pular, executar rasteiras, e até mesmo voadoras nos inimigos.

Mas o que mais chama a atenção no jogo, é que várias partes, de fato, algumas seções inteiras, nem sequer possuem inimigos. Você terá que explorar os cenários em busca de chaves, cartões eletrônicos, e outras coisas para ir avançando no caminho. Esses trechos geralmente são recheados de... SUSTOS!!


Em alguns momentos, você será surpreendido pela mudança de cenário do game.

Imagine você atravessando um corredor, em busca de abrir uma porta... Então, quando você aperta o botão para abrí-la, você é arremessado pro começo do corredor, a tela fica branca, e você "acorda" num lugar ensanguentado, ouvindo gritos e pessoas misteriosas conversando... Após alguns segundos nessa loucura, você volta pra porta como se nada tivesse acontecido. Esses momentos são perfeitos pra te deixar maluco.

O que eu mais gostei na jogabilidade do F.E.A.R. como um FPS é a habilidade de deixar o tempo mais lento. Seu personagem tem uma barra de reflexo que se enche aos poucos. Quando ela se completa, você pode deixar o jogo em câmera lenta, e isso é perfeito para matar qualquer coisa que esteja dando trabalho, já que as balas dificilmente te acertam se você usar esse modo. De fato, você pode até correr na direção do inimigo e matá-lo com uma voadora.

Mas quem merece mais destaque nesse jogo é a "vilã"... Alma!


Alma é essa garota de vermelho, com pele acinzentada. Na maioria das vezes ela aparece por alguns segundos só pra te assustar... Mas caso ela resolva te atacar, você não pode fazer absolutamente nada, a não ser fugir. E isso nem sempre funciona.

Como você percebe que ela está por perto? Simples. Se você encontrar restos de soldados mortos, ou poças gigantes de sangue, vai saber que ela esteve por lá.

Mesmo sendo um jogo voltado ao terror, F.E.A.R. não é difícil. Na realidade, mesmo se você for alguém como eu, que nem sequer tem o costume de jogar FPS, não terá problemas para terminá-lo. A dificuldade só aumenta de vez nas últimas seções, mas como elas são bem curtas, você ainda não encontrará problemas para zerá-lo.


Enfim, F.E.A.R. foi o melhor FPS que já conheci até hoje.

CURIOSIDADES:

O jogo foi lançado em 2005 para PC. Em 2006 foi portado para 360 e PS3.

Em 2010, F.E.A.R. saiu na Steam.

O jogo ainda é considerado o melhor da trilogia pelos fãs.

Na Metacritic, F.E.A.R. recebeu 88% de aprovação no PC, 85% no Xbox 360 e apenas 72% no PS3.

O jogo foi re-lançado várias vezes, como a versão Platinum, a Gold Edition e as versões Extraction Points e Files que incluem novas campanhas. Nenhuma foi tão bem aceita como a original.


Jogo pertencente a minha lista de zerados em 2012

A melhor análise que você já fez até agora Ale. Completa, com curiosidades, explica bem do jogo, muito bom.

Quanto ao game em si, parece ser interessante. Não o jogo porque não está na minha lista de "o que jogar" esse ano, já que o tempo de jogo vai ser menor por causa dos estudos (terceirão piazada) só vou jogar o que estiver na lista, porque sei que vou gostar, não posso dar bobeira pra títulos que eu talvez não goste ou não jogue. FEAR eu poderia gostar, só que o gráfico do game me incomoda um pouco. Meio lisão demais. Mas enfim, é um jogo interessante.

O FEAR é um jogo com perspectiva diferente. Começando pelos cenários. tem uma parte lá que as paredes viram um mosaico meio orgânico que, pasmém, me lembram o interior da barriga do Jabu em Ocarina of Time. Surreal. Esse jogo pra mim é mais interessante por esses detalhes do que pelos sustinhos. Animal.
Ei Ale, agora tem piadinhas nas screenshots? Tá virando revista de games moderninhas, para o público jovem XD

Ah, eu quis variar um pouco. Às vezes sou sério demais.

E nós aprovamos!

Com certeza.
Vc já jogou as expansões Ale? A Extraction Point e a Perseus Mandate? Te garanto que o jogo fica muito trash nas expansões. Vale a pena.

Trash não é lixo?

Eu até queria experimentar, mas agora tô baixando o F.E.A.R. 3.

Sim, eu sei que eu deveria jogar o 2 primeiro, mas é que eu li não lembro onde que o F.E.A.R. 2 conta como o Project Origin começou, e o 3 é a continuação direta do 1.

Trash é uma definição de algo clichê,usam muito nos filmes de terror,por exemplo,Premonição,é um filme trash.

Willi escreveu:Trash não é lixo?

É, mas como o Vibastos falou, é aquele estilo filmão B. Inclusive um filme B bem legal é a Mão do Diabo (não é satanista), é um filme bem inteligente numa produção não tão cara.

Aaaah.